Diversas mudanças na correção da redação do ENEM 2024 ocorreram, isso significa que ela foi mais criteriosa e exigente em relação ao uso do repertório, ao cumprimento do tema e à coesão textual.
O INEP orientou que, para as redações do ENEM 2024, os textos que utilizarem repertórios forçados ou modelos prontos teriam pontos descontados, com o objetivo de evitar que os participantes apresentassem argumentos ou referências que não se relacionam adequadamente com o tema proposto.
A cartilha do participante já destacava a necessidade de que as citações e repertórios fossem contextualizados dentro da argumentação.
Então, se você quer saber mais sobre as mudanças na correção da redação do ENEM 2024, continue com o CRIA. Boa leitura.
Mudanças na correção da redação do ENEM 2024
Esse treinamento, realizado presencialmente para os corretores do ENEM, trouxe algumas novidades e mudanças significativas em relação à avaliação das redações. Normalmente, antes do ENEM, há ajustes no processo de correção, e, geralmente, esses ajustes acontecem por meio de treinamentos online.
Contudo, este ano, o treinamento presencial trouxe novidades que a organização ainda não havia divulgado claramente.
Assim, a principal mudança envolve o conceito de “repertório de bolso”, que se refere àqueles repertórios “coringas”, ou seja, citações ou exemplos utilizados indiscriminadamente, independentemente do tema. Esses repertórios, até então, eram aceitos, desde que estivessem ligados ao tema abordado.
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Confira agora mais informações sobre as mudanças na correção da redação do ENEM 2024:
O impacto das novas diretrizes da CEBRASP para os repertórios no ENEM 2024
A CEBRASP, banca organizadora do ENEM 2024, possui uma abordagem distinta em relação à anterior. A banca anterior visava tornar a correção o mais objetiva possível, criando uma padronização no processo.
Já a CEBRASP tem uma visão diferente, adotando um critério mais rigoroso para avaliar o uso dos repertórios nas redações.
De acordo com as novas diretrizes, qualquer uso de repertório que não esteja diretamente relacionado ao tema será penalizado. Ou seja, um repertório que, antes, passava despercebido, agora pode comprometer a pontuação do candidato.
Novo treinamento para corretores do ENEM: o que esperar da nova correção
O treinamento dos corretores deixou claro que, agora, eles irão avaliar o repertório com muito mais critério. Para que um repertório seja considerado válido e produtivo, ele precisa ser bem fundamentado e se encaixar de maneira clara e relevante no contexto do texto.
Não basta apenas citar algo de maneira superficial ou genérica. O uso do repertório será observado de forma mais crítica, e os corretores receberam instruções para não aceitarem repertórios “de bolso” ou aqueles sem uma conexão clara com a discussão.
Isso significa que, se um candidato usar um exemplo ou citação que não esteja diretamente relacionado ao tema ou que seja utilizado de maneira genérica, ele perderá pontos na competência.
Competência 2 do ENEM:
A competência 2, que avalia a argumentação, não sofreu grandes alterações, mas agora será ainda mais rigorosa. Para alcançar a nota máxima nessa competência, é necessário que o repertório utilizado seja não apenas pertinente, mas também produtivo de maneira clara e efetiva.
Antes, os candidatos podiam usar os repertórios rapidamente, de forma pontual. Agora, precisam trabalhar melhor esses repertórios no contexto do texto.
Além disso, uma mudança importante ocorreu na competência 3, que diz respeito à coesão e à coerência do texto. Antes, o uso de um repertório inadequado ou não produtivo não impactava diretamente a pontuação da competência 3.
No entanto, com as novas orientações, se o repertório for mal utilizado, isso poderá resultar em uma lacuna argumentativa e, consequentemente, impactar a nota nesta competência.
O uso das palavras do tema durante a redação:
Uma outra novidade que surgiu durante o treinamento dos corretores está relacionada ao tema da redação. A avaliação das redações em 2024 irá observar mais de perto se todas as palavras do tema estão de fato na argumentação do candidato.
Isso significa que, por exemplo, se o tema proposto for “Desafios para combater a intolerância religiosa no Brasil” e o candidato não usar a palavra “Brasil” no texto, ele poderá ser considerado uma falha.
Antes, não havia essa exigência explícita de que todas as palavras do tema fossem utilizadas de forma clara no desenvolvimento da redação. Porém, para a CEBRASP, isso passou a ser um critério relevante para a correção.
Os corretores agora devem avaliar cuidadosamente o uso das palavras do tema, observando se o candidato abordou todos os elementos propostos.
Isso não significa que as palavras precisam estar de forma exata, mas que o candidato deve apresentar e trabalhar bem os conceitos centrais do tema.
Conectivos na redação do ENEM:
Com relação à coesão textual, houve outra mudança significativa: não haverá mais uma lista de conectivos específicos que os candidatos devem usar.
Antes, existia uma espécie de “manual” dos conectivos permitidos e a orientação aos corretores era de verificar se esses conectivos estavam sendo corretamente utilizados.
Agora, a preocupação não é mais com a lista de conectivos, mas sim com a forma como a coesão e a coerência do texto se dão. Isso significa que os candidatos podem usar a variedade de conectivos que considerarem mais apropriada, desde que o texto seja coeso e tenha uma estrutura lógica bem definida.
Assim, a principal mudança aqui é que os corretores agora receberam orientação para focar na fluidez e na clareza da argumentação, e não em um uso mecânico de certos conectivos.
Resumindo…
- Repertório de bolso penalizado: agora, o uso de repertórios genéricos ou “coringas” será penalizado. Os corretores foram orientados a avaliar a pertinência e a contextualização do repertório utilizado.
- Exigência de conexão com o tema: o repertório precisa estar claramente relacionado ao tema proposto. Qualquer uso de exemplos ou citações que não se conectem de maneira direta com o tema será penalizado.
- Competência 2 (argumentação): o uso de repertório será mais rigorosamente avaliado. Para obter a nota máxima, é necessário que o repertório seja bem fundamentado e se encaixe de forma clara e relevante na argumentação.
- Competência 3 (coesão e coerência): o uso inadequado do repertório poderá afetar a coesão do texto, impactando a avaliação da competência 3, que avalia a estrutura lógica e fluidez do texto.
- Cumprimento do tema: agora, será exigido que os candidatos utilizem todas as palavras do tema no desenvolvimento da redação. A falta de qualquer elemento do tema (como uma das palavras-chave) poderá resultar em penalização.
- Critério de coesão textual: não haverá mais uma lista de conectivos específicos a serem usados. Os corretores se concentrarão na fluidez e clareza da argumentação, não na utilização mecânica de certos conectivos.
- Foco na construção lógica do texto: os candidatos devem se preocupar com a clareza e a estrutura do texto de forma geral, garantindo que a argumentação seja coerente e bem organizada, sem depender exclusivamente de conectivos pré-definidos.
Concluindo:
Portanto, o ENEM 2024 traz mudanças significativas na avaliação do repertório, exigindo que os candidatos demonstrem maior domínio e relevância nas referências utilizadas.
Essa nova abordagem reflete um esforço para valorizar a argumentação sólida e bem fundamentada, alinhada diretamente ao tema proposto.
Com isso, os estudantes devem priorizar a qualidade e a pertinência de seus repertórios, garantindo que contribuam efetivamente para a construção do texto.
O sucesso na redação dependerá de uma preparação cuidadosa, que considere essas novas exigências e valorize a autenticidade das ideias apresentadas.
Mas o que permanece igual?
Os estudantes podem se apoiar nos critérios já conhecidos e trabalhados em anos anteriores para orientar sua preparação. Assim, a chave para um bom desempenho continua sendo o equilíbrio entre criatividade, domínio técnico e uma argumentação consistente.
Além disso, as estratégias para atender às competências permanecem válidas, como:
- Competência 1: Planejar o texto antes de escrever, garantindo uma progressão lógica entre as partes.
- Competência 2: Atentar-se para interpretar corretamente o tema e evitar tangenciá-lo ou fugir dele.
- Competência 3: Construir argumentos sólidos, sustentados por exemplos e análises relevantes.
- Competência 4: Usar conectores variados, mantendo a fluidez das ideias e evitando repetições.
- Competência 5: Elaborar propostas detalhadas, incluindo agentes, ações e meios de execução.
Embora a avaliação dos repertórios tenha se tornado mais criteriosa, as bases do texto dissertativo-argumentativo permanecem um alicerce confiável. Com isso, candidatos bem preparados poderão ajustar suas práticas sem abandonar os fundamentos que já garantiram sucesso em edições anteriores.
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