Quem foi Maria Nilde Mascellani? Importância e legado

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Quem foi Maria Nilde Mascellani? A educadora acreditava em uma escola crítica, transformadora e integrada à vida. Conheça sua trajetória e legado na educação.

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Quem foi Maria Nilde Mascellani? Defensora da educação integral, acreditava que a escola deveria estar conectada com a realidade dos estudantes e auxiliar na formação de cidadãos críticos. Assim, essas escolas públicas inovadoras marcaram a história da educação brasileira nos anos.

Para compreender melhor a história da educação brasileira, é fundamental entender quem foi Maria Nilde, como funcionavam os Ginásios Vocacionais, porque eles foram considerados subversivos durante a ditadura militar e qual é o legado deixado por essa experiência pedagógica até hoje.

Assim, neste post, você vai conhecer o percurso dessa educadora visionária, entender os princípios que orientavam os GVs, descobrir as práticas pedagógicas que revolucionaram a sala de aula nos anos 1960. Boa leitura.

Quem foi Maria Nilde Mascellani?

Maria Nilde Mascellani (1931 – 1999) foi uma educadora brasileira que dedicou sua carreira à integração entre escola e território, defendendo uma educação voltada para as potencialidades de cada indivíduo.

Além disso, suas práticas pedagógicas inovadoras influenciaram a educação integral no Brasil, com destaque para a criação dos Ginásios Vocacionais (GVs).

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A criação dos Ginásios Vocacionais (GVs):

Em 1961, Mascellani liderou a criação do Serviço de Ensino Vocacional (SEV), também conhecido como Ginásios Vocacionais. Assim, essas escolas públicas ofereciam educação integral para o Ensino Fundamental II (atual 6º ao 9º ano) e tinham um modelo pedagógico revolucionário para a época.

Ao contrário do que o nome sugere, os GVs não eram focados em formação profissional, mas sim no desenvolvimento de cidadãos críticos, criativos e autônomos, capazes de transformar sua realidade.

Metodologia inovadora dos Ginásios Vocacionais:

O currículo dos GVs era baseado no contexto social e histórico dos alunos, com metodologias que incluíam:

  • Aprendizagem significativa — relacionando conteúdo à vida real.
  • Interdisciplinaridade — integração de diferentes áreas do conhecimento.
  • Autonomia dos estudantes — estimulando o pensamento crítico.
  • Ensino por projetos e situações-problema — abordagem prática.
  • Avaliação contínua — sem foco em provas e notas.

Além disso, os alunos começavam estudando seu bairro e cidade e, ao final de quatro anos, ampliavam seu conhecimento para a América Latina e o mundo.

Assista a uma palestra da professora Maria Nilde Mascellani:

As ideias de Mascellani permanecem atuais, inspirando propostas de educação integral, interdisciplinaridade e aprendizagem significativa.

Nesse sentido, sua trajetória reforça a importância de uma escola pública transformadora, conectada com a realidade dos estudantes.

Assista à palestra de Maria Nilde Mascellani sobre os Ginásios Vocacionais:

O fim dos Ginásios Vocacionais e a perseguição na Ditadura:

Com o aprofundamento da ditadura militar, os GVs foram considerados subversivos e extintos em 1969. Maria Nilde Mascellani foi perseguida, torturada e afastada da educação pública.

Apesar disso, seu legado continuou influenciando outras escolas, e ela seguiu defendendo a educação integral por meio de novas iniciativas.

O trabalho posterior e o legado de Maria Nilde Mascellani

Após o fechamento dos GVs, Mascellani fundou a Equipe RENOV, uma assessoria de projetos educacionais e comunitários baseada nos direitos humanos. Em 1974, a organização foi invadida e fechada pela polícia militar.

Além disso, mais tarde, ela se tornou professora de Psicologia Educacional na PUC-SP e, pouco antes de falecer (em 1999), concluiu seu doutorado na Faculdade de Educação da USP.

Metodologia revolucionária

Os Ginásios Vocacionais foram inspirados em modelos europeus, como a Escola de Sèvres, na França, e a Escola Compreensiva Inglesa. Então, essas instituições adotavam a democracia como base da prática pedagógica e tinham como objetivo a formação integral do indivíduo, promovendo sua inserção ativa na sociedade.

Para isso, aplicavam metodologias voltadas à formação de cidadãos conscientes de sua realidade e preparados para transformá-la. Além disso, todo esse processo era guiado por um Projeto Pedagógico fundamentado na noção de Core Curriculum, que orientava as ações de gestores, orientadores e professores.

Assim, esses profissionais, por sua vez, passavam por cursos de formação específicos antes de integrarem a equipe, sendo sensibilizados quanto aos princípios e práticas da proposta educacional.

Currículo Integrado:

  • Baseado no conceito de Core Curriculum.
  • Disciplinas convencionais + práticas inovadoras:
    • Artes Industriais.
    • Educação Musical.
    • Práticas Agrícolas e Comerciais.
    • Educação Doméstica.

Práticas pedagógicas:

  • Estudos do Meio: Pesquisas de campo progressivas (bairro → cidade → estado → país → mundo).
  • Projetos interdisciplinares.
  • Governo Estudantil: Simulação de estruturas democráticas.
  • Avaliação contínua (sem provas tradicionais).

A comunidade como parte do processo:

  • Associação de Pais ativa na gestão escolar.
  • Projetos comunitários (alfabetização de adultos, cinema público).
  • Coral integrando alunos, pais e professores.
  • Mensalidades acessíveis e campanhas comunitárias.

O fim da experiência:

A ditadura militar (1964–1985) encerrou os Ginásios em 1969, alegando:

  • Custos elevados.
  • Caráter “subversivo”.
  • Formação crítica dos alunos.

Legado: Apesar de apenas 8 anos de existência, os GVs influenciaram gerações de educadores e permanecem como referência para políticas de educação integral.

“Os Vocacionais romperam com a divisão social do trabalho pedagógico — professores discutiam política educacional, legislação e excelência educacional” (Daniel Chiozzini)

Como o CRIA pode ajudar no aprendizado?

A plataforma do CRIA é um recurso essencial para otimizar o tempo, melhorar o desempenho dos alunos e facilitar a rotina docente.

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