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Norma culta: o que é, características e exemplos

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Se comunicar é uma das principais funções de qualquer língua e idioma. Entretanto, existem diversas regras para determinados contextos de comunicação. Para ambientes mais formais, a norma culta é a variante desejada. Mas afinal, o que é a norma culta e como usá-la?

No cotidiano, especialmente em redes sociais e aplicativos de comunicação, é comum não nos atentarmos para aspectos formais da língua como a gramática, ortografia, pontuação, etc.

E está tudo bem, muito embora possam haver ruídos em nossa comunicação, especialmente com o uso de corretores automáticos que “advinham” a palavra.

Então, chega o momento de escrever um texto mais formal e em apresentações escolares, entrevistas de emprego ou outras situações que demandam uma maior seriedade. O que fazer? Vai de norma culta que não tem erro.

Pensando nisso, é essencial que os candidatos de provas do ENEM e vestibulares conheçam os aspectos formais da língua, ou seja, a norma culta ou gramática normativa. Assim, o CRIA preparou esse conteúdo completo para você entender tudo e não se sentir perdido. Boa leitura.

norma culta
Norma Culta: o que é e como funciona? – Fonte: Pexels

O que é a norma culta?

A norma culta compreende um conjunto de diretrizes e convenções linguísticas empregadas por indivíduos com elevado grau de instrução.

E o que isso significa? Que a norma culta é reconhecida como a forma de expressão linguística de maior prestígio social.

Além disso, é empregada em textos oficiais, publicações científicas, trabalhos acadêmicos, documentos jurídicos, e assim por diante.

Em suma, a norma culta é regida pelas gramáticas tradicionais. Para se ter uma ideia, a primeira gramática foi criada no século IV a. C. com o intuito de conservar a pronúncia e a escrita dos textos sagrados hindus para que não houvesse alterações.

Desse modo, a gramática é utilizada com a função de prescrever e manter a variedade padrão da língua. Além disso, ela auxilia na padronização tanto da escrita, quanto da fala dos falantes de uma língua.

Desse modo, essa gramática é aquela ensinada nas escolas, onde aprendemos o que são as classes gramaticais, quais são as maneiras corretas de ortografia de uma palavra e como utilizar os conectivos de maneira fluída.

O que é variação linguística e qual a relação com a norma culta?

Para Marcos Bagno, professor do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília (UnB), a língua é uma entidade social em constante transformação por nós que a inventamos e reinventamos todos os dias.

Assim, ela serve para nos comunicarmos, mas também para expressar nossa brasilidade, repleta de diversidade.

Segundo os sociolinguistas, a língua não é única – mas sim cíclica, arbitrária e variante. Isso quer dizer que em uma língua existem muitas variações possíveis. Desse modo, são elas:

  • Variações diatópicas (geográficas);
  • Variações diacrônicas (históricas);
  • Variações diastráticas (grupos sociais);
  • Variações diafásicas (formal x informal).

Bom, quem nunca ouviu a discussão: “É biscoito ou bolacha?”. Essa variação é um exemplo clássico de variação geográfica, em que falantes de determinada região utiliza um vocábulo diferente para tratar do mesmo objeto ou sentido.

Com tantas variações, é possível observar a diversidade da língua, sendo assim, considerar apenas a norma culta como a única possível é um erro.

O ideal é que o candidato de qualquer prova compreenda o lugar que cada uma dessas variantes pode estar. Como assim?

Um exemplo é pensar o quão estanho seria uma pessoa ir à praia tomar banho de mar com um terno. Então, mais estranho ainda seria um funcionário de uma empresa formal ir vestido com roupas de banho. Parece um pouco estranho, não é mesmo?

É assim que funciona com a língua. Para o vestibular ou ENEM, é esperado apresentar a norma culta, já que demonstrar domínio da norma culta é obrigatório. Assim, em poucas linhas, argumentar de forma clara exige uma clareza e objetividade.

variacao linguistica exemplos
O que é variação linguística: exemplos na prática – Fonte: FreePik.

Mas o que estuda a norma culta?

Não é à toa que passamos anos a fio estudando a gramática. Afinal, as regras são infinitas e cheias de exceções, o que acaba levando um tempo.

Então, confira os tópicos essenciais da gramática normativa:

Morfologia

  1. Morfologia e análise morfológica;
  2. Formação de palavras;
  3. Estrutura das palavras;
  4. Substantivo;
  5. Adjetivo;
  6. Verbo;
  7. Advérbio;
  8. Pronome;
  9. Preposição;
  10. Conjunção;
  11. Interjeição.

Ortografia

  1. Novo acordo ortográfico
  2. Maiúsculas e minúsculas
  3. Divisão silábica
  4. Palavras monossílabas
  5. Palavras dissílabas;
  6. Palavras trissílabas
  7. Palavras polissílabas
  8. Vogais e consoantes;
  9. Dígrafo consonantal;
  10. Encontro consonantal;
  11. Encontro vocálico;
  12. Dígrafo vocálico;
  13. Outros encontros de vogais e consoantes;
  14. Siglas;
  15. Novo acordo ortográfico;
  16. Maiúsculas e minúsculas;

Acentuação

  1. Regras de acentuação gráfica;
  2. Palavras com acento agudo
  3. Palavras com acento circunflexo
  4. Palavras com acento grave
  5. Palavras com til
  6. Classificação de palavras quanto à acentuação;
  7. Sílaba tônica
  8. Palavras oxítonas
  9. Palavras paroxítonas
  10. Palavras proparoxítonas
  11. Uso da crase
  12. Crase facultativa

Fonética e fonologia

  1. Fonética e fonologia
  2. Fonemas
  3. Alfabeto
  4. Encontro vocálico
  5. Palavras com ditongo
  6. Palavras com tritongo
  7. Palavras com hiato
  8. Encontro consonantal
  9. Dígrafos
  10. Ortoépia e prosódia
  11. Transcrição fonética
  12. Signo linguístico

Pontuação

  1. Sinais de pontuação e sinais gráficos auxiliares
  2. O uso da vírgula
  3. O uso do hífen

Sintaxe

  1. Sintaxe da oração e do período;
  2. Termos essenciais da oração;
  3. Termos integrantes da oração;
  4. Termos acessórios da oração;
  5. Transitividade verbal;
  6. Tipos de frases;
  7. Período simples e período composto;
  8. Tipos de discurso;
  9. Concordância;
  10. Regência.

Semântica

  1. Noções básicas de semântica
  2. Significação das palavras
  3. Conotação e denotação
  4. Sentido próprio e figurado
  5. Palavras cognatas
  6. Campo lexical e campo semântico

Estilística

  1. Linguagem
  2. Linguagem, língua e fala
  3. Elementos da comunicação
  4. Níveis da linguagem
  5. Variações linguísticas
  6. Sincronia e diacronia
  7. Linguagem formal e informal
  8. Linguagem coloquial
  9. Linguagem verbal e não-verbal
  10. Funções da linguagem
  11. Figuras de linguagem
  12. Vícios de linguagem
  13. Estrangeirismos
  14. Neologismos
  15. Arcaísmos
  16. Pragmática

Como utilizar a norma culta no ENEM?

Dominar a norma culta da língua portuguesa é uma habilidade essencial para alcançar sucesso na prova do ENEM. Afinal, a utilização adequada da norma culta não apenas evidencia um alto nível de domínio da língua, mas também contribui para a clareza e eficácia da comunicação escrita.

Nesse sentido, compreender e aplicar corretamente as regras gramaticais, a pontuação e o vocabulário são aspectos fundamentais para uma escrita coerente e adequada aos padrões acadêmicos exigidos pelo exame.

Então, nada de incluir coloquialismos, palavrões ou qualquer tipo de linguagem mais informal. Isso pode, de fato, afetar a correção da sua redação de maneira negativa pela banca corretora. Então, esteja atento e pratique muito antes da prova.

O que é linguagem coloquial?

A linguagem coloquial é aquela que usamos para nos comunicar, que os falantes usam naturalmente. “Linguagem coloquial é o uso do idioma em sua forma mais espontânea e sem compromisso com as normas gramaticais”, diz Paiva (2015).

Além disso, o texto geralmente contém figuras de linguagem, gírias, construções incompletas e erros gramaticais, ou seja, linguagem informal.

Nesse sentido, a linguagem coloquial não precisa de preciosismos gramaticais porque se concentra mais na comunicação em si, ou seja, na transmissão da mensagem do que na forma como ela será transmitida.

E como praticar redação com o CRIA?

Agora que você já compreendeu o que é a norma culta e como ela é importante para gabaritar a redação do ENEM, é necessário colocar em prática tudo o que aprendeu. Mas como fazer isso?

Não se preocupe: o CRIA pode te ajudar.

CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que garante uma correção com grande precisão, baseando-se nas 5 competências do ENEM. Além de entregar essa precisão, tudo isso é feito em até 2 minutos.

Além disso, o CRIA dispõe um banco de dados com centenas de milhares de redações. Então, desde zeradas até aquelas com nota mil, que são utilizadas como base para IA entregar ao aluno uma descrição detalhada de onde errou, como pode arrumar e o porquê tal erro gera desconto de pontos no ENEM. 

Outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA é esse gráfico com histórico de pontuação. Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira bem clara as competências que precisam de mais atenção.

grafico de correcao de redacao
Gráfico de correção de redação interativo. – Fonte: CRIA

Mas, afinal, para quem é o CRIA:

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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