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Repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes

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O repertório sociocultural é um dos requisitos para conquistar os 200 pontos na Competência II do exame. Assim, chegando o “Dias das Crianças” no dia 12 de outubro, vale se atentar para o uso desse repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes.

Na redação do ENEM, espera-se que os participantes consigam mobilizar um conjunto específico de informações sobre o tema apresentado e organizá-las para conferir personalidade ao texto.

Para obter uma nota 1000 na redação do ENEM, o candidato deve construir um repertório específico de informações sobre as principais áreas geradoras de temas.

Desse modo, o repertório sociocultural é avaliado pela competência III, que se define por “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.”

Assim, com o “Dia das Crianças” se aproximando, vale pensar repertórios relacionados ao tema. Afinal, antecipar pode ser uma ótima estratégia caso o ENEM venha abordar temáticas relacionadas. Confira a seleção de repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes preparado pelo CRIA. Boa leitura.

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Os parágrafos de um texto dissertativo-argumentativo podem ser criados por comparação, causa-consequência, exemplificação ou detalhamento, entre outras maneiras – Fonte: Pexels.

O que é repertório sociocultural?

O repertório sociocultural diz respeito a conhecimentos e referências obtidos por várias fontes, incluindo, mas não limitado a, livros, frases, matérias, autores e pesquisas. Eles são utilizados para apoiar posições e argumentos em textos e na vida real.

Então, em resumo, argumentar é o processo de persuadir um ouvinte ou leitor a tomar uma posição específica usando a linguagem para sustentar uma posição específica. Desse modo, o repertório sociocultural faz parte da estrutura argumentativa, já que dá embasamento aos argumentos.

A argumentação, em sua totalidade, é construída pelo modo de organização argumentativo. Assim, é o produto textual de uma combinação de elementos variados que dependem da circunstância com um propósito de persuasão.

Esse elemento é avaliado pela competência III do ENEM. Desse modo, para atingir o sucesso nesta competência, o participante deve apresentar informações, fatos e opiniões pertinentes ao tema proposto de forma consistente e organizada, ao mesmo tempo, em que defende a posição da autoria.

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Repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes

A elaboração dos argumentos é a base para a argumentação. Nesta fase, o escritor apresenta o material necessário para sustentar suas ideias. Então, a coerência do raciocínio é crucial.

Desse modo, o candidato deve ter em mente que a única forma de provar algo é com fatos, que podem ser definidos no sentido mais amplo como exemplos, estatísticas, ilustrações, comparações, descrições e histórias. É aqui que entra o repertório sociocultural.

Além disso, a ordem na qual as provas são apresentadas também é crucial. O que melhor se adequa à natureza da tese e pode impressionar e manter a atenção da banca corretora deve ser escolhido pelo participante.

Tratando-se de um elemento fundamental na redação, confira repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes:

1. O que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)?

O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – foi promulgado no Brasil em 13 de julho de 1990. A fim de proteger e promover o bem-estar de crianças e adolescentes no País, ele define as diretrizes legais para garantir seus direitos fundamentais.

Assim, ao considerar a violência contra crianças e adolescentes como um problema de saúde pública, o estatuto a insere no Título II, Direitos Fundamentais, Capítulo I, Do Direito à vida e à saúde (5) e obriga a comunicação de suspeitas ou denúncias de maus-tratos à autoridade competente.

2. Direitos das crianças e adolescentes:

Os direitos das crianças e dos adolescentes são um conjunto de garantias legais e princípios morais que visam proteger e promover o bem-estar, o desenvolvimento integral e a dignidade das pessoas com menos de 18 anos.

Assim, segundo o ECA, esses direitos são:

Liberdade, respeito e dignidade

O ECA destaca alguns direitos, como:

  • Ir e vir (desde que dentro dos limites da lei);
  • Opinião e expressão;
  • Crenças e religião;
  • Brincar e divertir-se;
  • Participação na família;
  • Participação política;
  • Refúgio, auxílio e orientação (Arts. 15 e 16).

Vida e saúde

Não apenas crianças e adolescentes têm direito a políticas públicas e sociais protegendo suas vidas, mas a Lei também garante que o nascimento e o desenvolvimento desses jovens sejam realizados “em condições dignas de existência” (Artigo 7).

Convivência familiar e comunitária

O direito de toda criança e adolescente a receber educação familiar é garantido pelo ECA. A possibilidade de que a família possa ser natural ou substituta (guarda, tutela ou adoção) continua sendo permitida pela Lei (Arts. 19 e 28).

Educação, cultura, esporte e lazer

O ECA garante alguns direitos básicos em relação à educação. “A criança e o adolescente têm direito à educação”, ele afirma (Art. 53).

Além disso, “respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente” dentro das instalações educacionais (Art. 58).

Por fim, afirma que “programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e à juventude” devem ser financiadas por municípios, estados e uniões (Artigo 59).

Proteção sexual

Além dos direitos, o ECA define os “crimes” contra esse público. Entre eles estão vários delitos relacionados à exposição sexual infantil, como:

  • “Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” (Art. 240);
  • “Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente” (Art. 241);
  • “Submeter criança ou adolescente […] à prostituição ou à exploração sexual” (Art. 244-A).

Adoção

A LEi determina vários pontos importantes em relação à chamada família “substituta”, como:

  • A adoção só deve ocorrer quando não é possível manter a criança em sua família natural ou extensa;
  • Não é possível adotar via procuração;
  • Em caso de conflitos, “devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando” (Art. 39).

3. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

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O PNAE tem melhorado a reprodução socioeconômica dos produtores rurais e a dieta dos alunos, aumentando seu rendimento escolar – Fonte: Pexels.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma política pública brasileira que visa garantir que os alunos matriculados na rede pública de ensino, desde a educação infantil até o ensino médio, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA), recebam alimentação saudável e de alta qualidade.

O PNAE é uma das políticas públicas mais antigas do país e um dos maiores programas de alimentação escolar do mundo, tanto em termos de número de pessoas beneficiadas quanto em termos de recursos alocados.

Além disso, serve como uma estratégia relevante de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) ao promover o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) por meio da alimentação escolar e várias medidas que ajudam atingir os “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”.

Então, entre as atividades do programa, gerido pelo FNDE, estão o seguinte:

  • Criação de diretrizes e monitoramento de sua execução;
  • Cooperação com outros programas do Ministério da Educação (MEC) para discutir a incorporação da alimentação e nutrição como disciplinas transversais no Projeto Político Pedagógico (PPP);
  • Implementação, em conjunto com outros órgãos governamentais e não governamentais, da integração da política de alimentação e nutrição com o objetivo exclusivo de comprar alimentos para as escolas.

Principais diretrizes do programa de alimentação escolar

Educação Alimentar e NutricionalFomenta a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional.
Alimentação Saudável e AdequadaOrienta para o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica.
UniversalizaçãoAtende a todos os alunos matriculados na rede pública de educação básica.
Participação Social Trabalhadores da educação, pais e responsáveis de alunos e representantes de entidades civis organizadas podem integrar o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) para zelar pela concretização da alimentação escolar de qualidade, por meio da fiscalização dos recursos públicos repassados pelo FNDE.
Desenvolvimento SustentávelIncentiva a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos.
Direito à Alimentação EscolarGarante a segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social.

4. Citações sobre o direito das crianças e adolescentes

Ao longo dos anos, líderes, defensores dos direitos humanos e pensadores têm dito coisas fortes, principalmente sobre como garantir que as crianças e os adolescentes tenham acesso a uma educação de alta qualidade, cuidados médicos adequados e um ambiente seguro para crescer.

Então, confira algumas citações para fazerem parte do seu repertório sociocultural sobre crianças e adolescentes:

Leonel Brizola:

“Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação.”

Nelson Mandela:

“Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram.”

Isa Colli:

“Ser criança, é ter liberdade para viver a infância com qualidade. Ser criança, é ter direito à moradia adequada, à alimentação saudável e a uma boa educação. Ser criança, é poder ser amado, protegido e feliz. Simples assim.”

Maria Montessori:

“A primeira idéia que uma criança precisa ter é a da diferença entre bem e o mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.”

Paulo Freire:

“Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada.”

5. Dados e estatísticas

Abaixo, separamos alguns dados organizados pela UNICEF Brasil, que você pode conferir aqui.

Embora sejamos exemplos no quesito formulção de leis, a realidade difere um pouco do papel. Assim, apesar de legislação modelo, o Brasil enfrenta uma grande problemática a respeito de diversos aspectos para garantir o direito de crianças e adolescentes.

Claro, que no panorama geral, nem tudo está ruim, mas com certeza há espaço para melhorias. Confira alguns dados organizados pelo IBGE e também pelo UNICEF:

  • Segundo estimativa IBGE para 2019, o Brasil possui uma população de 210,1 milhões de pessoas, sendo 53,7 milhões desses, crianças e adolescentes até 18 anos;
  • Entre 1990 e 2018, a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1 para 13,1 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde;
  • Nas últimas décadas, o Brasil reduziu significativamente a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos (de 19,6% em 1990 para 7% em 2006;
  • De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a prevalência de desnutrição crônica entre crianças indígenas menores de 5 anos era de 28,6%;
  •  De 2015 a 2019, a cobertura vacinal da poliomielite caiu de 98,29% para 79,42%, e a da tríplice viral, de 96,07% para 91,57% (PNI);
  • De 1990 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 3,7% (Pnad 2019);
  • Em 2018, 6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar;
  • Segundo a UNICEF, a cada hora, alguém entre 10 e 19 anos de idade é assassinado no Brasil;

Como utilizar o CRIA nos seus estudos?

Bom, agora que você já compreendeu a importância de ter repertório para o ENEM: direitos das crianças e adolescentes, já pode colocar tudo isso em prática. Mas como? O CRIA pode te ajudar.

Projetado para ser um corretor de redações baseado em inteligência artificial e processamento de linguagem natural, o CRIA é uma ferramenta útil e simples de usar.

Assim, ele usa modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Através do modelo, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Quais são as funcionalidades do CRIA?

  • Análise instantânea da redação;
  • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
  • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
  • Traz correções detalhadas por competência;
  • Histórico de progresso;
  • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
  • Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.

Qual o passo a passo para utilizar o CRIA?

Após escolher o plano, seu acesso à plataforma será liberado. Então, basta escolher um tema disponível no site ou enviar outro tema desejado.

Em seguida, escreva o texto na área indica e submeta para correção. Em até 2 minutos, sua redação do ENEM estará corrigida de acordo com as 5 competências do exame.

Por fim, após realizar as correções indicadas, atualize a análise para obter um novo resultado.

inteligencia artificial para corrigir redacao
CRIA: corretor de redação por inteligência artificial — Foto: CRIA.

Acompanhe seu progresso

Após enviar as redações, é possível acessar outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA: o gráfico com histórico de pontuação.

Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira clara as competências que precisam de mais atenção.

grafico de correcao de redacao interativo
Gráfico de correção de redação interativo — Fonte: CRIA.

A quem o CRIA é destinado?

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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