Quem foi Maria Nilde Mascellani? Defensora da educação integral, acreditava que a escola deveria estar conectada com a realidade dos estudantes e auxiliar na formação de cidadãos críticos. Assim, essas escolas públicas inovadoras marcaram a história da educação brasileira nos anos.
Para compreender melhor a história da educação brasileira, é fundamental entender quem foi Maria Nilde, como funcionavam os Ginásios Vocacionais, porque eles foram considerados subversivos durante a ditadura militar e qual é o legado deixado por essa experiência pedagógica até hoje.
Assim, neste post, você vai conhecer o percurso dessa educadora visionária, entender os princípios que orientavam os GVs, descobrir as práticas pedagógicas que revolucionaram a sala de aula nos anos 1960. Boa leitura.

secundário implantada em 1962 e extinta em 1969 durante a ditadura militar – Foto: Ginásio Vocacional Cândido Portinari.
Quem foi Maria Nilde Mascellani?
Maria Nilde Mascellani (1931 – 1999) foi uma educadora brasileira que dedicou sua carreira à integração entre escola e território, defendendo uma educação voltada para as potencialidades de cada indivíduo.
Além disso, suas práticas pedagógicas inovadoras influenciaram a educação integral no Brasil, com destaque para a criação dos Ginásios Vocacionais (GVs).
Você também pode se interessar por:
- Repertório sociocultural sobre educação: dados, filmes e mais.
- Melhores soluções educacionais para escolas.
- Filmes sobre educação para citar no ENEM: lista completa.
A criação dos Ginásios Vocacionais (GVs):
Em 1961, Mascellani liderou a criação do Serviço de Ensino Vocacional (SEV), também conhecido como Ginásios Vocacionais. Assim, essas escolas públicas ofereciam educação integral para o Ensino Fundamental II (atual 6º ao 9º ano) e tinham um modelo pedagógico revolucionário para a época.
Ao contrário do que o nome sugere, os GVs não eram focados em formação profissional, mas sim no desenvolvimento de cidadãos críticos, criativos e autônomos, capazes de transformar sua realidade.
Metodologia inovadora dos Ginásios Vocacionais:
O currículo dos GVs era baseado no contexto social e histórico dos alunos, com metodologias que incluíam:
- Aprendizagem significativa — relacionando conteúdo à vida real.
- Interdisciplinaridade — integração de diferentes áreas do conhecimento.
- Autonomia dos estudantes — estimulando o pensamento crítico.
- Ensino por projetos e situações-problema — abordagem prática.
- Avaliação contínua — sem foco em provas e notas.
Além disso, os alunos começavam estudando seu bairro e cidade e, ao final de quatro anos, ampliavam seu conhecimento para a América Latina e o mundo.
Assista a uma palestra da professora Maria Nilde Mascellani:
As ideias de Mascellani permanecem atuais, inspirando propostas de educação integral, interdisciplinaridade e aprendizagem significativa.
Nesse sentido, sua trajetória reforça a importância de uma escola pública transformadora, conectada com a realidade dos estudantes.
Assista à palestra de Maria Nilde Mascellani sobre os Ginásios Vocacionais:
O fim dos Ginásios Vocacionais e a perseguição na Ditadura:
Com o aprofundamento da ditadura militar, os GVs foram considerados subversivos e extintos em 1969. Maria Nilde Mascellani foi perseguida, torturada e afastada da educação pública.
Apesar disso, seu legado continuou influenciando outras escolas, e ela seguiu defendendo a educação integral por meio de novas iniciativas.
O trabalho posterior e o legado de Maria Nilde Mascellani
Após o fechamento dos GVs, Mascellani fundou a Equipe RENOV, uma assessoria de projetos educacionais e comunitários baseada nos direitos humanos. Em 1974, a organização foi invadida e fechada pela polícia militar.
Além disso, mais tarde, ela se tornou professora de Psicologia Educacional na PUC-SP e, pouco antes de falecer (em 1999), concluiu seu doutorado na Faculdade de Educação da USP.
Metodologia revolucionária
Os Ginásios Vocacionais foram inspirados em modelos europeus, como a Escola de Sèvres, na França, e a Escola Compreensiva Inglesa. Então, essas instituições adotavam a democracia como base da prática pedagógica e tinham como objetivo a formação integral do indivíduo, promovendo sua inserção ativa na sociedade.
Para isso, aplicavam metodologias voltadas à formação de cidadãos conscientes de sua realidade e preparados para transformá-la. Além disso, todo esse processo era guiado por um Projeto Pedagógico fundamentado na noção de Core Curriculum, que orientava as ações de gestores, orientadores e professores.
Assim, esses profissionais, por sua vez, passavam por cursos de formação específicos antes de integrarem a equipe, sendo sensibilizados quanto aos princípios e práticas da proposta educacional.
Currículo Integrado:
- Baseado no conceito de Core Curriculum.
- Disciplinas convencionais + práticas inovadoras:
- Artes Industriais.
- Educação Musical.
- Práticas Agrícolas e Comerciais.
- Educação Doméstica.
Práticas pedagógicas:
- Estudos do Meio: Pesquisas de campo progressivas (bairro → cidade → estado → país → mundo).
- Projetos interdisciplinares.
- Governo Estudantil: Simulação de estruturas democráticas.
- Avaliação contínua (sem provas tradicionais).
A comunidade como parte do processo:
- Associação de Pais ativa na gestão escolar.
- Projetos comunitários (alfabetização de adultos, cinema público).
- Coral integrando alunos, pais e professores.
- Mensalidades acessíveis e campanhas comunitárias.
O fim da experiência:
A ditadura militar (1964–1985) encerrou os Ginásios em 1969, alegando:
- Custos elevados.
- Caráter “subversivo”.
- Formação crítica dos alunos.
Legado: Apesar de apenas 8 anos de existência, os GVs influenciaram gerações de educadores e permanecem como referência para políticas de educação integral.
“Os Vocacionais romperam com a divisão social do trabalho pedagógico — professores discutiam política educacional, legislação e excelência educacional” (Daniel Chiozzini)
Como o CRIA pode ajudar no aprendizado?
A plataforma do CRIA é um recurso essencial para otimizar o tempo, melhorar o desempenho dos alunos e facilitar a rotina docente.
Agora que você já sabe mais sobre quem foi Maria Nilde Mascellani, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
Vamos começar? Então acesse aqui.
Esse artigo foi útil?
Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0
Lamentamos que este post não tenha sido útil pra você.
Vamos melhorar este post.
Como podemos melhorar esse post?