Como argumentar sem generalizar na redação do ENEM? Essa é a pergunta de ouro para todo estudante que busca a nota máxima. No universo do Exame Nacional do Ensino Médio, a Competência 3 exige do candidato a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos e opiniões para defender um ponto de vista.
A generalização, o ato de estender uma característica de uma parte para um todo (“Todo mundo faz isso”), é o erro mais comum que compromete essa competência.
Generalizar é um caminho rápido para o senso comum. Ele esvazia sua argumentação, camufla a falta de repertório sociocultural e demonstra uma análise superficial do problema. Um corretor experiente identifica rapidamente que você não possui dados ou exemplos específicos para sustentar sua tese.
Este artigo é um guia prático e completo. Você aprenderá o que é a generalização na prática, quais são as palavras-armadilha e, o mais importante, como transformar afirmações vagas em argumentos sólidos, específicos e incontestáveis que irão alavancar sua nota na redação.
O que é generalização e por que ela afeta a competência 3 do ENEM?
A generalização indevida ocorre quando o redator usa termos universais para se referir a um fenômeno que, na verdade, é restrito ou específico. Ao fazer isso, o argumento perde a precisão e a credibilidade, já que não é possível provar que algo se aplica a 100% dos casos.
O corretor do ENEM penaliza a generalização porque ela indica a ausência de um projeto de texto estratégico e o não cumprimento da Competência 3 (C3).
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Generalização invalida sua tese:
Um argumento forte precisa ser delimitado, comprovado e específico. Quando você escreve “Todos os jovens brasileiros usam a internet de forma irresponsável”, você ignora milhões de jovens que fazem uso produtivo e educativo da rede. Essa afirmação é facilmente refutável e, por isso, sua tese perde força e autoridade.
Lembre-se: argumentar não é apenas expor fatos, é analisar criticamente esses fatos e conectá-los de forma lógica.
O que evitar na argumentação da redação do ENEM?
Agora que você compreendeu como argumentar sem generalizar na redação do ENEM, foque no que evitar. Existem algumas palavras que podem diminuir a nota do candidato se utilizadas na hora da argumentação. São as palavras totalizantes.
É importante que o candidato evite palavras totalizantes. Então, não utilize termos como: “sempre”, “tudo”, “nada”, “todos”, “ninguém”, “jamais”. Além disso, não se recomenda o uso de palavras de sentido coletivo, como “população”, “família”, “sociedade”, “juventude”, etc.
Exemplos:
- “A população brasileira quando ouve o termo ‘saúde mental’ acredita se tratar de ‘doenças mentais’”.
 - “Toda população brasileira é excluída do universo do cinema”.
 - “Os adolescentes não possuem interesse em estar em sala de aula”.
 - “Jamais na história do Brasil houve interesse em diminuir a desigualdade social”.
 - “A juventude brasileira está perdida”.
 
Evite generalizações preconceituosas a todo custo
A fim de garantir uma boa nota na redação do ENEM, você deve apresentar pensamento crítico. Em suma, considerar diferentes perspectivas ao apresentar o seu argumento.
Todos os anos, milhares de redações são zeradas por desrespeitarem os Direitos Humanos. Então, além de evitar generalizações totalizantes, jamais traga pensamentos preconceituosos. A seguir, confira exemplos de frases de redações que foram zeradas por irem contra os Direitos Humanos.
ENEM 2016 — “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
- “podemos combater a intolerância religiosa acabando com as religiões e implantando uma doutrina única”.
 - “para combater a intolerância religiosa, deveria acabar com a liberdade de expressão”.
 - “que a cada agressão cometida o agressor recebesse na mesma proporção, tanto agressão física como mental”.
 - “o governo deveria punir e banir essas outras “crenças”, que não sejam referentes a Bíblia”.
 
ENEM 2016 — “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”
- “deve sofrer os mesmos danos causados à vítima, não em todas as situações, mas em algumas ou até mesmo a pena de morte”.
 - “muitos dizem […] devem ser castrados, seria uma boa ideia”.
 - “fazer sofrer da mesma forma a pessoa que comete esse crime”.
 - “as mulheres fazerem justiça com as próprias mãos”.
 
Como o CRIA pode ajudar no aprendizado?
Argumentar sem generalizar na redação do ENEM é a chave para transcender o nível mediano e conquistar a nota de excelência. A partir de agora, elimine os “todos” e “sempre” do seu vocabulário e comece a ver o mundo através da lente da especificidade.
Desenvolva seu repertório sociocultural, use modificadores de intensidade e ancore suas ideias em fatos e análises críticas. Ao demonstrar essa capacidade de nuance e profundidade, você não apenas atenderá, mas superará as expectativas da Competência 3
Agora que você já sabe como argumentar sem generalizar na redação do ENEM, o CRIA pode ser a ferramenta que pode facilitar esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
 - Simulação da sua nota do ENEM por competência;
 - Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
 - Traz correções detalhadas por competência;
 - Histórico de progresso;
 - Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
 - Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
 - Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
 
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Perguntas frequentes:
Você perde pontos. A generalização indevida demonstra que o estudante não conseguiu selecionar, organizar e relacionar informações de forma coerente e consistente. Em vez de uma análise aprofundada, o corretor identifica uma conclusão superficial, resultando em uma pontuação mais baixa na C3.
Sim. “A maioria” não é uma generalização. Esse termo denota uma parte maior de um todo, reconhecendo implicitamente a existência de uma minoria (as exceções). O erro está em usar palavras totalizantes como “todos” ou “sempre”, que englobam a totalidade sem distinção.
Use Alusões Históricas, Referências Filosóficas ou Conceitos Sociológicos (Argumento de Autoridade). Assim, em vez de dizer que “as pessoas são intolerantes”, cite a Banallidade do Mal de Hannah Arendt para argumentar sobre a ausência de reflexão crítica, ou o conceito de Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman para falar sobre a fluidez das relações sociais. A referência teórica é sempre melhor que a afirmação vazia.
Evite dizer que “a internet é ruim”. Prefira delimitar: “O uso excessivo de redes sociais por adolescentes tem gerado impactos na saúde mental, conforme apontam estudos recentes sobre ansiedade e depressão.” Use o “quem” e o “como” específicos.
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