A redação do ENEM é um dos momentos mais decisivos para quem busca uma vaga na universidade. E, para se destacar, não basta ter apenas boas ideias; é preciso saber defendê-las com argumentos coringas para redação do ENEM fortes e bem fundamentados. Mas o que são esses “coringas” e como eles podem transformar seu texto?

Argumentos coringas são conceitos, citações, fatos históricos, filosóficos ou sociológicos que podem ser adaptados e aplicados a uma vasta gama de temas na redação do ENEM. Além disso, eles são como “ases na manga” que te ajudam a construir uma argumentação sólida, mesmo diante de um tema inesperado.

O grande segredo não está em decorá-los, mas em entender sua essência e saber adaptá-los de forma inteligente.

Neste artigo do CRIA, você vai mergulhar no universo dos argumentos coringas. Vamos explorar o que os torna tão valiosos, apresentar os mais eficazes e, o mais importante, te ensinar as melhores estratégias para aplicá-los em sua redação.

Então, prepare-se para elevar o nível da sua argumentação e conquistar a tão sonhada aprovação.

O poder dos argumentos coringas na redação do ENEM:

Os argumentos coringas não são meras frases de efeito, mas sim pilares de conhecimento que, quando bem utilizados, conferem profundidade e credibilidade ao seu texto.

Assim, eles permitem que você dialogue com diversas áreas do saber, demonstrando repertório sociocultural, uma das competências avaliadas na redação do ENEM.

O que torna um argumento um “coringa”?

Um argumento se torna um “coringa” por sua versatilidade. Ou seja, ele pode ser mobilizado em discussões sobre diferentes problemas sociais, ambientais, culturais ou políticos.

Pense em conceitos como “contrato social”, “liquidez das relações”, “sociedade do espetáculo” — eles têm a capacidade de iluminar diversas facetas da realidade contemporânea.

A chave para identificar um bom argumento coringa é a sua amplitude temática. Um conceito que se restringe a somente um ou dois temas específicos não é um coringa. Assim, ele deve conseguir tecer conexões com múltiplos debates da sociedade.

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Por que usar argumentos coringas na redação?

A utilização de argumentos coringas oferece diversas vantagens:

• Agilidade na construção argumentativa: em um tempo limitado, ter acesso a argumentos pré-estabelecidos e flexíveis acelera o processo de desenvolvimento do texto.
• Enriquecimento do repertório sociocultural: demonstrar conhecimento de áreas como filosofia, sociologia, história ou literatura impressiona os corretores e eleva a qualidade da sua redação.
• Fortalecimento da tese: argumentos bem selecionados e aplicados reforçam sua tese, tornando-a mais convincente e bem fundamentada.
• Originalidade e autoria: mesmo sendo “coringas”, a forma como você os integra e os conecta ao tema é o que diferencia seu texto, evitando a superficialidade.

Os principais argumentos coringas para dominar a redação do ENEM

Agora, vamos aos argumentos que são verdadeiros trunfos para sua redação. Então, lembre-se: o valor deles está na sua capacidade de adaptação.

1. Pensadores essenciais: Filosofia e Sociologia como base

Filósofos e sociólogos oferecem lentes poderosas para analisar a sociedade.

Zygmunt Bauman (Modernidade Líquida):

O sociólogo polonês aborda a fragilidade das relações e instituições na contemporaneidade.

• Aplicação: Ideal para temas sobre relações humanas, consumismo, individualismo, problemas sociais fluidos (ex: cyberbullying, fake news).
• Exemplo de Aplicação: “A efemeridade das relações humanas na ‘modernidade líquida‘ de Bauman reflete-se na superficialidade das interações online, onde a busca por conexões profundas é suplantada pela fugacidade dos likes e compartilhamentos.”

Thomas Hobbes (O Leviatã / Contrato Social):

A ideia de que o homem é lobo do próprio homem e a necessidade de um Estado forte para garantir a ordem social.

• Aplicação: temas sobre violência, segurança pública, papel do Estado, cidadania, direitos e deveres.
• Exemplo de Aplicação: “À luz do ‘Leviatã’ de Hobbes, a ausência de um controle estatal eficaz sobre determinadas esferas da sociedade permite que o ‘homem seja o lobo do próprio homem’, resultando em cenários de injustiça e desigualdade social.”

Michel Foucault (Vigiar e Punir / Microfísica do Poder):

O poder não apenas como repressão, mas como algo que se manifesta em todas as relações sociais, moldando comportamentos.

• Aplicação: temas sobre vigilância, controle social, sistemas de saúde, educação, prisões, normalização de comportamentos.
• Exemplo de Aplicação: “A concepção foucaultiana da ‘microfísica do poder’ evidencia como mecanismos sutis de controle, presentes em esferas como a educação e a mídia, perpetuam certas desigualdades e invisibilizam grupos sociais marginalizados.”

Émile Durkheim (Fato Social / Consciência Coletiva):

Os fatos sociais como modos de agir, pensar e sentir externos ao indivíduo e dotados de poder de coerção.

• Aplicação: temas sobre educação, preconceito, normas sociais, criminalidade, saúde pública, comportamento coletivo.
• Exemplo de Aplicação: “O suicídio, para Durkheim, é um ‘fato social’, e, ao transpor essa análise para o cenário contemporâneo, percebe-se que as altas taxas de transtornos mentais, potencializadas pelo uso excessivo das redes sociais, são reflexos de uma sociedade adoecida por padrões e pressões coletivas.”

Platão (Mito da Caverna):

A alegoria da caverna para ilustrar a busca pela verdade e o papel da educação na libertação da ignorância.

• Aplicação: temas sobre educação, manipulação da informação, alienação, busca pelo conhecimento, pós-verdade.
• Exemplo de Aplicação: “O ‘Mito da Caverna’ de Platão serve como uma poderosa metáfora para a alienação promovida pelas ‘fake news’, onde os indivíduos, aprisionados por informações distorcidas, recusam-se a enxergar a verdade para além das sombras projetadas.”

2. Contexto Histórico: lições do passado para o presente

A história oferece um vasto repertório de eventos e processos que se repetem ou cujos reflexos ainda são sentidos.

• Revolução Industrial: mudanças sociais, urbanização, relações de trabalho, impacto ambiental.
  • Aplicação: temas sobre desigualdade social, exploração do trabalho, avanço tecnológico, urbanização desordenada, problemas ambientais.
• Iluminismo: ideais de liberdade, igualdade, razão, direitos humanos.
  • Aplicação: temas sobre direitos humanos, democracia, liberdade de expressão, ciência, educação.
• Período da Ditadura Militar no Brasil: censura, repressão, luta por direitos.
  • Aplicação: temas sobre liberdade de expressão, direitos civis, democracia, memória histórica, ativismo social.
• Grandes Guerras Mundiais: conflitos, xenofobia, intolerância, busca pela paz.
  • Aplicação: temas sobre intolerância, preconceito, xenofobia, refugiados, paz mundial.

3. Conceitos-chave: ampliando seu vocabulário argumentativo

Além de pensadores e eventos históricos, alguns conceitos são extremamente versáteis e podem ser empregados como excelentes argumentos coringas. Desse modo, eles fornecem uma base sólida para analisar e discutir diversos problemas sociais, culturais e políticos.

A Cidadania, por exemplo, que se refere aos direitos e deveres do indivíduo em sociedade, pode ser aplicada em temas que abordam desde o acesso à saúde e educação até a segurança pública e a participação política.

Da mesma forma, a Dignidade Humana, que é o valor intrínseco de cada pessoa, serve como um pilar em discussões sobre direitos humanos, respeito às diferenças, inclusão social e combate a qualquer forma de discriminação.

Outro conceito fundamental é a Sustentabilidade, que envolve o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Além disso, esse termo é essencial para abordar questões relacionadas ao meio ambiente, consumo consciente, avanços tecnológicos e a responsabilidade social das empresas e dos cidadãos.

A Globalização, por sua vez, descreve a interconexão mundial em diversas esferas – da economia à cultura, da comunicação às migrações e às crises sanitárias –, oferecendo um panorama amplo para discussões sobre interdependência e seus impactos.

Por fim, o Analfabetismo Funcional, que representa a dificuldade de compreender e interpretar textos mesmo sabendo ler, é um conceito valioso para temas sobre educação, acesso à informação, a importância da leitura crítica e o combate à desinformação em nossa sociedade.

Utilizar esses conceitos de forma estratégica demonstra não apenas repertório, mas também a capacidade de articular ideias de maneira sofisticada e relevante.

Como aplicar seus argumentos coringas de forma estratégica?

Ter os argumentos coringas em mente é o primeiro passo. Assim, o segundo, e mais importante, é saber utilizá-los de forma inteligente, demonstrando autoria e conexão genuína com o tema.

1. Entenda o tema da redação a fundo:

Antes de “encaixar” um argumento, dedique um tempo para analisar o tema. Qual o problema central? Quais as suas causas e consequências? Somente assim você poderá escolher o argumento coringa mais pertinente.

2. Adapte, não simplesmente cite:

Um erro comum é apenas citar o pensador ou o conceito sem fazer a devida conexão com o tema. Assim, seu argumento coringa deve funcionar como uma ferramenta para analisar ou exemplificar um aspecto do problema que você está discutindo.

Exemplo de má aplicação: “Hobbes disse que o homem é lobo do homem. Por isso, a violência é um problema.” (Fraco, sem conexão clara)

Exemplo de boa aplicação: “A escalada da violência urbana reflete, em parte, a premissa de Thomas Hobbes de que, na ausência de um Estado capaz de impor o ‘contrato social’, os indivíduos agem de forma egoísta, priorizando seus interesses em detrimento do bem-estar coletivo.A falha na atuação estatal, portanto, permite que o ‘homem seja o lobo do próprio homem’ nas periferias das grandes cidades.” (Claro, contextualizado e aprofundado)

3. Use conectivos e elementos de transição:

Integre o argumento coringa de forma fluida ao seu texto. Utilize conectivos como “Nesse contexto”, “Nesse sentido”, “Corroborando essa ideia”, “À luz de”, “Em consonância com”.

4. Desenvolva o argumento no parágrafo:

Não basta mencionar. Desenvolva o argumento. Explique como ele se relaciona com o tema, apresente exemplos e desdobramentos. Então, lembre-se da estrutura do parágrafo argumentativo:

• Tópico Frasal: Apresenta a ideia principal do parágrafo.
• Argumento Coringa: Introduz o conceito, citação ou fato histórico.
• Desenvolvimento: Explica como o argumento se aplica ao tema, com exemplificação, dados, etc.
• Fechamento: Reforça a conexão com a tese.

5. Priorize a qualidade sobre a quantidade:

É melhor usar um ou dois argumentos coringas bem desenvolvidos do que vários mal explorados. A profundidade da sua análise é mais importante do que a quantidade de referências.

Perguntas frequentes sobre argumentos coringas no ENEM:

Você já está por dentro dos principais argumentos coringas para redação do ENEM e sabe como eles podem turbinar seu texto, não é mesmo? No entanto, é natural que, ao aprender algo novo, surjam algumas dúvidas.

Por isso, para facilitar ainda mais seu aprendizado e consolidar seu conhecimento, reunimos aqui as perguntas mais frequentes que os estudantes costumam ter sobre o uso desses argumentos.

Assim, você pode esclarecer qualquer ponto pendente e se sentir ainda mais confiante para aplicar esses recursos em suas próximas redações, garantindo que nenhum detalhe passe despercebido.

Como utilizar o CRIA para melhorar a sua argumentação?

Os argumentos coringas para redação do ENEM podem ser um ótimo instrumento para aqueles participantes que não dominam o tema proposto pela redação do exame.

Mas além desse repertório para argumentação, existem outros elementos essenciais para mandar bem na prova. Então, se você não se sente preparado para escrever a redação com um bom repertório, o CRIA pode te ajudar. Mas o que é o CRIA?

O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que garante uma correção com grande precisão, baseando-se nas 5 competências do ENEM. E para a praticidade do estudante, a correção é entregue até 2 minutos.

Quais são as funcionalidades do CRIA?

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