Repertório sociocultural sobre arquitetura hostil

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Conheça o repertório sociocultural sobre arquitetura hostil e sua influência sobre o espaço urbano e a vida social. Entenda como práticas de design podem excluir e marginalizar e descubra exemplos de soluções para promover um ambiente urbano mais inclusivo.

Segundo o estudioso Dias, a arquitetura representa a história da humanidade, remontando aos tempos em que era necessário lutar por um abrigo. Assim, a arquitetura abrange toda a trajetória da civilização.

Diante dessa importância, é crucial refletir sobre como a arquitetura molda os espaços ocupados pelas pessoas, especialmente os espaços públicos. Então, como os ambientes são projetados, pode tanto promover a inclusão e o convívio social quanto restringir o acesso e a interação.

É a partir disso, que podemos pensar a “arquitetura hostil”, termo que se refere a uma abordagem específica de design urbano que delimita e exclui pessoas, moldando e influenciando os comportamentos sociais em uma cidade.

Assim, se você quer entender melhor sobre repertório sociocultural sobre arquitetura hostil, continue com o CRIA. Boa leitura.

repertorio sociocultural sobre arquitetura hostil
A arquitetura hostil refere-se a uma estratégia de exclusão de pessoas, em vias de moldar os comportamentos sociais da localidade, restringir interações e segregar determinados grupos – Foto: Freepik.

O que é arquitetura hostil?

A “arquitetura hostil” refere-se a uma estratégia específica de design urbano que delimita e exclui pessoas, moldando os comportamentos sociais em uma cidade. Certos elementos físicos, instalados em espaços públicos, procuram segregar e restringir interações.

Exemplos desse tipo de arquitetura incluem o tamanho e formato dos bancos, pontas de ferro implantadas em parapeitos de edifícios públicos, pedras colocadas sob viadutos e cercas ao redor de fontes e chafarizes.

Embora esses espaços sejam delimitados, raramente se questiona a quem realmente pertencem. Em essência, o espaço público é um local comum a todos, acessível e sem restrições de reserva ou horário de funcionamento. Assim, ele desempenha um papel crucial na sociedade urbana, servindo como ponto de encontro para os diversos grupos que formam a comunidade.

Além disso, a arquitetura hostil se manifesta de outras formas e não afeta apenas moradores em situação de rua. Certos tipos de interfaces instaladas nas fronteiras entre o espaço público e o privado também contribuem para a sensação de hostilidade.

Muros altos, opacos e equipados com cercas elétricas, frequentemente encontrados em condomínios residenciais, transformam o ato de caminhar pelas calçadas em uma experiência tensa e desagradável.

Enquanto os moradores do condomínio se sentem seguros e protegidos, os pedestres, por outro lado, experimentam angústia e se sentem indesejados, como se caminhar no espaço público fosse algo proibido.

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Repertório sociocultural sobre arquitetura hostil

repertorio sociocultural sobre arquitetura hostil
O mobiliário urbano projetado para impedir que populações em situação de rua transitem livremente, resultando em uma arquitetura hostil que transforma a cidade em um espaço de exclusão. – Foto: Divulgação

A arquitetura hostil, também conhecida como arquitetura defensiva ou “arquitetura anti-sem-teto”, é um fenômeno crescente em cidades ao redor do mundo que usa elementos de design urbano para excluir ou desencorajar certas populações, especialmente as mais vulneráveis, de usar espaços públicos.

Assim, esse tipo de arquitetura leva a discussões importantes sobre os direitos humanos, a cidadania e a função do espaço público na vida urbana.

Veja a seguir um pouco mais sobre o repertório sociocultural sobre arquitetura hostil:

Filmes sobre arquitetura hostil

A arquitetura hostil, um tema que está sendo discutido cada vez mais nas comunidades de direitos humanos e urbanismo, é abordada em vários filmes que mostram as consequências sociais e morais dessa abordagem de design urbano.

Nesse sentido, esses filmes mostram como as estruturas dos espaços públicos podem influenciar comportamentos e excluir e marginalizar algumas pessoas. Confira.

Parasita (2019)

“Parasite” (2019) é um filme sul-coreano que fala sobre a família Kim que vive em Seul em condições ruins. Ao receber a chance de trabalhar como tutor para a rica família Park, o filho, Ki-woo, vê uma chance de melhorar a vida de sua família.

Assim, o filme traz uma crítica às divisões sociais, destacando as consequências da disparidade econômica e o impacto que ela tem sobre os indivíduos e a sociedade.

Onde assistir? Prime.

Cidade de Deus (2002)

“Cidade de Deus” é um filme brasileiro, lançado em 2002, baseado no livro de Paulo Lins. A história se passa na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e conta a história de dois jovens que seguem caminhos totalmente diferentes enquanto crescem em meio à violência e ao crime.

Neste clássico do cinema brasileiro, a arquitetura da favela assume um papel de protagonista. Assim, as construções improvisadas e caóticas da comunidade se destacam, refletindo a complexa teia social e a ausência de planejamento urbano que marcam muitas áreas marginalizadas.

Onde assistir? Netflix.

Arquitetura hostil: Como construções afastam pessoas de ambientes públicos?

No Brasil e ao redor do mundo, cresce a presença de uma prática arquitetônica que, à primeira vista, pode passar despercebida, mas cujas consequências são profundas e preocupantes. Trata-se da chamada “arquitetura hostil”, um conjunto de estratégias de design urbano que visam afastar pessoas indesejadas de ambientes públicos.

A reportagem do Fantástico explora como esses elementos de design, aparentemente inofensivos, contribuem para a segregação social. Arquitetos, urbanistas e sociólogos discutem o impacto dessa prática, que não apenas afasta as pessoas dos espaços públicos, mas também reforça a exclusão social.

Onde assistir? GloboPlay

Arquitetura hostil e cartografia afetiva

Arquitetura hostil e cartografia afetiva envolvem a mobilização de vivências, memórias e afetos das pessoas em relação a lugares e espaços, questionando como as cidades implementam mecanismos de segregação espacial.

Desse modo, um exemplo disso é o mobiliário urbano projetado para impedir que populações em situação de rua transitem livremente, resultando em uma arquitetura hostil que transforma a cidade em um espaço de exclusão, em vez de promover o acolhimento e a criação de territórios afetivos.

Lei Padre Júlio Lancellotti (Lei n.º 14.489/2022)

A Lei Padre Júlio Lancelotti (Lei 14.489/2022) representa um avanço significativo no Estatuto das Cidades. Desse modo, essa legislação adiciona a proibição de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis.

Conforme o Decreto 11.819/2023, que regulamenta a lei, isso abrange a restrição ao uso de espaços públicos, interferência no pleno exercício do direito à cidade e a segregação de indivíduos e grupos sociais.

Como resolver o problema da arquitetura hostil?

repertorio sociocultural sobre arquitetura hostil
A “arquitetura hostil” é uma estratégia de design urbano que visa delimitar e excluir pessoas, moldando os comportamentos sociais dentro da cidade. – Foto: Divulgação

Para resolver esse problema que não é nada recente, é preciso uma abordagem inclusiva. Assim, isso inclui principalmente dois pontos: conscientização e políticas públicas que promovam a inclusão e cessem a segregação.

É essencial que as políticas públicas priorizem o direito à cidade para todos os cidadãos. Isso inclui alterações nas normas de urbanismo visando eliminar a arquitetura desagradável e promover espaços públicos que são acolhedores e acessíveis.

Além disso, é fundamental estabelecer padrões que fomentem a construção inclusiva que tenha em conta as necessidades de todos os grupos sociais.

Conheça o corretor de redação por inteligência artificial CRIA

Agora que você já sabe repertório sociocultural sobre arquitetura hostil, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?

O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Mas o que o CRIA faz por você?

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Vamos começar? Então acesse aqui.

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