A impessoalidade na redação é a chave para a nota máxima em gêneros textuais como a dissertação-argumentativa (ENEM e vestibulares). Ela é a exigência de que o autor do texto se mantenha neutro e objetivo, evitando marcas de subjetividade ou opiniões pessoais.
Em outras palavras: para o gênero dissertativo-argumentativo, você é um analista que apresenta fatos e argumentos da sociedade, não um indivíduo expressando sentimentos.
Então, este guia definitivo do CRIA, mostrará como dominar as técnicas gramaticais de impessoalização. A seguir, você entenderá como escrever com autoridade, distanciamento e objetividade, garantindo que seu texto seja reconhecido pelo corretor como uma análise madura e consistente.
O que é impessoalidade na redação?
Um princípio fundamental da comunicação escrita é a impessoalidade, especialmente em textos acadêmicos e formais. Assim, utilizar uma linguagem neutra e imparcial evita expressar opiniões e se concentra na objetividade da produção Desse modo, o autor afasta suas emoções e pontos de vista pessoais, de modo que o texto fica mais claro, profissional e confiável.
Nas redações do ENEM e de vestibulares, opinar é preciso, porém com muito cuidado. A opinião deve ser transmitida por meio de embasamento científico ou argumentos de autoridade. Assim, escrever “eu acredito”, “minha opinião” não é uma argumentação válida quando tratamos dos gêneros textuais cobrados por essas provas.
Então, é compreensível dizer que as redações do ENEM e de outros vestibulares possuem um viés opinativo. No entanto, não podemos cair no clichê de pensar que argumento e opinião são equivalentes. Neste caso, há o risco de exceder a impessoalidade na escrita.

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1. O conceito central: por que ser impessoal é obrigatório?
A necessidade de impessoalidade na redação deriva da própria natureza do gênero dissertativo-argumentativo. Este texto busca persuadir o leitor (ou a banca) sobre uma tese que trata de um problema de interesse público e social.
Então, quando você usa expressões como “Eu acho”, “Na minha opinião” ou “Nós acreditamos”, você reduz a força do seu argumento, transformando-o em uma mera crença individual.
O risco da subjetividade (O que evitar)
A subjetividade é marcada pelo uso da primeira pessoa, seja do singular (Eu) ou do plural (Nós).
- 1ª Pessoa do Singular (Eu): Eu penso, minha visão, escrevo que.
- 1ª Pessoa do Plural (Nós): Nós precisamos, nossa sociedade, acreditamos que.
Exemplo Pessoal: Eu vejo que o Brasil precisa de mais investimentos em educação. (Fraco, subjetivo). Exemplo Impessoal: Constata-se a necessidade de maiores investimentos em educação no Brasil. (Forte, objetivo).
Atenção: Mesmo no plural (nós), o texto perde a objetividade. A banca do ENEM avalia sua capacidade de representar uma voz coletiva e analítica, e não a de um grupo específico de leitores.
As 2 estratégias gramaticais para a impessoalidade na redação
Existem três técnicas principais, consagradas na gramática da norma culta, que garantem a impessoalidade na redação e conferem maior credibilidade ao texto.
O Uso Estratégico do Pronome “Se” (IIS e Partícula Apassivadora)
O pronome “se” é a ferramenta mais eficaz para ocultar o agente da ação (o sujeito), criando o efeito de neutralidade.
A. Índice de Indeterminação do Sujeito (IIS)
Usado com verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação na 3ª pessoa do singular. O sujeito é indeterminado, e o foco recai sobre a ideia.
| Categoria | Estrutura | Exemplo Impessoal |
| Verbo Transitivo Indireto | VTI + SE | Precisa-se de políticas públicas eficazes. |
| Verbo Intransitivo | VI + SE | Vive-se um dilema social complexo no país. |
| Verbo de Ligação | VL + SE | É-se negligente com a questão ambiental. |
B. Partícula Apassivadora (PA)
Usado com verbos transitivos diretos (VTD), transformando o Objeto Direto (OD) em sujeito paciente. O texto fica na voz passiva sintética.
| Estrutura | Exemplo Pessoal (Voz Ativa) | Exemplo Impessoal (Voz Passiva Sintética) |
| VTD + SE | O governo elabora soluções. | Elaboram-se soluções para o problema. (Soluções é o sujeito no plural) |
| VTD + SE | A mídia debate o tema. | Debate-se a importância da equidade social. |
A voz passiva analítica (O foco no fato, não no agente)
A voz passiva analítica (verbo ser/estar + particípio) é outra forma poderosa de manter o distanciamento, colocando a ação no centro do debate.
- Estrutura: Sujeito Paciente + Verbo Ser/Estar + Particípio
- Exemplo:O problema da evasão escolardeve ser combatido por meio de programas sociais.
- (O agente (“quem combate”) é omitido ou deixado em segundo plano, enfatizando que a ação é uma obrigação universal).
O uso de termos impessoais (Expressões Fixas)
Em vez de usar marcas de opinião, isto é, utilize expressões fixas na 3ª pessoa que reforçam a universalidade e a objetividade da afirmação.
- É imperativo que…
- É fundamental considerar que…
- Convém ressaltar que…
- Torna-se evidente que…
- Faz-se necessário abordar…
- O debate exige…
Como se preparar para qualquer redação com o CRIA?
Agora que você já sabe mais sobre a impessoalidade na redação, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
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Perguntas frequentes sobre a impessoalidade na redação:
Sim, o verbo haver no sentido de existir é naturalmente impessoal e deve ser usado sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Há desafios a serem superados (e não Existem desafios).
O uso da primeira pessoa do singular (“eu”) ou do plural (“nós”) é penalizado, pois fere a característica da impessoalidade exigida na dissertação-argumentativa. O texto será avaliado como inadequado ao gênero textual, resultando em perda de pontos (especialmente na Competência 2 e 1).
Sim, essas expressões são impessoais e ótimas para introduzir argumentos com objetividade, pois não atribuem a constatação a uma pessoa específica. Então, elas sugerem que o fato é de conhecimento público ou acadêmico.
Em alguns vestibulares ou concursos, gêneros como Artigo de Opinião ou Carta Aberta podem permitir ou até exigir a primeira pessoa (pessoalidade), pois o objetivo é expressar o ponto de vista explícito do autor. Contudo, na redação do ENEM, a impessoalidade é a regra.
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