O tema da violência urbana é recorrente em grandes exames e vestibulares, como o ENEM, e exige um repertório sociocultural sobre violência urbana robusto, diversificado e, acima de tudo, legitimado pelas áreas do conhecimento. Dominar esse tema é a chave para alcançar a nota máxima na competência II da redação.
O Brasil, marcado por profundas desigualdades socioeconômicas, convive com a violência como um fenômeno multifacetado, enraizado na história, na política e na estrutura social.
Portanto, utilizar apenas dados superficiais ou citações genéricas não é suficiente. É preciso ir além, conectando fatos, filmes e teorias complexas para construir uma argumentação sólida e demonstrar autoridade sobre o assunto.
Neste guia, você encontrará o arsenal completo de repertório sociocultural sobre violência urbana organizado por eixos temáticos, pronto para ser aplicado com precisão e clareza, otimizando sua redação.
O que é violência urbana?
A violência urbana é um fenômeno social complexo que se manifesta nas cidades e metrópoles, envolvendo diversos tipos de crimes, conflitos e situações de risco que afetam diretamente a segurança e o bem-estar da população.
Assim, esse tipo de violência pode incluir desde assaltos e homicídios até conflitos entre grupos sociais, agressões e a presença do medo como elemento constante na vida cotidiana.
Nos últimos anos, a rápida urbanização e o crescimento populacional contribuíram para a intensificação desse problema. Então, tornando as grandes cidades epicentros de atividades econômicas e sociais, mas também de desafios estruturais, como desigualdade, marginalização e criminalidade.
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O papel das mídias na violência urbana:
A mídia desempenha um papel crucial na forma como essa violência é percebida. Nesse sentido, por meio de narrativas sensacionalistas e da exposição constante a crimes e conflitos, os meios de comunicação reforçam o medo e a aceitação da violência como algo inevitável.
Dessa forma, a Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici, permite analisar esse processo, explicando como a sociedade constrói e compartilha significados sobre temas complexos, o que influencia a maneira como os indivíduos interpretam a realidade.
Além da mídia, outros fatores moldam a percepção da violência urbana, como experiências pessoais, normas culturais e interações sociais nas comunidades.
Assim, o conceito de violência urbana vai além dos crimes registrados, abrangendo também a maneira como a sociedade enxerga e reage a esses episódios, o que pode levar a um processo de dessensibilização e normalização desse fenômeno.
Conexões Filosóficas e Sociológicas (Autoridade)
Para estruturar um argumento sólido, é fundamental recorrer a pensadores clássicos. Eles fornecem as lentes necessárias para analisar as causas e as consequências estruturais da violência.
1. Émile Durkheim: A Violência como Anomia Social
O sociólogo francês Émile Durkheim, embora não tenha focado diretamente na violência urbana, desenvolveu o conceito de Anomia Social.
Conceito Chave: Anomia social é o estado de desintegração ou desregramento das normas sociais, onde os laços que unem o indivíduo à sociedade enfraquecem, gerando um sentimento de falta de propósito e desordem.
Como usar no tema: A violência urbana no Brasil pode ser analisada como um sintoma da anomia social, onde a desigualdade extrema e a falta de oportunidades para grandes parcelas da população levam à desobediência generalizada e ao colapso das normas morais e legais, especialmente nas periferias.
2. Hannah Arendt: Poder vs. Violência
A filósofa política Hannah Arendt traça uma distinção crucial entre Poder e Violência.
Citação Essencial: “Poder e violência são opostos; onde um domina absolutamente, o outro está ausente.”
Como usar no tema: O Poder, para Arendt, emana do consenso e da ação coordenada do grupo. A Violência, por outro lado, é um instrumento que pode ser usado para destruir o Poder. Em uma redação, você pode argumentar que a falha do Estado em construir o Poder legítimo (por meio da educação, saúde e segurança) o leva a recorrer à Violência (repressão policial ineficaz e excessiva), o que, paradoxalmente, destrói a própria base do seu Poder.
3. Karl Marx: A Violência como “Parteira da História”
Embora seja uma citação forte, a visão de Marx de que a violência é a “parteira da história” pode ser usada para contextualizar a origem da violência urbana no Brasil.
Como usar no tema: A violência no país tem raízes históricas profundas, desde a colonização escravocrata até o êxodo rural desordenado do século XX. O conflito social e a luta de classes (a violência estrutural) são, portanto, os motores que geraram a atual configuração da violência urbana, sobretudo nas grandes metrópoles.
Dados e fatos sobre a violência urbana no Brasil:
O pilar da confiabilidade é estabelecido por dados estatísticos de fontes reconhecidas. O Atlas da Violência é a fonte de alta autoridade que você deve citar.
Estatísticas Chave do Atlas da Violência (Exemplo de Citação)
- A Insegurança Crescente: Cite a fonte (IPEA e Fórum Brasileiro de Segurança Pública) para falar sobre a taxa de homicídios no Brasil e a queda ou aumento em estados específicos.
- Seletividade Racial: A violência urbana é seletiva. Os dados demonstram que a maioria das vítimas de homicídio no Brasil são jovens negros, o que evidencia uma violência estrutural e um problema de segurança pública com recorte racial.
- Gênero e Violência: Mencione o crescimento de feminicídios, contextualizando que a violência urbana abrange também a violência de gênero, que se manifesta, por exemplo, no espaço público.
Êxodo Rural e Inchaço Urbano:
Ponto de Análise: O fenômeno do Êxodo Rural, intensificado na segunda metade do século XX, concentrou a população nas grandes cidades. Contudo, a infraestrutura urbana (emprego, moradia, saneamento) não acompanhou esse crescimento.
Como usar no tema: A formação de comunidades carentes nas periferias, sem o devido amparo estatal, é a consequência direta desse inchaço. Em síntese, a falta de políticas públicas de inclusão social nessas áreas é um catalisador da violência urbana.
Repertório sociocultural sobre violência urbana: cultura e mídia
É possível complementar o repertório sociocultural sobre violência urbana com obras artísticas que ilustram o problema e demonstram sua experiência com o tema.
| Título da Obra | Área do Conhecimento | Tese Central |
| Cidade de Deus (Filme, 2002) | Cinema/Sociologia | Expõe a falência do Estado nas favelas e a trajetória cíclica da violência, onde crianças são recrutadas pelo crime desde cedo (Zé Pequeno e Buscapé). |
| Negro Drama (Música, Racionais MC’s) | Música/Literatura | Retrata a vida nas periferias sob a ótica do racismo estrutural e da marginalização. A frase “Me ver pobre, preso ou morto já é cultural” é um potente repertório para a tese de violência sistêmica. |
| Tropa de Elite (Filme, 2007) | Cinema/Sociologia | Ilustra a corrupção policial e a ineficácia dos métodos de repressão, levantando o debate sobre a ética da segurança pública e a violência estatal. |
Ao citar, não se limite ao nome. Explique brevemente como a obra se conecta à sua tese. Ex: “Conforme ilustrado no filme ‘Cidade de Deus’, a ausência do Estado nas periferias…”.
Citações Coringa (Diversidade de Vozes)
- João Paulo II: “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.” (Ótimo para temas sobre segurança pública vs. direitos humanos).
- Albert Einstein: “Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.” (Perfeito para defender soluções baseadas em educação e diálogo, e não apenas em repressão).
- Mahatma Gandhi: “A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem.” (Repertório para propostas de intervenção pacifistas e sociais).
Filmes e séries sobre violência urbana no Brasil:
A arte e a mídia audiovisual são canais poderosos que não apenas refletem, mas também ajudam a compreender a complexidade da violência urbana.
Portanto, para além dos dados estatísticos, é essencial recorrer a obras como o aclamado filme “Cidade de Deus” e a série investigativa “O Mecanismo”, que ilustram o contraste entre a esperança individual (Buscapé) e a tragédia sistêmica (Zé Pequeno), ao passo que outras obras, como “Diário de um Detento” dos Racionais MC’s e “Notícias do Submundo” de Sabotage, oferecem o olhar cru da periferia.
Dessa forma, a seguir, exploraremos como essas representações e dados oficiais, como os do Atlas da Violência, enriquecem o repertório sociocultural para a análise do tema.
1. Filme: “Cidade de Deus” (2002)
A história é narrada por Buscapé, um jovem pobre e tímido que sonha em se tornar fotógrafo para escapar da violência ao seu redor. Paralelamente, acompanhamos a trajetória de Dadinho, que se transforma no impiedoso traficante Zé Pequeno.
Enquanto Buscapé luta para não ser engolido pela criminalidade, Zé Pequeno expande seu poder por meio da violência e do tráfico de drogas, desencadeando uma guerra brutal contra seu rival Mané Galinha.
Onde assistir? Netflix.
2. Resumo dos dados do Atlas da Violência 2024:
Panorama Nacional (2012–2022)
- A taxa de homicídios no Brasil caiu 24,9% na última década, passando de 28,9 para 21,7 mortes por 100 mil habitantes.
- A redução de 2021 para 2022 foi de 3,6%.
Estados mais violentos em 2022 (homicídios por 100 mil habitantes)
- Bahia — 45,1
- Amazonas — 42,5
- Amapá — 40,5
- Roraima — 38,6
- Pernambuco — 35,2
➡ Bahia foi o estado mais violento do Brasil em 2022, com taxa superior ao dobro da média nacional. Apesar disso, apresentou redução de 6,4% em relação a 2021.
Causas da violência no Norte e Nordeste
- Disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas, especialmente em áreas de fronteira.
- Expansão do narcotráfico na década de 2010, aumentando a guerra territorial em estados como Acre, Amazonas e capitais do Nordeste.
Reduções significativas em alguns estados
- Acre, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe e Goiás registram queda nos homicídios desde 2016/2017.
- O Acre se destacou pela integração dos órgãos de segurança, como Ministério Público, Secretaria de Segurança e polícias.
Respostas das Secretarias de Segurança
- Bahia: Destaca ações policiais que reduziram mortes violentas em 6% em 2023 e 13% no 1º semestre de 2024.
- Amazonas: Afirma que, em 2024, a taxa de homicídios caiu 15,5%, graças a investimentos em segurança.
- Roraima: Aponta redução nas Mortes Violentas Intencionais, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Fatores que influenciaram a redução dos homicídios no Brasil
- Políticas de segurança pública e inteligência policial.
- Envelhecimento da população, reduzindo o número de jovens em idade de maior envolvimento com crimes.
- Estatuto do Desarmamento (2003).
- Programas multissetoriais de prevenção à violência.
➡ Conclusão: Embora a violência tenha diminuído no Brasil na última década, algumas regiões ainda enfrentam desafios significativos, especialmente no Norte e Nordeste, onde o narcotráfico e as disputas territoriais continuam impulsionando os homicídios.
2. Música: “Diário de um Detento” — Racionais MC’s
A música “Diário de um Detento”, lançada no álbum Sobrevivendo no Inferno (1997) dos Racionais MC’s, retrata de forma crua e impactante a realidade da violência no sistema carcerário brasileiro.
Assim, composta por Mano Brown e Jocenir, um ex-detento do Carandiru, a letra narra a rotina no presídio e os acontecimentos do Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo.
3. Filme: “Tropa de Elite” (2007)
Filme brasileiro que retrata a brutal realidade do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, sob a ótica do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
Então, a trama acompanha o Capitão Nascimento, um policial experiente que enfrenta o dilema entre cumprir sua missão e lidar com a crescente pressão psicológica do trabalho.
Onde assistir? Netflix.
4. Música: “Notícias do Submundo” — Sabotage
A música Notícias do Submundo, do rapper Sabotage, retrata a realidade das periferias brasileiras, denunciando a violência, o tráfico de drogas e a desigualdade social. Assim, com um tom narrativo forte, a letra descreve o cotidiano difícil dos moradores das favelas, abordando temas como opressão policial, criminalidade e sobrevivência nas ruas.
5. Série: “O Mecanismo” (2018)
Lançada em 2018, é inspirada na operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil. Desse modo, a trama acompanha as investigações de um grupo de policiais federais que descobrem um esquema bilionário de corrupção envolvendo políticos, empresários e grandes estatais.
Onde assistir? Netflix.
6. Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici
A Teoria das Representações Sociais, proposta por Serge Moscovici, busca entender como os indivíduos e grupos sociais constroem, compartilham e disseminam significados sobre o mundo ao seu redor, especialmente em relação a fenômenos complexos como a violência urbana.
Para Moscovici, as representações sociais são sistemas de pensamento e comunicação que funcionam como uma forma de compreender e organizar a realidade, facilitando a interação social e a adaptação ao meio.
7. Série: “Vale o escrito — A guerra do jogo do bicho”
Baseada no livro de Carlos Amorim, a série A Guerra do Jogo do Bicho mergulha no submundo do crime organizado no Brasil, explorando as disputas violentas pelo controle do jogo do bicho e suas conexões com o narcotráfico, a corrupção policial e o poder político.
Assim, a trama acompanha a ascensão e a queda de bicheiros influentes, revelando alianças, traições e conflitos sangrentos que marcaram a história recente do país. Então, com um olhar investigativo e realista, a série expõe como essa rede criminosa moldou a violência urbana e influenciou as estruturas de poder nas grandes cidades brasileiras.
Onde assistir? Globoplay.
Modelo de Redação ENEM sobre os desafios do combate da violência urbana no Brasil
Tema: Desafios do Combate da Violência Urbana no Brasil
Introdução (Tese e Contexto):
O panorama da violência urbana no Brasil é, hodiernamente, um reflexo direto das históricas desigualdades socioeconômicas e da ineficácia estatal. Sob essa perspectiva, o sociólogo Émile Durkheim desenvolveu o conceito de anomia social, caracterizado pela ausência de normas e de coesão, que pode ser legitimamente aplicado ao contexto brasileiro. Portanto, o desafio de combater o problema reside na superação da marginalização social e na transformação dos métodos ineficazes de segurança pública, os quais, se não revistos, perpetuam um ciclo de insegurança nas metrópoles.
Desenvolvimento 1 (Causa 1: Violência Estrutural e Social)
Em primeiro lugar, a violência urbana é potencializada pela falha do Estado em garantir o bem-estar social nas periferias, promovendo a exclusão. Afinal, o Atlas da Violência, produzido pelo IPEA e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, evidencia o alarmante recorte racial da letalidade, demonstrando que a maioria das vítimas de homicídio no país é composta por jovens negros. Esse dado factual comprova que o problema transcende o crime comum, sendo um sintoma de uma violência estrutural que priva minorias do acesso a direitos básicos e à plena cidadania. Com efeito, a ausência de oportunidades, somada ao inchaço urbano desordenado, conforme observado pelo fenômeno do êxodo rural, cria nichos de vulnerabilidade que se tornam focos de criminalidade, reforçando a tese da anomia durkheimiana.
Desenvolvimento 2 (Causa 2: Ineficácia da Segurança Pública)
Além disso, os modelos de segurança pública, majoritariamente pautados na repressão, constituem um grande desafio para o combate efetivo da violência. A filósofa política Hannah Arendt argumenta que “Poder e violência são opostos”, sugerindo que o uso excessivo da violência destrói o poder legítimo e o consenso. Nesse sentido, é notório que intervenções meramente militares ou repressivas, ilustradas cinematograficamente no filme “Tropa de Elite”, demonstram-se ineficazes a longo prazo. Consequentemente, a falta de investimento em inteligência, investigação e, sobretudo, em programas de prevenção comunitária, faz com que o Estado recorra à força bruta, o que não resolve as raízes do problema e, ainda, intensifica a desconfiança da população nas forças policiais, minando qualquer chance de pacificação.
Conclusão (Proposta de Intervenção Completa – 5 Elementos)
Dessa forma, para mitigar os desafios da violência urbana, torna-se imprescindível a intervenção multisetorial do Estado. Portanto, o Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Agente), deve implementar um Programa Nacional de Prevenção Comunitária Estrutural (Ação). Essa ação deve ser realizada por meio da ampliação e do custeio de polos de educação e cultura em áreas periféricas de alta vulnerabilidade, vinculados a programas de qualificação profissional (Meio). O detalhamento se dará com a inclusão de oficinas artísticas, como música (citando “Negro Drama” do Racionais MC’s como inspiração cultural de resistência) e cinema, e a formação de fóruns de mediação de conflitos. Tal medida visa reduzir a atratividade do crime para os jovens e reinseri-los no tecido social produtivo (Efeito), construindo o poder legítimo do Estado baseado na concórdia, e não na violência.
Como o CRIA pode ajudar você a aprofundar seu repertório?
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Agora que você já sabe mais sobre repertório sociocultural sobre violência urbana, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
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- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
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Vamos começar? Então acesse aqui.
Perguntas frequentes:
Repertório sociocultural legitimado é qualquer informação externa (citação, dado, livro, filme, lei) que seja pertinente ao tema e reconhecida nas áreas do conhecimento (sociologia, filosofia, história, direito, ciência). É obrigatório para alcançar a nota máxima na Competência II da redação.
A pobreza é um fator de risco e um dos principais impulsionadores da violência urbana, entretanto, não é a única causa. A violência é um fenômeno complexo que envolve falhas no sistema judiciário, desigualdade racial, ineficácia das políticas de segurança e ausência de investimento em educação e infraestrutura social.
Sim, desde que o artista e a obra sejam reconhecidos e o trecho tenha relação direta e profunda com a tese que você está defendendo. A música “Negro Drama” do Racionais MC’s, por exemplo, é um excelente repertório para discutir a marginalização e a violência estrutural.
Você pode usar o conceito de Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman. As instituições e laços sociais são frágeis e transitórios. Dessa forma, a violência urbana pode ser vista como um reflexo dessa liquidez, onde a sensação de insegurança e a quebra de confiança nas instituições públicas (polícia, justiça) são constantes.
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