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Erros de português comuns na redação do ENEM

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É comum que muitos participantes cometam alguns descuidos durante a prova, desde os estruturais do gênero até os erros de português comuns na redação do ENEM. Assim, vale se atentar para evitar ao máximo esses erros e garantir uma boa nota na redação do exame.

A redação do ENEM é uma dos passos mais difíceis para os estudantes, que precisam escrever uma dissertação argumentativa consistente sobre um tema definido pelo exame. Em geral, a proposta aborda um problema atual da sociedade brasileira.

É através da redação que banca corretora do exame avalia habilidades como familiaridade às normas padrão da Língua Portuguesa, compreensão da proposta de redação, organização das informações. Além disso, ela também avalia se há argumentação convincente do texto e sugestão de solução para o problema discutido, conforme as 5 competências do ENEM.

Apresentar um bom domínio da língua portuguesa pode ser um grande desafio. Assim, é comum encontrar erros de português comuns na redação do ENEM, como a construção incorreta de orações, truncamentos de períodos, desvios de ortografia, trocas de palavras e uso incorreto do hífen, etc.

Pensando nisso, o CRIA elaborou esse conteúdo completo para que você evite os erros de português comuns na redação do ENEM. Boa leitura.

erros de portugues comuns na redacao do enem
É necessário que o escrevente siga à norma padrão, no que se refere, por exemplo, às regras de ortografia, pontuação, translineação, regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal – Foto: Pexels

5 Erros de português comuns na redação do ENEM

Uma das partes mais importantes do exame, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), visa avaliar a capacidade de comunicação e argumentação dos candidatos. No entanto, muitos alunos têm dificuldades com erros de português, o que pode prejudicar sua nota e a qualidade da redação.

Neste contexto, é fundamental conhecer os erros de português mais comuns nos exames do ENEM, pois este pode ser o primeiro passo para evitá-los e melhorar a competência textual dos candidatos.

Então, confira alguns erros de português comuns na redação do ENEM:

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1. Para “mim” fazer

Ao considerar os pronomes “mim” e “eu”, é possível entender por que a frase “para mim, fazer” é incorreta.

“Eu” é o pronome pessoal do caso reto ,que serve como sujeito da frase. Ou seja, é a pessoa que pratica a ação. Por exemplo, “Eu vou fazer”.

“Mim” é um pronome pessoal do caso oblíquo que funciona como objeto indireto ou complemento em vez de sujeito. Por exemplo, “Isso é para mim”.

Por misturar esses pronomes, a frase “para mim fazer” não é correta. Em vez disso, a expressão correta seria “para que eu faça”. O sujeito da ação de fazer neste caso é “eu”.

Portanto, usar “eu” como sujeito em vez de “mim” é a maneira correta de comunicar a ideia de que alguém executará uma ação. “Para mim” é um complemento, e não o sujeito da ação.

2. “Porque” ele fez isso?

Os tipos de “porquês” (por que, por quê, porque e porquê) são frequentemente fonte de confusão na língua portuguesa, já que cada um tem uma função específica. Aqui está como utilizá-los adequadamente:

  1. Por que (separado e sem acento):
    • Usado em perguntas diretas ou indiretas para questionar o motivo, razão ou causa de algo. Exemplo: “Por que você não veio à reunião?”
    • Também pode ser usado em frases afirmativas quando significa “pelo qual” ou “pela qual”. Exemplo: “Este é o motivo por que lutamos.”
  2. Por quê (separado e com acento no final):
    • Usado no final de uma frase interrogativa para indicar que a pergunta continua. Exemplo: “Você vai à festa? Por quê?”
    • Pode ser usado em frases afirmativas antes de um ponto final para enfatizar a pergunta. Exemplo: “Ele não compareceu, por quê?”
  3. Porque (junto e sem acento):
    • Usado para introduzir uma explicação ou causa em respostas, justificativas ou afirmações. Exemplo: “Ela não veio à reunião porque estava doente.”
    • Também pode ser usado quando significa “pois” ou “uma vez que”. Exemplo: “Estudei bastante porque quero passar na prova.”
  4. Porquê (junto e com acento no final):
    • Usado como um substantivo para se referir ao motivo, razão ou causa de algo. Exemplo: “Precisamos entender o porquê dessa decisão.”
    • É o equivalente ao “o motivo pelo qual” ou “a razão pela qual”.

Lembrando que a escolha do tipo correto de “porquê” depende do contexto e da função na frase.

Então, observar se você está fazendo uma pergunta, oferecendo uma explicação, usando-o como substantivo ou indicando que a pergunta continua é fundamental para garantir o uso correto dos “porquês”.

3. Diferença entre “a” e “há”

Devido à sua pronúncia e ao contexto em que são usadas, as palavras “A” e “há” são frequentemente confundidas na língua portuguesa. Assim, aqui está a diferença que as distingue:

  • “A”
    • Preposição que normalmente indica uma direção, um destino ou um ponto final.
    • Pode ser usada para descrever o momento em que uma ação ocorre quando é precedido por um complemento de tempo, como “à tarde” ou “à noite”.
    • Além disso, pode ser usado para introduzir um objeto diretamente em uma frase, como em “Vi a casa”.
    • Exemplos:
      • Eu estou indo para São Paulo.
      • Ele frequentou a escola.
      • A reunião está marcada para as 15 horas.
  • “Há”
    • É o verbo “haver”, que significa tempo passado e refere-se a uma ação ou circunstância passada.
    • Na maioria das vezes, é usado com uma expressão de tempo para descrever o tempo que se passou desde o evento.
    • Por exemplo:
      • Não o vejo há muito tempo. (Denota um período de tempo que passou desde a última vez que viu alguém.)
      • Duas horas mais tarde, começou a chover. (A indicação indica que a chuva começou há duas horas.)

Em resumo, a principal distinção entre “a” e “há” reside na função gramatical e no uso.

Uma preposição com múltiplas funções, “A” pode representar direção, tempo e introdução do objeto direto. “Há” é a forma do verbo “haver” que significa tempo passado, normalmente precedido por uma expressão de tempo.

4. Ausência ou excesso de vírgulas

Uma das pontuações mais versáteis da língua portuguesa é a vírgula, que pode ser usada para definir, organizar e dar ritmo às ideias expressas em um texto.

No entanto, ambiguidades, erros de interpretação e até mesmo perda de pontos na avaliação da redação podem ser causados pelo uso inadequado desse recurso. Assim, veja alguns exemplos:

Nunca separe o sujeito do verbo ou de seus complementos

Não se deve separar o sujeito do verbo ou de seus complementos com vírgula, a menos que haja uma razão específica para fazê-lo, como na criação de uma pausa para ênfase ou para evitar ambiguidade.

A separação inadequada do sujeito do verbo pode comprometer a clareza e a estrutura da frase.

Por exemplo:

Errado: “O livro, que ele leu, estava interessante.”
Opte por: “O livro que ele leu estava interessante.”

Separação do vocativo:

Quando se dirige diretamente a alguém, use vírgulas para isolar o vocativo. Por exemplo: “Maria, traga-me um copo d’água.”

Locuções prepositivas:

Em locuções prepositivas, como “de acordo com,” “em vez de,” “ao invés de,” não se utiliza vírgula. Exemplo: “De acordo com o professor, o teste será difícil.”

5. Uso incorreto dos conectivos

Ao escrever a redação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o uso incorreto dos conectivos pode prejudicar a clareza, a coesão e a argumentação do texto.

Assim, para manter o texto coeso e facilitar a compreensão das relações entre as informações, é fundamental conectar ideias e frases de forma adequada.

Então, confira alguns erros comuns:

Excesso de conectivos:

O uso excessivo de conectivos pode tornar o texto confuso e difícil de ler. É importante equilibrar o uso de conectivos para evitar a sobrecarga.

Falta de conectivos:

Às vezes, a redação pode parecer desconexa e fragmentada devido à falta de conectivos. É importante usá-los para ligar ideias e manter a coesão do texto.

Ausência de conectivos de retomada:

Conectivos de retomada, como “isso,” “isso significa que,” são essenciais para vincular informações anteriores às subsequentes. A ausência deles pode fragmentar o texto.

Uso inadequado de conectivos adversativos:

Conectivos como “mas,” “porém” e “contudo” indicam oposição ou contraste. Usá-los inadequadamente pode criar confusão na redação.

Uso inadequado de conectivos conclusivos:

Conectivos conclusivos, como “portanto” e “assim,” indicam uma conclusão ou resultado. Usá-los inadequadamente pode resultar em conclusões precipitadas ou infundadas.

Por que evitar erros gramaticais na redação do Enem é fundamental?

É de extrema importância evitar erros gramaticais na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Assim, isso não se limita ao cumprimento das normas formais da língua portuguesa. É uma habilidade vital que vai além da correção gramatical, essencial para o sucesso da redação por várias razões.

O principal motivo é a correção realizada pela banca corretora oficial do exame, que prevê o cumprimento das orientações das 5 competências do ENEM pelos candidatos. A primeira competência exige que os participantes “Demonstrem domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa”.

Além disso, essa competência se desdobra em mais categorias, podendo o candidato receber notas entre 0 a 200 pontos. Então, confira:

  • 200 pontos: demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizarem reincidência;
  • 160 pontos: mostra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita;
  • 120 pontos: denuncia um domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita;
  • 80 pontos: demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita;
  • 40 pontos: demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita;
  • 0 ponto: demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

Aprimore sua escrita com o CRIA

Projetado para ser um corretor de redações baseado em inteligência artificial e processamento de linguagem natural, o CRIA é uma ferramenta útil e simples de utilizar.

Assim, ele utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Através do modelo, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Quais são as funcionalidades do CRIA?

  • Análise instantânea da redação;
  • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
  • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
  • Traz correções detalhadas por competência;
  • Histórico de progresso;
  • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
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  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
O CRIA, uma ferramenta de correção de redações com inteligência artificial, te ajuda a praticar para o ENEM — Vídeo: Reprodução.

Qual o passo a passo para utilizar o CRIA?

Após escolher o plano, seu acesso à plataforma será liberado. Então, você pode escolher um tema disponível no site ou enviar outro tema desejado.

Em seguida, escreva o texto na área indica e submeta para correção. Em até 2 minutos sua redação do ENEM estará corrigida conforme as 5 competências do ENEM.

Por fim, após realizar as correções indicadas, atualize a análise para obter um novo resultado.

inteligencia artificial para corrigir redacao
CRIA: corretor de redação por inteligência artificial — Foto: CRIA.

Acompanhe seu progresso

Após enviar as redações, é possível acessar outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA: o gráfico com histórico de pontuação.

Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira clara as competências que precisam de mais atenção.

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Gráfico de correção de redação interativo — Fonte: CRIA.

A quem o CRIA se destina?

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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