A discussão sobre a inclusão e a diversidade de gênero trouxe à tona o uso do pronome neutro (elu, delu, ile), uma neolinguagem defendida por grupos para fugir da binariedade de “ele/ela”.
Naturalmente, a dúvida surge para quem presta o Exame Nacional do Ensino Médio: “Posso utilizar pronome neutro na redação do ENEM?”
A resposta curta e decisiva, focada na sua aprovação, é Não. O ENEM exige rigorosamente a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Então, neste guia completo do CRIA, vamos explicar por que essa escolha linguística é um risco altíssimo, detalhar o impacto na Competência 1 e oferecer alternativas seguras para você manter a inclusão sem comprometer a sua nota.
O que é pronome?
Um pronome é uma categoria de palavras da língua que serve para substituir ou referir-se a um substantivo, evitando sua repetição excessiva.
A flexão de gênero nos pronomes é uma característica da língua que permite ajustar os pronomes conforme o gênero do substantivo referido. Em muitas línguas, incluindo o português, os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e outros podem variar em gênero, concordando com o do substantivo a que se referem.
De forma histórica, os termos “masculino” e “feminino” foram usados na língua, especificamente, para definir quem era “macho” e “fêmea”.
Vale destacar que identificar as palavras de uma língua como femininas ou masculinas não é universal, já que o Inglês, por exemplo, não possui essa diferenciação.
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O que é pronome neutro?
Trazer neutralidade para os pronomes no português brasileiro é uma discussão relativamente recente e ainda não há previsão de uma efetivação legal como nos países mencionados anteriormente.
No entanto, há práticas discursivas relacionadas ao assunto que podem oferecer alternativas para o uso de pronomes para indicar um gênero neutro. De modo, geral, elas estão relacionadas as mudanças sociais de desconstrução de gênero, já que a perspectiva de que se trata de algo inato já não mais o padrão.
Por sugestão, os artigos masculino e feminino, “o” e “a”, devem ser substituídos por “x”, “@” ou “e” na linguagem neutra. Assim, os pronomes “ele” e “ela” se transformam em “elu”, os termos “aluno” e “aluna” se transformam em “todes” e “alunx”.
Nessa proposta, a preocupação é sobre a problemática que surge quando os gêneros são usados na língua portuguesa. Isso ocorre quando se refere a sujeitos no discurso sem especificar apenas o gênero binário (feminino ou masculino), mas em um gênero que não é comumente usado, como apenas “Elo” ou “Elos”, por exemplo.
Existe uma proposta de linguagem neutra?
Em verdade, a linguagem neutra é amplamente utilizada pelo público, especialmente entre os alunos da Geração Z e da Geração Alpha. Em 2023, várias autoridades públicas começaram a usá-lo, como dizendo “boa noite a todos, todas e todes” no início de seus discursos.
Mas existe uma proposta oficial?
Embora haja esse levante social e muitos grupos sociais já utilizem formas de linguagem neutra, ainda não há uma proposta oficial. Apesar da defesa de muitos especialistas da área, de forma legal, existem projetos de lei que circulam para vetar a utilização nas escolas e concursos públicos.
Segundo a professora, Fátima pessoa, esse movimento é expressão da relação inequívoca entre linguagem e sociedade.
“O que testemunhamos, na atualidade, como defesa de formas linguísticas neutras ou não binárias em relação à referenciação de gênero social é um movimento legítimo pelo reconhecimento e pela expressão da pluralidade das experiências humanas”.
Posso usar o pronome neutro na redação do ENEM?
Diante dessa falta de unanimidade no assunto, a utilização de pronome neutro na redação do ENEM não é uma realidade.
Assim, conforme as 5 competências do ENEM que regem a organização da prova, a primeira prevê:
“Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.”

Assim, a modalidade padrão da língua é aquela utilizada nas gramáticas normativas ou escolares, sendo o foco do ensino de língua portuguesa.
Então, recomenda-se, assim, que os candidatos sigam as orientações oficiais, mesmo que utilize pronome neutro no cotidiano.
Estratégias inclusivas seguras:
Apesar de não ser permitido usar o pronome neutro em si, é possível e encorajado o uso de uma linguagem inclusiva que respeite a norma-padrão e os princípios de diversidade.
Alternativas para a Linguagem Neutra sem penalização:
Se o seu objetivo é incluir todos os gêneros, adote as seguintes estratégias seguras:
- Substituir pelo Plural Genérico: Em vez de tentar “todes”, use o plural no masculino (que é o plural neutro gramaticalmente aceito): os candidatos, os estudantes, os brasileiros.
- Usar Substantivos Neutros (Inclusivos): Recorra a termos que já são neutros ou coletivos:
- Em vez de os alunos, use a comunidade estudantil.
- Em vez de os professores, use o corpo docente.
- Em vez de os cidadãos, use a população, a sociedade.
- Redação Sem Gênero Explícito: Estruture frases que evitem pronomes:
- Em vez de: Cada alun o deve trazer se u material…
- Use: Quem estuda deve trazer o material necessário…
Qual a melhor alternativa para corrigir sua redação?
A pergunta “Posso utilizar pronome neutro na redação do ENEM?” é vital para quem busca a nota 1000. O consenso das autoridades linguísticas e o rigor da banca corretora apontam para uma única direção: evite o uso.
Para garantir o sucesso na Competência 1, fundamental para o seu resultado final, priorize a modalidade escrita formal. Seja inclusivo nas suas ideias e argumentos, mas seguro na sua linguagem.
Adote as estratégias de neutralização de gênero aceitas pela norma-padrão. Seu objetivo é a aprovação, e o caminho mais confiável é o respeito às regras gramaticais vigentes.
O CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
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- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
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- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
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Perguntas frequentes sobre o uso do pronome neutro:
Pronome neutro, ou linguagem neutra, refere-se a neologismos como elu (em vez de ele/ela) ou a terminações como -e (em vez de -o/-a, como todes), que buscam incluir identidades de gênero não-binárias. Esses termos não estão na gramática normativa e não devem ser usados na redação do ENEM.
O uso isolado do pronome neutro geralmente não zera a redação (o zero ocorre por fuga ao tema, anulação de parte, ou desrespeito grave aos Direitos Humanos). No entanto, ele é um desvio grave da norma-padrão e penaliza drasticamente a nota da Competência 1, podendo derrubar a pontuação para níveis críticos.
Não. A Academia Brasileira de Letras (ABL) já se manifestou informando que os pronomes neutros e a neolinguagem não binária não possuem amparo nem reconhecimento na gramática normativa oficial da Língua Portuguesa.
Utilize alternativas da própria norma-padrão, como o uso de substantivos coletivos (a população estudantil, a comunidade) ou o plural masculino genérico (os brasileiros, os candidatos), que são gramaticalmente corretos e abrangentes.
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