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Repertório sociocultural sobre racismo ambiental: o que é?

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O repertório sociocultural sobre racismo ambiental oferece uma visão geral de recursos que exploram as consequências das políticas e práticas que afetam a saúde, a segurança de pessoas de cor. Considerado racismo sistêmico, afeta o acesso ao ar puro, à água potável e a comunidades saudáveis.

Nosso ambiente tem um impacto direto em nossa saúde, mas nem todos são iguais. Em muitas cidades, resquícios de políticas e práticas racistas levaram comunidades marginalizadas a serem forçadas a morar em bairros mais expostos a riscos para a saúde.

Assim, compreender esses aspectos é fundamental para a conscientização e também como repertório sociocultural sobre racismo ambiental para utilizar em qualquer redação. Então, continue com o CRIA e boa leitura.

repertorio sociocultural sobre racismo ambiental
O racismo ambiental é o impacto desproporcional dos riscos ambientais sobre as pessoas de cor e de vulnerabilidade socioeconômica – Foto: Freepik.

O que é racismo ambiental?

O termo racismo ambiental foi cunhado pelo líder dos direitos civis Dr. Benjamin F. Chavis Jr para trabalhadores rurais e trabalhadores de baixa renda, ou seja, em estado de vulnerabilidade socioeconômica, conforme a Justiça Ambiental.

Desde então, estudo após estudo, foi constatado que essas comunidades estão desproporcionalmente expostas a poeiras tóxicas, cinzas, fuligem e outros poluentes provenientes de instalações perigosas localizadas no seu meio.

Estes perigos incluem, por exemplo, poluição do ar, fontes de água contaminadas e proximidade de estradas, fábricas de resíduos e outras instalações industriais. Estes, por sua vez, têm consequências na saúde das pessoas que vivem na área.

Como resultado, enfrentam mais riscos de problemas de saúde como câncer e problemas respiratórios.

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Repertório sociocultural sobre racismo ambiental

O racismo ambiental é uma forma complexa de desigualdade social ligada a questões ambientais e com impacto desproporcional em comunidades marginalizadas ou em situação de vulnerabilidade econômica em todo o mundo.

Nesse sentido, este repertório sociocultural sobre racismo ambiental visa explorar a interseção entre justiça social e ambiental, oferecendo uma visão abrangente das várias formas pelas quais o racismo se manifesta no contexto ambiental.

Assim, confira abaixo livros, palestra do TEDx e filmes para compor seu repertório sociocultural:

Livro: “Não verás país nenhum” — 1981

“Não Verás País Nenhum” é um livro do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, lançado pela primeira vez em 1981. A obra é uma distopia que mostra um futuro sombrio no Brasil.

O cenário é uma megalópole em ruínas chamada São Paulo onde as pessoas vivem em condições extremamente precárias.

Além disso, a desigualdade social, a degradação ambiental e a busca de esperança em meio ao caos são temas discutidos no decorrer do livro.

A obra é considerada um dos livros mais influentes da literatura brasileira contemporânea e oferece uma reflexão sobre os caminhos da sociedade.

Precisamos falar sobre o Racismo Ambiental — TEDx

Amanda Costa, uma ativista climática, apresentadora, jovem embaixadora da ONU e uma das mulheres mais poderosas do Brasil abaixo dos 30 anos, é um exemplo de como é possível mudar o foco da conversa.

Ela fundou o Perifa Sustentável, uma organização sem fins lucrativos que apoia iniciativas educacionais diretas e sustentáveis nas periferias.

Filme: “Terra prometida” — 2012

O filme aborda questões relacionadas à extração de gás natural através do processo de fraturamento hidráulico, conhecido como fracking, e os impactos socioeconômicos e ambientais dessa prática.

Animação: “Elementos” — 2024

O filme de animação “Elementos” se passa em uma cidade extraordinária chamada “Cidade Elemento”, onde os quatro elementos naturais ar, terra, fogo e ar vivem em harmonia.

Entretanto, em determinado ponto são surpreendidos por problemáticas que precisam ser resolvida.

Além do envolvimento entre os personagens, é possível observar questões como racismo ambiental dos centros urbanos.

Por que existe o racismo ambiental?

De forma geral, o racismo ambiental é uma forma de racismo sistêmico.

Além disso, existe em sua maioria devido a políticas e práticas que historicamente, e até hoje, favoreceram a saúde, o bem-estar e as escolhas de consumo das comunidades brancas em detrimento das comunidades não-brancas que estão em vulnerabilidade socioeconômica.

Que formas pode assumir o racismo ambiental?

Conforme o site Racismo Ambiental, o racismo ambiental manifesta-se de muitas maneiras e tem vários impactos cumulativos.

Assim, estas incluem questões de saúde mental e física, desigualdade econômica, profanação de espaços culturais e níveis desproporcionais de poluição.

O que devemos fazer para acabar com o racismo ambiental?

Há muito o que fazer e todos podemos desempenhar um papel. Então, primeiro, é importante reconhecer que as respostas estão enraizadas no movimento pela justiça ambiental.

Como deixaram claro os líderes de justiça ambiental que se reuniram na Primeira Cúpula Nacional de Liderança Ambiental de Pessoas de Cor em 1991:

“Se o racismo ambiental está forçando o veneno sobre as pessoas de cor de baixa renda, a justiça então não implica transferir essas desigualdades para outros, mas remediando-os e também prevenindo-os no futuro.”

Assim, podemos começar ouvindo as comunidades mais afetadas pelo racismo ambiental e pela crise climática mais ampla.

Além disso, significa garantir que têm um papel de liderança nos processos de tomada de decisão relativos às políticas que moldam o local onde vivem e trabalham.

E significa responsabilizar aqueles que estão no poder por honrar os direitos de todas as pessoas ao ar puro, à água potável e a comunidades saudáveis.

Em outras palavras, a verdadeira justiça ambiental exige o desmantelamento das estruturas racistas que criaram este problema.

Essa problemática está finalmente sendo reconhecido em escala global. Um relatório recente das Nações Unidas afirmou:

“Não pode haver solução significativa para a crise climática e ecológica global sem abordar o racismo sistêmico”.

Qual é a causa do racismo ambiental?

O racismo ambiental é causado por vários fatores, por exemplo, incluindo a negligência intencional, a alegada necessidade de um receptáculo para poluentes nas áreas urbanas e a falta de poder institucional e o baixo valor da terra das pessoas de cor.

Além disso, é um fato bem documentado que as comunidades de cor e de vulnerabilidade socioeconômica são desproporcionalmente afetadas por indústrias poluentes (e muito especificamente, instalações de resíduos perigosos) e pela regulamentação frouxa destas indústrias.

Como as comunidades indígenas auxiliam na preservação ambiental?

Segundo o Map Biomas, os territórios indígenas são um dos principais obstáculos ao avanço do desmatamento no Brasil.

Assim, as terras indígenas perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa nos últimos 30 anos, enquanto as terras privadas perderam 20,6%.

Outro dado disponibilizado pelo Map Biomas, somente 1,1 milhão de hectares — ou 69 milhões de hectares — foram devastados nas terras indígenas entre 1990 e 2020, de acordo com dados do Map Biomas.

Além disso, outros 47,2 milhões de hectares de terras privadas foram desmatados.

Racismo ambiental no Brasil

Infelizmente, existem muitos exemplos de racismo ambiental no Brasil. Segundo Fundo Brasil, esses são alguns exemplos de racismo ambiental no Brasil:

  • A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, deslocou comunidades indígenas e ribeirinhas, afetando negativamente a biodiversidade local.
  • O uso excessivo de agrotóxicos nas plantações próximas causa contaminação da água e do solo em comunidades indígenas e quilombolas no Nordeste do Brasil.
noticia g1

Mesmo que algumas mudanças estejam sendo feitas, ainda é uma problemática constante que atinge diversas comunidades em vulnerabilidade socioeconômica.

  • A rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) foi construída no centro da Amazônia brasileira na década de 1970 e teve várias consequências para como o ambiente circundante era organizado. Assim, houve um grande desmatamento, muitos grupos indígenas foram expulsos de suas terras e migrantes do sul se instalaram em projetos de colonização.
  • A contaminação por metais pesados em áreas próximas às minas de ouro em Paracatu–MG, prejudica a saúde dos residentes.

Como utilizar o CRIA na sua estratégia de estudos?

Agora que você já sabe um poucos mais sobre repertório sociocultural sobre racismo ambiental, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?

O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

O que o CRIA faz por você?

  • Análise instantânea da redação;
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  • Histórico de progresso;
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  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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