Vírgula com conjunções: como utilizar na redação do ENEM?

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Conhecer as regras gramaticais de pontuação auxilia na escrita de um texto claro e coerente. Assim, dominar a vírgula com conjunções é crucial na redação do ENEM. Afinal, para gabaritar a prova, o candidato deve estar em dia com as regras gramaticais da língua portuguesa.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) exige diversas competências dos candidatos, as quais estão disponíveis na cartilha de redação do ENEM 2022. A competência 1 diz respeito a:

“Esse domínio pode ser comprovado pelo cumprimento dos princípios de organização frasal, pela adequação às convenções da escrita, às regras gramaticais e à escolha vocabular, bem como pela utilização de linguagem formal, apropriada ao registro esperado no texto dissertativo-argumentativo.”

Assim, a gramática é um dos pontos-chave, mas um grande desafio para muitos estudantes. Por isso, existem maneiras de melhorar a escrita e o domínio gramatical da norma culta. Como? Bom, é importante focar em pontos gramaticais que são erros comuns é o primeiro passo.

Nesse sentido, o CRIA preparou esse conteúdo completo com todas as regras de vírgula com conjunções para você não se sentir perdido na hora de incluí-las no texto. Boa leitura.

virgula com conjuncoes
Vírgula com conjunções na redação do ENEM: como utilizar? – Fonte: Pexels

O que são as vírgulas?

A vírgula é um sinal gráfico de pontuação que marca uma pausa de pequena duração. Então, ela é usada para separar elementos de uma oração e orações de um só período.

Além disso, a utilização da vírgula pode ser facultativa, obrigatória ou proibida, a depender do tipo de frase e sua construção.

Exemplos de vírgulas facultativas

As conjunções adversativas, que trazem ideias contrárias quando iniciam as orações, podem ser seguidas de vírgula. São alguns exemplos:

No entanto, a origem do grande Outro ainda está obscura.” – “Como ler Lacan” de Slavoj Žižek

Todavia, não há nada mais exacto.” – “Dom Casmurro” – Machado de Assis

O que são conjunções?

A conjunção é uma categoria gramatical que serve para relacionar 2 orações ou 2 termos numa oração. Assim, elas podem ser dividas em:

Conjunções coordenativas:

  • Aditivas;
  • Adversativas;
  • Alternativas;
  • Conclusivas;
  • Explicativas.

Conjunções subordinativas:

  • Causais;
  • Concessivas;
  • Condicionais;
  • Finais;
  • Temporais;
  • Conformativas;
  • Proporcionais.

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Quando usar vírgula com conjunções?

Em 2019, os especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) analisaram 7 redações nota 1000 para observar algumas características desses textos. Em geral, são elas:

  • Proposta de intervenção para o problema apresentado no tema;
  • Repertório sociocultural produtivo no desenvolvimento da argumentação do texto;
  • Respeitam os direitos humanos;
  • Apresentam as características textuais fundamentais, como coesão e coerência;
  • Demonstram domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
  • Atendem ao tipo textual dissertativo-argumentativo.

Desse modo, esses são os elementos essenciais para gabaritar a redação. Assim, pode-se destacar a importância dos que “demonstram domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa”. Isto é, seguir as normais gramaticais.

Para isso, é preciso entender as regras de pontuação na hora de utilizar modalizadores linguísticos como as conjunções. Vamos às regras:

Conjunções adversativas

As conjunções adversativas são conectivos que ligam 2 termos ou 2 orações, acrescentando uma ideia de contraste entre eles. Nesse caso, a vírgula deve ser utilizada antes da conjunção.

Assim, são elas:

  • Mas;
  • Porém;
  • Todavia;
  • Contudo;
  • No entanto;
  • Entretanto.

Por exemplo:

“Há líquidos que, centímetro cúbico por centímetro cúbico, são mais pesados que muitos sólidos, mas ainda assim tendemos a vê-los como mais leves […]” – “Modernidade Líquida” de Zygmunt Bauman

“Eu creio, Céfalo, não serem muitos os que apoiam tuas ideias, porque julgam não ser teu caráter, porém a tua riqueza que te ajuda a tolerar bem a velhice.” – “A república” de Platão

Porém, se essas conjunções iniciarem a oração, de modo geral são seguidas de vírgula, assim como:

Entretanto, como a timidez vem de céu, que nos dá a compleição, a virtude, filha della é, genealogicamente, o mesmo sangue celestial.” – “Dom Casmurro” – Machado de Assis

Todavia, o príncipe pouco deve temer, porque tais mortes são raras.” – “O príncipe” – Nicolau Maquiavel

Conjunção explicativa

As conjunções explicativas têm o papel de ligar 2 orações em que uma possui o intuito de justificar a ideia anterior. Assim como as conjunções adversativas, a vírgula deve ser antecedente às conjunções explicativas.

Então, são elas:

  • Que;
  • Porque;
  • Pois;
  • Porquanto;
  • Visto que.

Por exemplo:

“É, de fato, um ritual diário: os exorcismos precisam ser repetidos diariamente, porque quase nada é posto nas prateleiras dos supermercados sem um carimbo como “melhor consumir antes de” […]” – “Modernidade Líquida” de Zygmunt Bauman

“Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso á alcunha, que afinal pegou.” – “Dom Casmurro” – Machado de Assis

Conjunção conclusiva

As conjunções conclusivas são conectivos que estabelecem uma relação de conclusão entre 2 orações, indicando que a segunda oração é uma consequência ou dedução da primeira.

Sobre a vírgula, é obrigatório o uso da vírgula antes de todas as conjunções conclusivas, uma vez que elas introduzem uma oração coordenada conclusiva.

Assim, são elas:

  • Logo;
  • Pois;
  • Portanto;
  • Por conseguinte;
  • Por isso;
  • Assim.

Veja agora alguns exemplos:

“No dia seguinte fui à casa vizinha, logo que pude.” – “Dom Casmurro” – Machado de Assis

“Penso, logo existo” – René Descartes

Conjunção aditiva

As conjunções aditivas servem para ligar 2 termos ou 2 orações. A principal conjunção aditiva é o “e” que, de modo geral, não leva vírgula.

Porém, como a língua portuguesa é cheia de exceções, quando estiver agindo como ligação entre 2 orações com sujeito diferentes, terá vírgula. Então, veja o exemplo:

“A viagem era curta, e os versos póde ser que não fossem inteiramente maus.” – “Dom Casmurro” – Machado de Assis

“A vida ainda não atingiu os extremos que a fariam sem sentido, mas muito dano foi causado, e todas as futuras ferramentas da certeza, inclusive as novíssimas rotinas, não poderão ser mais que muletas […].” – “Modernidade Líquida” de Zygmunt Bauman

CRIA: uma estratégia eficaz para a redação do ENEM

Já pensou não errar mais a utilização da vírgula na redação do ENEM? Parece um sonho, não é mesmo? Mas com o CRIA isso pode se tornar realidade. Assim, o corretor de redação por inteligência artificial que corrige a sua redação identificando os pontos de melhoria.

Assim, se seu ponto de melhoria é a pontuação, o CRIA te indica o erro e te ensina a como utilizar de maneira correta. E tudo isso em até dois minutos. E como é feito isso?

Por meio de um banco de dados com centenas de redações, desde aquelas com zero até àquelas com nota mil. Então, essas redações são a base para a inteligência artificial entregar uma descrição detalhada de onde errou, como pode arrumar e o porquê tal erro gera desconto de pontos no ENEM. 

Além disso, a redação é corrigida seguindo as 5 competências do ENEM, desse modo, gerando uma nota mais precisa de acordo com a banca de correção oficial do ENEM. E para quem é o CRIA?

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

E aí, o que achou? Vamos começar.

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