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O que é ortografia: principais características e erros!

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A ortografia é a parte da gramática que normatiza as letras e os sinais gráficos na língua portuguesa. Sem a ortografia, o entendimento de muitas palavras se compromete, e por isso, ela é fundamental, não só para o uso formal da língua, mas também para efetuar provas de grande relevância, como o Enem e demais concursos. 

Dentro da gramática normativa existem os campos de estudo chamados: Fonologia, Morfologia, Sintaxe e Semântica. Cada uma possui sua área de pesquisa e estudos, porém hoje iremos focar na Fonologia, pois dentro dela há a Ortografia, assunto que iremos discutir neste artigo.

A Fonologia é o estudo da organização dos sons e como se comportam em uma língua, sendo assim, o que é ortografia dentro da fonologia? Ela é o estudo correto da escrita. (Literalmente, já que Ortho, ou ορθο vem do grego “correto” e Gráphos, ou γράφος, também em grego, significa “escrita”)

Outra forma de explicar a fonologia e, por consequência, trazer mais clareza quanto à ortografia, é explicar que seu significado etimológico é “estudo do som”, ou do mesmo modo, som escrito.

Em suma, a ortografia faz parte da organização que traz sentido ao som escrito, usando sinais gráficos, e agrupamentos fonéticos. 

Que tal aprendermos mais sobre a Ortografia? Fique ligado no conteúdo que preparamos para você e boa leitura!

o-que-e-ortografia

Mas afinal, o que é ortografia na prática?

A ortografia determina o uso correto dos elementos da escrita, com o intuito de gerar palavras com sentido, seguindo regras pré-estabelecidas pela fonologia. 

Olhando de outra forma, ela nada mais é do que a transcrição dos sons de uma língua. 

Em suma, ela é a representação gráfica e normativa da fonologia de uma língua.

O que é acordo Ortográfico 

Você já ouviu falar sobre os acordos ortográficos? São acordos feitos por países que falam a mesma língua que possuem objetivo de unificar a ortografia e facilitar o entendimento entre todos.

O acordo vigente no momento foi definido em 2012, e com ele, trouxe algumas adaptações e acréscimos de letras e palavras que começaram a ser usadas na língua portuguesa.

Alguns exemplos da atualização do acordo ortográfico:

K, W e Y 

Por incrível que pareça, eles não faziam parte do nosso alfabeto. Não oficialmente, pelo menos, visto que ainda sim estavam presentes em outros contextos.

Eles eram usados, exclusivamente, em nomes próprios e unidades de medida, como Kg e Watts, contudo, com o avanço da tecnologia, se tornou impossível não trazer para nosso vocabulário habitual. 

Palavras como “windows” “spotify” “link” estavam presentes no nosso dia a dia, portanto era necessário acrescentá-los na nossa ortografia. 

E, seguindo a mesma linha, palavras estrangeiras contendo estas letras também foram acrescidas às normas da ortografia, tais como: Show, stand by, download… 

Trema

A trema é um acento gráfico formado por dois pontos usados em cima da vogal u, para indicar que este fonema é pronunciado nos grupos contendo gue, que, qui, qua, etc

Entretanto, com o novo acordo ortográfico de 2009, ela foi abolida de todas as palavras em português, ou aportuguesadas, permanecendo apenas nos nomes próprios, como no nome da modelo Gisele Büdchen.

Fim do acento diferencial para palavras homógrafas

homógrafo

ho·mó·gra·fo

adj sm

1 Diz-se de cada um ou mais vocábulos que têm a mesma grafia, mas sentidos e pronúncias diferentes.

2 Diz-se de cada um ou mais vocábulos que têm a mesma grafia e pronúncia, mas sentidos diferentes; homônimo

O acento diferencial era usado para distinguir uma palavra que possuía a mesma pronuncia, porém, apresentava significados diferentes dependendo de seu contexto. 

Desde que o novo acordo ortográfico entrou em vigor, o signo da palavra passou a ser definido apenas pelo contexto, por exemplo:

Pára e para

Pêlo e pelo

Pólo e polo

A pronúncia continua a mesma em todas as palavras, apenas o contexto dirá o significado de cada uma. 

Permanece o acento diferencial para indicar tempo verbal

O acento diferencial que abordamos acima era usado apenas para diferenciar palavras com grafias idênticas, mas sentidos diferentes. No caso que iremos falar agora, ele é usado para diferenciar tempo verbal e numeral dos verbos.

Alguns verbos possuem a mesma grafia e necessitam de acentos gráficos para serem flexionados para o plural ou outros tempos verbais. Por exemplo:

Tem (singular) e têm (plural)

Vem (singular) e vêm (plural)

O uso do hífen 

O uso do hífen também teve suas modificações no novo acordo ortográfico, porém suas regras foram simplificadas, o que tornou seu uso muito mais intuitivo e facilitado. As principais atualizações do hífen foram: 

  • Mesma vogal: Quando as vogais do prefixo terminam com a mesma vogal da próxima palavra, o hífen deve ser utilizado: 

Micro-ondas

Micro-ônibus

  • Mesma consoante: Seguindo a regra anterior, caso haja duas consoantes iguais, uma no final do prefixo e outra no início da próxima palavra, também se deve separar com hífen: 

Inter-racial

Super-romântico

Inter-regional

  • Segundo termo iniado com H: Nessa regra, caso a segunda palavra comece com H, ela deverá ser separada com hífen:

Super-homem

Anti-higiênico

 

  • Consoantes diferentes: Duas palavras as quais possuem consoantes diferentes no final do primeiro prefixo e início do segundo prefixo não possuem hífen:

 

Supermercado

 

Subchefe

 

Fim do acento circunflexo para ôo e êem

 

Nas palavras que possuíam terminações em ôo e êem, o acento circunflexo foi retirado, permanecendo apenas a fonética, mas não a representação gráfica do acento. 

 

Vôo (antes) e Voo (novo)

 

Lêem (antes) e Leem (novo)

 

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Principais erros ortográficos 

 

Como vimos, a ortografia é cheia de “pegadinhas”, principalmente para quem não está muito habituado à leitura e se perde nas atualizações do acordo ortográfico. Por isso, além de saber o que é ortografia, é importante revisar os principais erros cometidos na hora de escrever uma boa redação

 

Condensando um pouco mais o que abordamos até aqui, podemos dizer que a ortografia nos informa o jeito certo de escrever as palavras, portanto, não podemos ignorar suas regras e direcionamentos.

 

Vamos repassar alguns equívocos de ortografia cometidos pela grande parte dos alunos? Não se intimide caso você seja algum deles, esse é o momento de aprender para evitar que continuem se repetindo no futuro!

 

Palavras com S, SS, Ç ou C

 

O principal pesadelo dos estudantes! Todas essas opções podem apresentar o mesmo som, gerando diversas dúvidas na hora de escrever uma boa redação. 

 

SS

 

Permissão – e não permição

 

Necessidade – e não nececidade

 

Impressão – e não impreção 

 

Pressão – e não preção

 

Excesso – e não exceço

 

Ç

 

Exceção – e não excessão (essa é uma pegadinha! Preste atenção quando for escrever “excesso” e “exceção”, pois apesar de terem grafias parecidas, são palavras diferentes)

 

Licença – e não licensa

 

Peça – e não pessa

 

Cansaço – e não cansasso

 

S

 

Ansioso – e não ancioso

 

Descanso – e não descanço

 

Compreensão – e não compreenção

 

Suspense – e não suspence

 

C

 

Você – e não voçê

 

Comecei – e não começei

 

Coceira – e não coçeira

 

Gracinha – e não graçinha

 

Palavras com I ou E

 

 

Digladiar – e não degladiar

 

Privilégio – e não previlégio

 

Incomodar – e não encomodar

Possui – e não possue

 

E

 

Empecilho – e não impecilho

 

Entrevista – e não intrevista

 

Periquito – e não piriquito

 

Desvio – e não disvio

 

Supressão de letras, ou elisão.

 

A supressão de letras, ou elisão, acontece quando, devido alguns vícios de linguagem, omitimos a escrita de alguma letra por não a pronunciarmos na oralidade. 

 

Perturbar – e não pertubar

 

Brincadeira – e não brincadera

 

Retrógrado – e não retrógado

 

Poliomielite – e não poliomelite 

 

Troca da posição de letras

 

Também baseado nos vícios de linguagem do nosso dia a dia, a troca da posição de letras nas palavras é um grave erro ortográfico.

 

Supérfluo – e não supérfulo

 

Madrasta – e não madastra

 

Padrasto – e não padastro

 

Meteorologia – e não metereologia

 

Bicarbonato – e não bicabornato

 

o-que-e-ortografia

 

Como gravar todas essas regras e aplicá-las em minhas redações? 

 

Não há fórmula secreta: Leitura e prática em produção textual.

 

Estudar a teoria das regras ortográficas, ler e reler todos os conteúdos sobre gramática e fonologia pode criar uma boa base, mas você não vai conseguir entender como aplicar todo esse conteúdo se não pôr a mão na massa de vez!

 

Não deixe sua criatividade ficar parada com as informações que adquiriu nesse artigo, aproveite o conteúdo fresquinho na sua cabeça e escreva em seu caderno quais foram os pontos que mais chamaram sua atenção aqui.

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Quando falamos sobre praticar, nada melhor do que obter uma opinião profissional sobre sua escrita, certo? Toda vez que você escreve um novo texto e vê onde pode melhorar, está se preparando para fazer melhor da próxima vez e aprendendo, de fato, como fazer uma boa redação.

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