O repertório sociocultural sobre obesidade infantil explora os fatores sociais, culturais e ambientais que influenciam o aumento da obesidade entre crianças, destacando a importância de intervenções educativas, hábitos alimentares saudáveis e a conscientização sobre a saúde física e mental.
A obesidade infantil é um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI, impactando milhões de crianças globalmente.
Assim, essa condição complexa, marcada pelo excesso de gordura corporal, está ligada a diversos problemas de saúde tanto no curto quanto no longo prazo, como doenças metabólicas, cardiovasculares e questões psicossociais.
O rápido crescimento das taxas de obesidade infantil nas últimas décadas demanda uma resposta abrangente e eficaz, com foco em intervenções preventivas e estratégias de manejo para reduzir os impactos negativos na saúde das crianças.
Então, se você quer ficar por dentro do repertório sociocultural sobre obesidade infantil, continue com o CRIA. Boa leitura.
Filmes sobre repertório sociocultural sobre obesidade infantil
Os filmes desempenham um papel crucial na formação do nosso repertório sociocultural, refletindo e, simultaneamente, moldando nossa percepção de vários temas sociais.
No cenário da obesidade infantil, diversos filmes discutem temas ligados à autoimagem, à nutrição e às pressões sociais que as crianças sofrem ao lidar com seu próprio corpo.
Então, confira a seguir filmes sobre repertório sociocultural sobre obesidade infantil:
1. This is Us (2016–2022)
A série discute a obesidade em crianças pela personagem Kate Pearson, que enfrenta problemas de peso desde nova. A série ressalta o impacto da obesidade na saúde mental e emocional de uma criança, evidenciando as pressões sociais e familiares relacionadas à imagem corporal.
Kate, desde a juventude, lida com problemas de autoestima, relacionamentos e uma busca incessante por aceitação, espelhando a vivência de muitas crianças e jovens que sofrem de sobrepeso.
Onde assistir? Disney+.
2. Muito além do peso
Muito Além do Peso é um documentário brasileiro lançado em 2012, dirigido por Estela Renner, que aborda a epidemia de obesidade infantil no Brasil e no mundo.
Assim, o filme apresenta uma análise profunda das causas e consequências do sobrepeso nas crianças, investigando os hábitos alimentares, a influência da publicidade de alimentos ultraprocessados e a falta de atividade física.
3. Pequena Miss Sunshine
O filme, embora não trate diretamente da obesidade, aborda questões relacionadas às expectativas irreais impostas às crianças sobre aparência e sucesso. A personagem Olive participa de concursos de beleza infantil, confrontada com padrões de beleza que são, muitas vezes, inatingíveis e pouco saudáveis para sua idade.
Onde assistir? Disney+.
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O que a OMS fala sobre obesidade infantil?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade infantil um dos desafios de saúde pública mais graves do século XXI.
Segundo a OMS, as taxas de obesidade infantil têm aumentado alarmantemente, afetando crianças de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A obesidade infantil está associada a uma série de complicações de saúde, incluindo diabete tipo 2, doenças cardiovasculares, distúrbios ortopédicos e problemas psicológicos.
A OMS destaca que a obesidade infantil é resultado de uma combinação de fatores, incluindo dietas inadequadas (rica em calorias, açúcar e gordura), falta de atividade física e ambientes que não incentivam hábitos saudáveis.
Além disso, a organização aponta que crianças obesas tendem a manter essa condição na vida adulta, aumentando os riscos de desenvolver problemas crônicos de saúde.
Como resposta, a OMS recomenda ações preventivas focadas em políticas públicas que promovam alimentação saudável, educação nutricional, atividades físicas e a redução da exposição ao marketing de alimentos ultraprocessados.
Além disso, ela também enfatiza a importância da atuação conjunta de governos, escolas, famílias e profissionais de saúde para combater a obesidade infantil.
Qual a taxa de obesidade infantil no Brasil 2024?
Conforme o Novo Atlas Mundial da Obesidade 2024, divulgado pela Federação Mundial de Obesidade (WOF) e traduzido pelo Painel Brasileiro da Obesidade (PBO), estima-se que metade das crianças no Brasil estarão acima do peso até 2035.
Assim, o relatório, lançado no Dia Mundial da Obesidade, destaca as tendências preocupantes da condição no Brasil e globalmente.
O Atlas Mundial da Obesidade 2024 destacou o aumento da obesidade infantil, os impactos da COVID-19 no sobrepeso global e as implicações econômicas dessa condição.
Segundo o documento, 79% dos adultos e 88% das crianças com sobrepeso ou obesidade viverão em países de baixa e média renda até 2035. Além disso, o número de adultos com obesidade pode crescer de 810 milhões em 2020 para 1,53 bilhão em 2035, indicando um desafio global crescente.
Até 2035, estima-se que metade das crianças brasileiras apresentará IMC elevado, um aumento em relação à taxa atual de 1 a cada 3 crianças. Entre os principais fatores associados ao IMC elevado em jovens de 5 a 19 anos estão hipertensos, hiperglicemia e níveis baixos de colesterol HDL.
Qual a solução para a obesidade infantil?
Segundo a pesquisa “Obesidade infantil e intervenções preventivas: Análise de estratégias de prevenção e manejo da obesidade infantil”, a maioria dos estudos enfatiza a importância de intervenções preventivas focadas em programas educacionais e na promoção de estilos de vida saudáveis.
Programas escolares que integram educação nutricional, incentivo à atividade física e envolvimento comunitário mostraram-se eficazes na redução do IMC infantil. O estudo de Shaunak et al. (2021), por exemplo, demonstrou que intervenções multidisciplinares em escolas reduziram a obesidade infantil em até 20% em certos grupos.
Programas de atividade física e redução do tempo de tela
Programas focados em aumentar a atividade física e reduzir o tempo de tela mostraram resultados positivos.
O estudo de Jerome et al. (2022) identificou uma redução significativa no IMC e no percentual de gordura corporal em crianças com sobrepeso ou obesidade que participaram de atividades físicas regulares com restrições ao tempo de tela, especialmente entre aquelas em tratamento de saúde mental.
Abordagens personalizadas e comunitárias
Intervenções personalizadas, ajustadas às necessidades individuais das crianças, mostraram-se mais eficazes na redução do IMC e na melhoria da qualidade de vida em comparação com abordagens generalizadas.
Motevalli et al. (2021) enfatizaram a importância de considerar fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Além disso, estratégias comunitárias, como o projeto CORD descrito por Lee et al. (2021), demonstraram eficácia e sustentabilidade, destacando a importância do envolvimento comunitário e da coordenação entre diferentes setores.
