Aquele sentimento de alívio depois de terminar a redação do ENEM é ótimo, não é? Mas a prova ainda não acabou! O momento da revisão da redação é tão importante quanto o da escrita.
Infelizmente, muitos estudantes pulam essa etapa ou a fazem de forma superficial, deixando escapar erros que custam preciosos pontos na nota final.
A boa notícia é que você pode se tornar seu próprio corretor. E, para isso, CRIA elaborou este guia completo que vai te ensinar como revisar a própria redação de forma estratégica.
Por que revisar sua redação é um superpoder?
Muitos pensam que a revisão é apenas para encontrar erros de digitação ou gramática. No entanto, ela é uma ferramenta poderosa para melhorar a coerência, a argumentação e a clareza do seu texto. Um texto bem revisado não é apenas “correto”, mas também mais convincente e estruturado.
Ao internalizar um processo de autoavaliação, você desenvolve uma visão mais crítica sobre sua própria escrita. Essa habilidade, além de aumentar sua nota, te prepara para os desafios de comunicação que virão.
E no ENEM, onde cada detalhe conta, dominar essa técnica pode ser a diferença entre uma nota mediana e a tão sonhada nota 1000.
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Antes de começar: o que fazer para a revisão ser eficaz?
Você terminou de escrever, mas a jornada ainda não acabou. Para que a sua revisão seja realmente produtiva, é preciso criar a mentalidade e o ambiente certos.
As dicas a seguir são o ‘aquecimento’ perfeito para que você se desconecte um pouco do papel de autor e assuma o de um crítico rigoroso.
1. Dê um tempo para o texto “descansar”
Sempre que possível, escreva a redação e só a revise 15 ou 20 minutos depois. Essa pequena pausa mental é crucial para que você volte ao texto com um olhar mais fresco e crítico.
2. Leia sua redação em voz alta:
Ler em voz alta ajuda a identificar problemas de fluidez, frases confusas ou longas demais. Se a leitura “travar”, é um sinal de que algo precisa ser ajustado.
3. Esqueça que você é o autor:
Tente ler o texto como se fosse um corretor que nunca o viu antes. Procure por pontos fracos, argumentação incompleta ou frases que poderiam ser mais claras.
O checklist definitivo: como revisar a própria redação em 5 etapas
Esta é a parte mais importante do nosso guia. Dividimos o processo de revisão em cinco etapas, uma para cada competência do ENEM.
Assim, siga a ordem e garanta que sua redação está impecável de ponta a ponta.
Etapa 1: a gramática impecável (Competência 1)
O primeiro passo é garantir que seu texto respeita a norma-padrão da língua portuguesa.
- Ortografia e acentuação: revise cada palavra, procurando por erros de grafia.
- Pontuação: as vírgulas estão no lugar certo? Os pontos finais e as vírgulas estão sendo usados de maneira correta para organizar as ideias?
- Concordância verbal e nominal: o verbo concorda com o sujeito? O adjetivo concorda com o substantivo?
- Regência e Crase: verifique se a preposição está sendo usada corretamente e se a crase é realmente necessária.
Etapa 2: entendimento do tema e repertório (Competência 2)
Agora, vamos checar se você realmente atendeu à proposta.
- Fuga ao tema: você abordou exatamente o que a proposta pedia? Não se limite a um aspecto do tema; explore-o em sua totalidade.
- Tese clara: a sua tese (o seu ponto de vista) está explícita na introdução?
- Repertório sociocultural: você utilizou algum repertório legitimado, pertinente e produtivo? Ele está bem conectado à sua argumentação e não foi apenas jogado no texto?
Etapa 3: coerência e argumentação (Competência 3)
Esta etapa é sobre a “espinha dorsal” do seu texto e essencial para entender como revisar a própria redação.
- Organização das ideias: os parágrafos estão organizados de forma lógica? O primeiro parágrafo de desenvolvimento apresenta o primeiro argumento e o segundo, o segundo?
- Argumentos sólidos: os seus argumentos realmente defendem a sua tese? Eles são bem explicados e têm embasamento?
- Projeto de texto: o seu texto segue a estrutura que você planejou na introdução? O que foi prometido na tese está sendo cumprido ao longo dos parágrafos?
Etapa 4: coesão e articulação (Competência 4)
Aqui, você vai garantir a fluidez da leitura.
- Uso de conectivos: você usou corretamente conectivos para ligar parágrafos (“Em primeiro lugar”, “Ademais”) e frases (“portanto”, “contudo”)?
- Evitando repetições: as mesmas palavras estão se repetindo? Então, use sinônimos e pronomes para deixar o texto mais dinâmico.
Etapa 5: a Proposta de Intervenção (Competência 5)
Por fim, analise se a sua proposta de intervenção está completa e detalhada.
- Ação: O que deve ser feito?
- Agente: Quem fará? (Governo, ONG, Mídia, etc.)
- Meio/Modo: Como será feito?
- Finalidade: Para que será feito?
- Detalhamento: Algum dos 4 elementos foi detalhado para dar mais clareza e credibilidade à proposta?
Revisar é um ato de coragem: a ciência por trás da refacção
A revisão não é apenas sobre encontrar e consertar erros. Na perspectiva pedagógica, ela é um processo fundamental de aprendizado e autoria, conhecido como refacção.
O ato de reescrever seu texto é um “ato de coragem”, pois, como defende o autor Gustavo Bernardo (1995), ele significa “rasgar” e desapegar-se de ideias iniciais que, embora confortáveis, podem não ser as mais adequadas.[1]
Ao se permitir reescrever, você está:
- Desenvolvendo sua autoria: o processo de refacção te permite “reconstruir sua subjetividade”, ultrapassando a simples reprodução para se tornar um produtor de textos com voz própria. Você aprende a “interferir” em sua própria criação, como um verdadeiro autor.
- Aprendendo com seus erros: para muitos estudantes, a refacção é um momento de gratificação, pois eles conseguem perceber o que estão errando e, assim, consolidam o aprendizado.
- Pensando no leitor: a escrita é um ato comunicativo e dialógico. Ao reescrever, você é forçado a pensar no seu leitor e a garantir que seu texto seja claro e compreensível para alguém que não estava presente na hora da escrita.
A ausência desse trabalho de refacção é, inclusive, apontada por estudiosos como uma das causas das dificuldades de muitos universitários na produção de textos.
Por isso, a prática que você está começando hoje é tão valiosa para o seu futuro acadêmico e profissional.
Como se preparar para qualquer redação com o CRIA?
Agora que você já sabe mais sobre como revisar a própria redação, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
Vamos começar? Então acesse aqui.
Perguntas Frequentes sobre como revisar a própria redação
Comece pela estrutura e conteúdo (Competências 2 e 3). Se o seu texto não aborda o tema corretamente ou a tese não é clara, os erros gramaticais se tornam secundários. Depois, foque na gramática e na coesão (Competências 1 e 4).
O ideal é reservar pelo menos 15 a 20 minutos. Não é uma revisão rápida, mas uma autoavaliação completa, seguindo um checklist como o que apresentamos.
Sim. A revisão estratégica pode transformar um texto bom em um texto excelente, corrigindo falhas que, somadas, podem custar mais de 200 pontos.
Referências:
[1] A Refacção de Textos como Estratégia de Aprendizado
[2] Matriz de referência ENEM
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