Repertório sociocultural sobre exclusão social

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Para a redação do ENEM, use repertório sociocultural sobre exclusão social como Zygmunt Bauman ("modernidade líquida"), o filme "Parasita" (2019) e a obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. Cite também dados da Oxfam Brasil para fortalecer sua argumentação sobre desigualdade e marginalização.

Uma foto em close mostra um grupo de seis jovens sentados em um círculo, em uma sessão de terapia ou de grupo de apoio.

Para construir uma argumentação sólida e conquistar a nota máxima na redação do ENEM, não basta apenas ter boas ideias: é preciso comprová-las com um repertório sociocultural legitimado e relevante.

A exclusão social é um tema recorrente nos vestibulares, abordando problemas como a marginalização de grupos, a falta de acesso a direitos e a segregação em diferentes esferas da sociedade.

Mas, como usar repertório sociocultural sobre exclusão social de forma eficiente? Então, neste guia do CRIA, você encontrará citações, filmes, obras literárias e dados históricos que vão transformar a sua redação, mostrando a banca que você tem um conhecimento vasto e que sabe aplicá-lo.

O que é exclusão social?

A exclusão social é um processo de afastamento ou privação que impede indivíduos ou grupos de participarem plenamente da vida econômica, social e política de uma sociedade. Mais do que apenas pobreza, ela envolve a negação de acesso a direitos básicos, como educação, saúde, moradia e oportunidades de emprego.

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, na “modernidade líquida”, a exclusão social se aprofunda com a fragilidade dos laços sociais, levando ao isolamento e à marginalização. [1]

Além disso, o termo também está ligado à “violência simbólica” de Pierre Bourdieu, que impõe padrões culturais que invisibilizam e oprimem grupos minoritários. [2]

Essa privação pode ocorrer de diversas formas:

  • Exclusão econômica: falta de renda e emprego.
  • Exclusão educacional: dificuldade de acesso à educação de qualidade.
  • Exclusão cultural: falta de reconhecimento de identidades e culturas.
  • Exclusão digital: ausência de acesso à tecnologia e internet.

Você também pode se interessar por:

Repertório sociocultural sobre exclusão social para usar na redação:

Organizamos os repertórios por categorias para facilitar a sua busca e aplicação. Escolha o que melhor se encaixa no seu argumento desse repertório sociocultural sobre exclusão social:

Filosofia e Sociologia

Para ir além do senso comum, é fundamental ancorar sua redação em pensadores que já se debruçaram sobre os problemas da sociedade. A filosofia e a sociologia oferecem os conceitos e as ferramentas analíticas necessárias para desvendar as complexidades da exclusão social.

Desse modo, ao usar as ideias de grandes nomes como Zygmunt Bauman e Pierre Bourdieu, você demonstra à banca examinadora que sua argumentação é sólida, bem fundamentada e vai além da superfície do tema.

Zygmunt Bauman e a “Modernidade Líquida”:

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman fala sobre a fragilidade dos laços sociais na sociedade contemporânea. Na modernidade líquida, as relações são fluidas e o indivíduo está cada vez mais isolado, o que pode aprofundar a exclusão de grupos vulneráveis.

Como usar: conecte o conceito de “modernidade líquida” à precarização do trabalho ou à falta de políticas de inclusão que, por sua vez, criam uma sociedade mais individualista e menos solidária.

Pierre Bourdieu e a Violência Simbólica:

O sociólogo francês explica que o poder e a dominação não se manifestam apenas fisicamente, mas também através da linguagem e da cultura. Assim, a violência simbólica impõe padrões de comportamento e pensamento que invisibilizam e marginalizam aqueles que não se encaixam, perpetuando a exclusão. [3]

Como usar: utilize este conceito para argumentar que a exclusão não é apenas econômica, mas também cultural, manifestando-se em preconceitos e estereótipos que oprimem minorias.

    Cinema e Literatura:

    Para ir além da análise teórica, a cultura popular e a arte servem como um espelho da sociedade, refletindo suas contradições e problemas mais profundos. Assim, a literatura e o cinema, em especial, oferecem narrativas ricas que humanizam o tema da exclusão social e mostram suas consequências na vida real das pessoas.

    Vidas Secas (Graciliano Ramos):

    Este clássico da literatura brasileira retrata a miséria e a exclusão da família de Fabiano no sertão nordestino. A obra mostra a falta de oportunidades e a luta pela sobrevivência em um contexto de extrema pobreza e abandono social.

    Como usar: é um repertório perfeito para contextualizar a exclusão socioeconômica no Brasil, mostrando a persistência da pobreza e da falta de acesso à terra e à educação.

    O Auto da Compadecida (Ariano Suassuna):

    Embora seja uma comédia, a obra aborda a exclusão social de forma sutil, mostrando a exploração e a marginalização dos personagens João Grilo e Chicó em um contexto de coronelismo e desigualdade social.

    Como usar: use a obra para mostrar como a falta de oportunidades e a exploração são problemas enraizados na cultura brasileira, perpetuando ciclos de exclusão.

    O Poeta e a Cidade (Carlos Drummond de Andrade):

    O poema reflete sobre a condição humana e a relação do indivíduo com a cidade, muitas vezes hostil. Pode ser usado para tratar da exclusão de moradores de rua e da falta de moradia adequada.

    “Parasita” (2019)

    É uma crítica social contundente que aborda a exclusão social de forma visceral. Ele explora a divisão entre duas famílias: a rica família Park e a pobre família Kim.

    Assim, o contraste entre a mansão luxuosa e o porão apertado dos Kim não é apenas uma metáfora visual, mas a representação de uma distância social intransponível.

      Dados e Fatos Históricos:

      Constituição Federal de 1988:

      Conhecida como “Constituição Cidadã”, ela garante direitos fundamentais a todos os brasileiros, como saúde, educação, moradia e trabalho. No entanto, a persistência de problemas sociais mostra que a teoria nem sempre se reflete na prática. [4]

      Como usar: use a Constituição Federal para mostrar a discrepância entre a lei e a realidade social. Argumente que, apesar de o Brasil ter um aparato legal para combater a exclusão, a falta de políticas públicas efetivas e a má distribuição de renda ainda são grandes obstáculos.

      Apartheid na África do Sul:

      O regime de segregação racial, que durou de 1948 a 1994, é um exemplo histórico extremo de exclusão social institucionalizada. O sistema impunha a separação racial e a negação de direitos civis à maioria negra. [5]

      Como usar: utilize o Apartheid para contextualizar argumentos sobre segregação, racismo e a criação de leis que perpetuam a exclusão de minorias, mostrando que o problema é global e histórico.

      Índice de Gini:

      Este é um dos dados mais importantes para falar sobre desigualdade social. O Índice de Gini mede o nível de concentração de renda em um país: quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. Mencionar o índice (e o fato de o Brasil ter um dos mais altos do mundo) pode fortalecer seu argumento sobre a exclusão econômica. [6]

      Como se preparar para qualquer redação com o CRIA?

      Agora que você já sabe mais sobre repertório sociocultural sobre exclusão social, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?

      O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

      Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

      Mas o que o CRIA faz por você?

      • Análise instantânea da redação;
      • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
      • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
      • Traz correções detalhadas por competência;
      • Histórico de progresso;
      • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
      • Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
      • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.

      Vamos começar? Então acesse aqui.

        Perguntas Frequentes (FAQ):

        O que é repertório sociocultural legitimado?

        É qualquer conhecimento (histórico, filosófico, literário, etc.) que tenha sido validado por alguma área do conhecimento e que seja relevante para o tema da redação. Citações de filósofos, dados de pesquisas e referências a obras reconhecidas são exemplos.

        Como aplicar o repertório na redação?

        Você deve usar o repertório para comprovar um argumento, não apenas para “encher linguiça”. Introduza-o de forma natural no texto, explique sua relevância para o seu ponto de vista e analise como ele se conecta ao tema.

        A exclusão social é o mesmo que desigualdade social?

        Não, mas estão intimamente ligadas. A desigualdade social se refere à diferença na distribuição de recursos. A exclusão social é o processo que resulta dessa desigualdade, negando a participação plena de alguns grupos. A desigualdade pode levar à exclusão.

        Posso usar filmes e séries atuais como repertório?

        Sim, desde que a referência seja relevante e a obra tenha reconhecimento da crítica. Filmes como “Parasita” (2019) e séries como “O Mecanismo” podem ser usados para ilustrar problemas sociais.

        Referências:

        [1] Confederação global de organizações para combater a pobreza e a desigualdade

        [2] Repositória UFSC

        [3] O Papel da Violência Simbólica na Sociedade por Pierre Bourdieu

        [4] Constituição Federal 1988

        [5] Como Nelson Mandela lutou contra o apartheid na África do Sul e mudou a história – em seu país e no mundo

        [6] O que é? – Índice de Gini

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