Os filmes sobre racismo para citar no ENEM são essenciais para abordar esse tema sensível, oferecendo exemplos que contextualizam debates históricos e sociais. Obras como Estrelas Além do Tempo e Corra! exploram as consequências do racismo estrutural, e da luta por igualdade, permitindo reflexões críticas.
Quando o assunto é redação do ENEM, a capacidade de apresentar argumentos sólidos e referências pertinentes pode fazer toda a diferença para alcançar a nota máxima. Nesse sentido, filmes são ótimas fontes de repertório sociocultural, especialmente quando abordam temas relevantes como o racismo.
Então, citar filmes sobre racismo na redação do ENEM pode ser uma estratégia eficaz para enriquecer sua argumentação, demonstrando domínio sobre o tema e compromisso com uma análise crítica.
Para conferir os 6 filmes sobre racismo para citar no ENEM, continue com o CRIA. Boa leitura.
Filmes sobre racismo para citar no ENEM:
O racismo, um problema estrutural presente em diversas sociedades, manifesta-se de forma histórica e contemporânea, promovendo exclusão, desigualdade e sofrimento.
Nesse contexto, os filmes sobre racismo desempenham um papel relevante ao revisitar histórias reais ou fictícias que escancaram as consequências desse preconceito.
Assim, obras como Estrelas Além do Tempo e Luta por Justiça não apenas retratam a resistência das populações negras, mas também estimulam reflexões sobre a necessidade de medidas que enfrentem as desigualdades raciais e promovam a valorização da diversidade.
Então, confira a seguir seis filmes sobre racismo para citar no ENEM:
1. “Filhos de Ninguém” (2018)
A história de Enitan, um jovem nigeriano criado por uma família adotiva na Europa, em meio ao racismo sistemático da sociedade local. Inspirado na vida do ator Adewale Akinnuoye-Agbaje, o filme aborda questões de identidade, racismo e saúde mental.
Relevância: Mostra o impacto do racismo na infância e adolescência, além de retratar a luta pela identidade em um ambiente hostil.
Onde assistir? Prime Video.
Você também pode se interessar por:
- Filmes de inteligência artificial para citar no ENEM.
- 8 Filmes clássicos para citar na redação: embase seus argumentos.
- Como citar filmes e séries no ENEM: guia completo.
2. “Till: A Busca por Justiça” (2022)
Baseado no caso real de Emmett Till, um adolescente negro brutalmente assassinado nos EUA em 1955 após interagir com uma mulher branca. Assim, sua mãe, Mamie Till-Mobley, transformou o caso em um marco do movimento pelos direitos civis.
Relevância: Expõe a brutalidade do racismo e a força de uma mãe ao lutar por justiça, sendo um exemplo de resistência e luta contra a desigualdade racial.
Onde assistir: Prime Video.
3. “A História de Ruby Bridges” (1998)
Sinopse: Conta a história de Ruby Bridges, a primeira criança negra a estudar em uma escola de brancos no sul dos EUA nos anos 60. Então, o filme mostra a visão inocente de Ruby e a luta dos pais contra o preconceito.
Relevância: Retrata o início da integração racial nas escolas e como a educação foi um campo de batalha pelos direitos civis.
Onde assistir: Disney+.
4. “Luta por Justiça” (2019)
Sinopse: A história de Bryan Stevenson, um advogado que luta para reverter a condenação injusta de Walter McMillian, um homem negro sentenciado à morte por um crime que não cometeu.
Relevância: Aborda o racismo institucional no sistema judicial e a perseverança na busca pela justiça.
Onde assistir: Disponível para aluguel/compras em plataformas como YouTube e Google Play.
5. “Estrelas Além do Tempo” (2016)
Sinopse: Baseado na vida de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, mulheres negras que desempenharam papéis fundamentais no programa espacial da NASA durante a corrida espacial.
Relevância: Destaca a importância de mulheres negras na ciência e como elas superaram o racismo e o machismo para conquistar reconhecimento.
Onde assistir: Disney+.
6. “Corra!” (2017)
O filme oferece uma reflexão profunda sobre o racismo estrutural e as dinâmicas de poder que ainda perpassam a sociedade. Ao abordar as relações inter-raciais de maneira tensa e psicológica, a obra evidencia os mecanismos sutis de opressão que, muitas vezes, são invisíveis para os próprios envolvidos.
Onde assistir? Prime Video.
O papel das obras artísticas na reflexão crítica sobre racismo:
As obras artísticas são fruto de seu contexto histórico, refletindo os valores e práticas da sociedade em que foram criadas. Apesar de imortalizarem aspectos culturais, muitas carregam conteúdos que, atualmente, são considerados inaceitáveis, como racismo, machismo e homofobia.
Exemplos como o filme “…E o Vento Levou”, temporariamente retirado do catálogo da HBO em 2020 por romantizar a escravidão, e o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, criticado por passagens racistas, ilustram o debate sobre a exibição dessas obras no presente.
A questão central reside no equilíbrio entre preservar a memória histórica e evitar a perpetuação de ideologias opressoras. Afinal, a censura ou banimento pode apagar registros importantes do passado, sem eliminar as raízes do preconceito. Contudo, a reprodução irrefletida desses conteúdos também contribui para manter estruturas discriminatórias.
Angela Davis destaca a importância do pensamento crítico como ferramenta essencial para mudanças sociais. No contexto educacional, obras como as de Monteiro Lobato, voltadas para crianças em formação, evidenciam a necessidade de mediação crítica, já que jovens carecem de repertório para interpretar conteúdos problemáticos.
Walter Benjamin, em seu conceito de “escovar a história a contrapelo”, sugere revisitar o passado sob a perspectiva dos oprimidos, incentivando uma análise crítica das obras. Sob a ótica da Teoria Crítica dos Direitos Humanos, autores como Bell Hooks e Michel Löwy reforçam ser preciso associar o direito à memória ao combate ao racismo.
Portanto, o debate deve focar em contextualizar essas obras, promovendo reflexões que transformem seu conteúdo em ferramentas educativas. Assim, isso evita tanto o apagamento histórico quanto a perpetuação de preconceitos, fortalecendo a conscientização e a construção de uma sociedade mais igualitária.
