A redação é uma das partes mais importantes do vestibular. Ela não apenas avalia sua capacidade de escrita, mas também seu poder de argumentação e sua visão de mundo.
Mas, afinal, como funciona a redação do vestibular? O que os corretores realmente esperam de você?
Neste guia completo, vamos desmistificar o processo de avaliação e te mostrar, passo a passo, como se preparar para alcançar a nota máxima.
Então, continue lendo para entender os critérios, a estrutura e as estratégias que farão a diferença na sua prova.
Estrutura da redação: a base para um texto nota 10
A maioria dos vestibulares, incluindo o ENEM, exige um texto dissertativo-argumentativo. Esse modelo é dividido em três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Dominar essa estrutura é o primeiro passo para o sucesso.
1. Introdução: apresente o tema e a sua tese
A introdução é o cartão de visitas da sua redação. Nela, você deve apresentar o tema de forma clara e, o mais importante, expor sua tese. A tese é a sua opinião sobre o assunto, o ponto de vista que você irá defender ao longo do texto.
DICA: Comece com uma contextualização, que pode ser uma citação, uma alusão histórica ou um dado estatístico, e em seguida, apresente a sua tese.
2. Desenvolvimento: construa sua argumentação
O desenvolvimento é onde você defende a sua tese. Cada parágrafo deve conter um argumento diferente, acompanhado de um repertório que o sustente. Pense em cada parágrafo como uma mini-tese que contribui para o seu argumento principal. Use exemplos, dados, citações e referências culturais para dar peso ao seu ponto de vista.
3. Conclusão: retome e proponha soluções
A conclusão tem duas funções: retomar sua tese e, no caso do ENEM, propor uma solução para o problema abordado. Lembre-se de não adicionar novas informações. Além disso, o ideal é reafirmar sua tese, resumir os argumentos e, se aplicável, apresentar uma proposta de intervenção detalhada, que seja viável e relevante.
Os critérios de avaliação que você precisa dominar:
Entender como funciona a redação do vestibular passa diretamente por conhecer os critérios de correção. As bancas avaliam o texto em diferentes competências. No caso do ENEM, são cinco competências, cada uma valendo 200 pontos, totalizando 1.000. [1]
Competência I: Domínio da norma-padrão:
Você deve escrever de acordo com as regras da gramática formal. Fique atento à concordância, pontuação, acentuação e ortografia. Uma redação impecável mostra que você tem um bom domínio da língua.
Competência II: Compreensão do tema e uso de repertório:
Aqui, o corretor avalia se você entendeu o tema e se usou um bom repertório sociocultural. Usar informações de outras áreas (História, Filosofia, Sociologia, etc.) demonstra que você tem conhecimento de mundo.
Competência III: Seleção e organização de argumentos:
Esta competência mede a sua capacidade de argumentar de forma lógica e coerente. Seus argumentos devem ter relação com a tese e ser organizados de maneira clara para convencer o leitor.
Competência IV: Coesão e coerência:
Avalia a fluidez do seu texto. Use conectivos e expressões para ligar as frases e os parágrafos, garantindo que as ideias se complementem e não fiquem soltas.
Competência V: Proposta de intervenção:
No ENEM, essa competência é exclusiva para a proposta de solução. A sua intervenção deve ser completa, detalhando quem fará, o que fará, como e qual o objetivo.
A importância do repertório sociocultural
Um erro comum é achar que basta escrever sobre o tema. Para uma nota alta, o corretor precisa ver que você tem um bom repertório sociocultural.
Assim, isso significa usar referências que enriqueçam a sua argumentação. Então, pense em filmes, livros, séries, fatos históricos, leis e estudos de caso que se relacionem com o tema. Esse é um dos principais diferenciais para quem busca a nota máxima.
As principais redações de vestibulares do Brasil
O Brasil tem uma variedade de vestibulares, cada um com suas particularidades. Embora o modelo dissertativo-argumentativo seja o mais comum, o peso e os critérios de avaliação podem mudar bastante.
Assim, conhecer as características da redação de cada prova é crucial para direcionar seus estudos e aumentar suas chances de sucesso.
ENEM: o modelo mais popular
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é o vestibular mais concorrido do país, e a redação tem um peso enorme na nota final. O tema da redação do ENEM sempre aborda um problema social, cultural ou científico relevante para o Brasil.
A sua redação precisa ser um texto dissertativo-argumentativo, com um grande diferencial: a proposta de intervenção, na qual você deve propor uma solução detalhada para o problema.
Desse modo, a correção é feita por dois corretores e segue cinco competências específicas, que vão desde a norma-padrão da língua portuguesa até o uso de um bom repertório sociocultural.
Fuvest: a tradição da universidade de São Paulo
A Fuvest, que seleciona candidatos para a Universidade de São Paulo (USP), tem uma abordagem um pouco diferente. A redação, apesar de ser também dissertativo-argumentativa, pode exigir uma análise de textos de apoio com maior profundidade, e muitas vezes pede a defesa de um ponto de vista mais crítico e menos voltado para a solução.
O tema pode ser mais abstrato e filosófico do que o do ENEM. O critério de avaliação da Fuvest considera a estrutura, a clareza e o desenvolvimento de ideias, além da gramática e da coesão do texto. [3]
Unicamp: redação com gêneros textuais variados
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) se destaca por sua originalidade. Além da redação dissertativo-argumentativa, o vestibular da Unicamp pode pedir a escrita de outros gêneros textuais, como carta aberta, artigo de opinião, crônica, manifesto ou até mesmo um resumo. [2]
Essa diversidade exige que o candidato domine diferentes tipos de escrita e saiba se adaptar ao formato solicitado. Além disso, a Unicamp valoriza a criatividade, a adequação ao gênero textual pedido e a capacidade de argumentação, por isso é importante praticar diferentes tipos de escrita.
Como se preparar para qualquer redação com o CRIA?
Agora que você já sabe mais sobre o como funciona a redação do vestibular, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
A quem o CRIA se destina?
- Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
- Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.
Vamos começar? Então acesse aqui.
Perguntas Frequentes (FAQ):
Se você fugir do tema, sua redação será zerada, pois isso indica que você não compreendeu o que foi pedido na prova.
A estrutura mais recomendada é de 4 a 5 parágrafos: uma introdução, dois ou três parágrafos de desenvolvimento e uma conclusão. Isso garante que o texto tenha espaço suficiente para aprofundar os argumentos.
Não. A redação do vestibular exige o uso da norma-padrão da língua portuguesa. Gírias e linguagem informal podem comprometer a sua nota.
Não é obrigatório, mas citar autores, filósofos ou fatos históricos com precisão pode enriquecer o seu texto e demonstrar um bom repertório. Assim, o importante é que a referência seja relevante e usada corretamente.
Referências:
[1] Cartilha do participante ENEM 2024
[2] Critérios de avaliação Unicamp
[3] Critério de avaliação da Fuvest
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