A redação é, frequentemente, a etapa mais temida e, ao mesmo tempo, a mais decisiva dos exames de ingresso ao ensino superior. Seja no ENEM, que exige o modelo dissertativo-argumentativo com proposta de intervenção, ou em vestibulares mais tradicionais, saber como fazer uma boa redação para o vestibular é a chave para a aprovação.
Portanto, este guia completo detalhará cada etapa do processo, desde o planejamento até a revisão final, garantindo que sua escrita seja clara, coesa e altamente persuasiva. Isto é, vamos transformar o medo da folha em branco em confiança e pontuação máxima.
Como fazer uma boa redação para o vestibular?
Seja no ENEM ou em vestibulares tradicionais, a redação é o grande divisor de águas que pode garantir sua vaga no ensino superior. Contudo, muitos candidatos ainda se sentem perdidos diante da folha em branco, sem saber como fazer uma boa redação para o vestibular de forma estratégica.
Então, dominar a técnica de escrita dissertativo-argumentativa e as exigências específicas de cada banca examinadora é crucial. Afinal, a nota máxima depende de mais do que apenas bom vocabulário; ela exige estrutura impecável, repertório sociocultural e, principalmente, argumentação coesa.
A seguir, exploraremos as etapas essenciais e as competências invisíveis que você deve dominar para transformar sua redação em um instrumento de aprovação.
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1. Decifrando o gênero textual: o que o vestibular espera?
A maioria dos vestibulares, incluindo o ENEM, cobra a Dissertação-Argumentativa. Este gênero exige que o candidato apresente um ponto de vista (tese) sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política, defenda-o com argumentos sólidos e, finalmente, conclua o raciocínio.
É vital que você compreenda as exigências específicas de cada prova:
- ENEM: Obrigatoriedade da Proposta de Intervenção detalhada.
- Fuvest, Unicamp: Podem exigir outros gêneros (carta, manifesto, artigo de opinião) ou temas mais abstratos/filosóficos.
2. O planejamento estratégico: a arte de não escrever:
Antes de colocar a caneta no papel, o planejamento (ou brainstorming) é fundamental. Afinal, a pressa leva ao desvio do tema e à falta de coesão.
- Análise do Tema e Palavras-chave: Leia o tema diversas vezes, sublinhando as palavras-chave. Certifique-se de que você entendeu o recorte temático exigido e não vai fugir (tangenciar) dele.
- Definição da Tese: Qual é o seu posicionamento claro e objetivo sobre o tema? Escreva a tese em uma frase curta.
- Seleção de Argumentos (A1 e A2): Escolha dois argumentos centrais que sustentarão sua tese. Pense no “porquê” ou “como” o problema existe.
- Repertório Sociocultural: Liste referências (filmes, livros, dados, filósofos, história) que se conectam aos seus argumentos. Use apenas repertório legítimo e bem articulado.
3. A estrutura perfeita para uma redação nota 1000:
Dominar a estrutura é a resposta direta para a pergunta: como fazer uma boa redação para o vestibular?
3.1. Introdução: O Gancho e a Tese (Máximo 4 linhas)
A introdução tem três funções essenciais:
- Contextualização/Gancho: Apresentação do tema usando uma citação, dado histórico ou referência inicial.
- Apresentação do Tema: Conexão clara entre o gancho e o tema da proposta.
- Tese: O posicionamento do autor, anunciando os dois argumentos principais que serão desenvolvidos. Exemplo: “O problema X existe devido à inoperância governamental e à falha na educação social.”
3.2. Desenvolvimento: Foco na Argumentação (2 a 3 Parágrafos)
Cada parágrafo de desenvolvimento deve abordar apenas um argumento (A1 no D1, A2 no D2).
- Tópico Frasal: A primeira frase deve ser clara e apresentar o argumento do parágrafo.
- Repertório e Fundamentação: Insira a referência sociocultural (ex: um sociólogo) para dar autoridade ao seu argumento.
- Análise Crítica: Conecte o repertório ao tema e mostre o que a referência prova.
- Conclusão do Parágrafo: Uma frase que reforce a conexão do argumento com a tese central.
3.3. Conclusão: A Solução (Proposta de Intervenção – ENEM)
Na conclusão, conforme o modelo ENEM, você não deve apenas resumir, mas propor uma solução viável e detalhada.
- Retomada da Tese: Uma breve reafirmação do problema.
- Proposta de Intervenção (Ação): O que deve ser feito.
- Agente: Quem fará (Governo, Mídia, ONG, Escola).
- Meio/Modo: Como será feito (Leis, Campanhas, Educação).
- Efeito/Finalidade: Para que será feito (o objetivo da solução).
- Detalhamento: Acrescente uma informação a mais sobre qualquer um dos itens anteriores, garantindo a Competência 5 (C5).
4. As competências invisíveis: coesão, coerência e norma culta
Para fazer uma boa redação para o vestibular, o domínio técnico da língua é inegociável.
- Coesão: Use conectivos (palavras de transição) no início de cada parágrafo (D1, D2, Conclusão) e dentro deles (Ex: Ademais, Outrossim, Portanto, Nesse sentido).
- Coerência: Garanta que todas as ideias estejam logicamente interligadas e não se contradigam.
- Norma Culta: Erros gramaticais (acentuação, concordância, regência) reduzem sua nota na C1. Revise sempre.
Saber como fazer uma boa redação para o vestibular não é um segredo, mas sim um método. Dominando a estrutura (Introdução-Desenvolvimento-Conclusão), planejando antes de escrever e praticando a técnica de argumentação com repertório sólido, você estará preparado para qualquer tema e banca examinadora.
Portanto, comece a praticar hoje mesmo e transforme a redação no seu maior trunfo para a aprovação!
Exemplo de redação vestibular – UEM 2025
Contexto e Comando de Produção: Você é colaborador(a) de uma revista online voltada a assuntos envolvendo as mídias digitais e foi convidado(a) a escrever um texto para o público dessa revista com o objetivo de refletir sobre o papel da cultura nacional. Com base na leitura dos textos e em conhecimentos sobre o assunto, escreva uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA, para a próxima edição da revista, a partir da pergunta: A cultura no Brasil só é valorizada quando ganha destaque no exterior? Você deverá: (a) responder à questão e expor sua posição; (b) defender seu ponto de vista com argumentos claros e bem organizados; (c) apresentar uma conclusão. Seu texto deverá ter no mínimo 15 linhas (completas) e no máximo 22 linhas. Não assine o texto e não deixe linha(s) em branco entre as linhas escritas.
A cultura no Brasil só é valorizada quando ganha destaque no exterior?
Introdução:
Infelizmente, a cultura brasileira frequentemente padece de um ciclo de desvalorização, só alcançando prestígio e reconhecimento amplo após receber a chancela estrangeira. É inegável que o consumo nacional está atrelado a um padrão de validação externa, reforçado pela mídia e pelo imperialismo cultural. Portanto, defende-se que a valorização da arte nacional é majoritariamente condicionada ao sucesso internacional, refletindo a falta de difusão e um comportamento social de baixa autoestima cultural.
Desenvolvimento 1:
Em primeiro lugar, a preferência por produtos estrangeiros configura um sintoma direto do imperialismo cultural. De acordo com a pesquisa de Nathalia Silva e Larissa Carneiro, a ampla maioria dos jovens entrevistados citou mídias internacionais como prediletas. Essa inclinação demonstra que o brasileiro consome o que é massificado por grandes centros, o que desincentiva a apreciação constante da arte local.
Desenvolvimento 2:
Além disso, o caso da atriz Fernanda Torres, citado no Texto 1, ilustra como o reconhecimento midiático atua como catalisador dessa valorização. Sua indicação ao Oscar gerou mobilização que não existia antes. Logo, a validação externa funciona como um “certificado de qualidade” para o público, visto que a produção nacional não é valorizada em sua plenitude sem o endosso de uma crítica internacional.
Conclusão:
Em suma, o padrão de consumo reflete a persistente influência cultural externa. A fim de reverter este quadro, é fundamental que o Ministério da Cultura, em parceria com as Secretarias Estaduais de Educação, implemente programas de incentivo à exibição e ao debate da arte nacional nas escolas, dessa forma cultivando um senso crítico e um apreço autêntico pela riqueza brasileira desde a base.
Conte com o CRIA para alcançar a nota 1000 na redação do ENEM!
Agora que você já entendeu a como fazer uma boa redação para o vestibular, conte com o CRIA para corrigir a sua redação. Mas o que é o CRIA?
Projetado para auxiliar professores e estudantes no processo de produção textual, o CRIA não apenas corrige textos, mas oferece devolutivas personalizadas, sugestões de melhoria e estimula a autonomia dos alunos.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
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Perguntas frequentes:
O ideal é ter 4 a 5 parágrafos: Introdução, dois ou três parágrafos de Desenvolvimento e Conclusão. Essa divisão otimiza a organização e a clareza da sua argumentação.
É qualquer referência externa ao tema (filosofia, história, artes, ciência, etc.) que tenha relação direta e seja comprovada. Encontre-o através de leituras de jornais de credibilidade, documentários e obras clássicas.
O erro mais comum é o tangenciamento ou a fuga total ao tema proposto. Outro erro grave é a ausência de intervenção (no ENEM) ou a superficialidade dos argumentos.
Sim. A prática semanal é a melhor forma de internalizar a estrutura, aumentar o vocabulário e melhorar a agilidade. Tente escrever pelo menos uma redação por semana, de preferência cronometrando o tempo.
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