Aprender a cmo escrever uma redação do gênero carta do leitor é importante para qualquer vestibulando, visto que este pode ser um dos gêneros solicitados pelo exame. Os elementos composicionais desse gênero se assemelham aos de outras cartas, mas existem algumas diferenças fundamentais.
A carta do leitor é um tipo de texto escrito por quem lê e acompanha o dia a dia da vida política-social do país e do mundo. Dessa forma, o enunciador caracteriza-se como um produtor de informações que acompanha os acontecimentos e os fatos.
Essas cartas descrevem um sujeito que se posiciona publicamente em relação a um determinado assunto veiculado na mídia e, portanto, manifesta-se a favor ou contra o tema abordado.
Não obstante, a carta do leitor pode ser enviada a um jornal ou revista. Por isso, o escritor toma consciência de que pode, enquanto cidadão, manifestar seus pontos de vista, opinar e interferir nos acontecimentos do mundo concreto.
Nos vestibulares, a carta do leitor pode ser um gênero textual exigidos dos participantes. Então, pensando nisso, o CRIA elaborou esse conteúdo completo para te guiar no processo de como escrever uma redação do gênero carta do leitor. Boa leitura.
O que é o gênero textual carta do leitor?
A carta do leitor é um tipo de texto usado em jornais, revistas e outros meios de comunicação para permitir que os leitores deixem comentários, críticas, sugestões ou opiniões sobre um conteúdo já publicado.
Assim, as cartas enviadas pelos leitores geralmente oferecem opiniões ou esclarecimentos sobre artigos, reportagens, editoriais ou temas discutidos na publicação.
Entretanto, é comum que as cartas não possuam a mesma natureza, visto que circulam em diferentes áreas de comunicação com diferentes funções, a depender de dos seus objetivos.
Em outras palavras, existem diversos tipos e formatos de cartas, como cartas de resposta, cartas pessoais, cartas de programa, cartas circulares, cartas de negócios, cartas de trabalho, etc.
Portanto, a carta do leitor é considerada um subgênero do gênero maior “carta”, porque todas as cartas têm o objetivo de levar um fato a alguém. Elas são, no entanto, diferentes em termos de intenções e formas de fazê-lo.
Mais informações sobre a carta do leitor:
O gênero “cartas do leitor” é uma espécie de subgênero carta. Isso ocorre porque todas as cartas têm estruturas básicas, mas variam em forma, objetivo, intenção e propósito (carta pedido, carta resposta, carta pessoal, carta ao leitor…)
As cartas escritas pelo leitor diferem das cartas comuns porque abordam diretamente o assunto em questão e são curtas. Além disso, não incluem saudações ou despedidas comuns, como “prezado senhor, querido amigo” ou “um grande abraço”.
O propósito comunicativo de uma revista ou jornal pode ser diferente. Como os temas variam, as abordagens também são passíveis de variações. Ademais, cada um tem uma audiência específica.
Então, estes fatores influenciam os leitores frente às reportagens, notícias, em outras pedem conselhos, orientações, sobre assuntos relacionados à adolescência: gravidez e relacionamentos pessoais.
Outro ponto relevante é que os objetivos dos jornais ou revistas devem ser considerados no momento de produção da carta. Ou seja, escrever para uma revista informativa como a Veja não é o mesmo que escrever para a revista Capricho.
Isso é importante na hora de observar a proposta da redação vestibular, já que, de modo, os exames trazem temas mais sérios e que exigem maior formalidade. Então, confira mais informações abaixo sobre como escrever uma redação do gênero carta do leitor.
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Qual a estrutura da carta do leitor?
Para entender como escrever uma redação do gênero carta do leitor carta do leitor é preciso saber que ela pode ser solicitada ocasionalmente como uma opção de redação, apesar de ser menos comum em vestibulares em comparação aos outros gêneros textuais.
Desse modo, os candidatos podem ser desafiados a dar suas opiniões, comentários ou críticas sobre tema, ou questões sociais atuais.
Assim, confira a estrutura da carta do leitor:
Cabeçalho:
- Local e data (sem abreviações);
- Vocativo (ao editor, ao senhor).
Introdução:
Identifique com clareza o público-alvo ao qual a carta se destina e o tema tratado ao longo do texto. Então, podemos dizer que a introdução possui os seguintes elementos:
- Apresentação do leitor;
- Publicação que motivou a carta;
- Tema (texto de apoio do comando);
- Apresentação do objetivo da carta.
Desenvolvimento:
- Apresentação do papel social secundário;
- Desenvolvimento detalhado do objetivo;
- Justificativa/descrição;
- Finalização do desenvolvimento.
Observação: o papel social secundário ajuda a construir o desenvolvimento. Assim, crie uma experiência que comprove quem é o leitor. Geralmente, o papel social é indicado no comando da proposta de redação.
Conclusão:
Finalize a carta de maneira construtiva, com a inclusão de propostas de solução, sugestões ou reflexões adicionais sobre o tema. Desse modo, podemos dizer que a estrutura da conclusão segue:
- Sugestão de solução;
- Sugestão para novas publicações (não obrigatório);
- Agradecimentos.
Despedida:
- Despedida;
- Assinatura
Observação: jamais assine com o seu próprio nome. Para assinar a carta, utilize o nome indicado pela proposta de redação. Caso não haja nenhuma informação, não assine.
Como escrever uma redação do gênero carta do leitor?
Há 3 elementos principais que moldam a linguagem da carta para o leitor:
- Intenção do texto – protestar, criticar positiva ou negativamente, brincar ou apenas “impressionar” os leitores;
- Perfil do autor – incluindo seus gostos, idade, nível cultural, etc;
- P erfil do jornal ou revista – incluindo quem é o público leitor, quais são os assuntos publicados, o grau.
Assim, o leitor deve se dirigir ao jornalista que escreveu a carta quando ela diz respeito a uma matéria assinada. Por outro lado, o leitor deve se dirigir ao editor, representante legal da revista ou jornal se a carta mencionar uma matéria ou jornal não assinado.
Características da carta do leitor
- Expressa a opinião do leitor sobre textos publicados em jornal ou revista;
- Tem intencionalidade persuasiva;
- Tem estrutura semelhante à da carta pessoal: data, vocativo, corpo do texto (assunto), expressão cordial de despedida e assinatura;
- Linguagem de acordo com o perfil do autor, da revista ou jornal a que se destina, predominando o padrão culto formal;
- Menor ou maior pessoalidade, de acordo com a intenção do autor;
Dicas para montar a sua carta do leitor
- Situe o leitor do seu texto (referência ao artigo, dando título, autor e edição ou data do órgão divulgador)
- Dirija-se a interlocutor fixo (diretor da revista, leitor em especial), conforme indicação no enunciado.
- Faça-o no início ( Prezado senhor: , Senhor diretor:)
- Exponha sua opinião ou posição sobre o assunto de forma sucinta.
- Apresente razões, argumentos, sugestões.
- Encerre reforçando a sua posição ou sugerindo algo.
- Mantenha postura equilibrada e firme.
Quais os objetivos da carta do leitor?
Segundo Regina Demeterko Stadykoski, as cartas do leitor atendem a vários propósitos comunicativos, incluindo elogiar, criticar, opinar, reclamar, retificar, comunicar, agradecer e solicitar.
Então, confira os exemplos a seguir extraídos da revista Veja de 2008:
Elogiar:
A reportagem especial “A vida com instruções” (09 de janeiro) foi um presente para todos que buscam entender a arte da convivência e superar os desafios para iniciar 2008 de bem com a vida.
Hugo Lins Coelho
Criticar:
Gostaria de deixar registrada a minha indignação com a postura do governo Lula de mais uma vez aumentar os impostos, sendo que, com a maior cara-de-pau, disse que não iria fazê-lo, mas, sim, diminuiria os gastos públicos. (“Pacote de maldades” 9 de janeiro”)
Alexandre Cavalcanti
São Paulo-SP
Opinar:
Concordo plenamente com Gustavo Ioschpe e cumprimento pela oportunidade e clareza com que trouxe à baila um assunto que sido omitido nos debates educacionais. O fato de os sindicatos terem como primeiríssimo objetivo defender os interesses salariais dos professores contradiz tudo aquilo que o Brasil mais necessita na área educacional: professores competentes e motivados a ensinar aos alunos os conteúdos que eles precisam aprender e ajudá-los a se organizar para o estudo, tudo isso em ambiente prazeroso, fruto do bom diálogo entre professor e aluno.
Ignez Martins Tolli
Retificar:
Leio toda semana a coluna de Millôr, que considero um ótimo escritor. Mas na desta semana (“As maravilhosas maravilhas da natureza”, 16 de janeiro) percebi um equívoco. Ele se refere às Sete Quedas do Iguaçu, porém elas não existem mais, sumiram com a instalação de Itaipu. O ponto turístico que hoje pode ser visitado se chama Cataratas do Iguaçu.
Leticia Corioletti
Comunicar:
Em complementação ao quadro “Por que as latas de óleo sumiram” (Veja essa, 16 de janeiro), destaca-se o fato de que a substituição da lata de metálica pela embalagem plástica para o acondicionamento de óleo alimentício decorreu da preferência do consumidor brasileiro. Além de resistente e transparente, a embalagem PET é escolhida pela dona-de-casa por ser prática e higiênica, contando com a tampa e bico e dosador da quantidade. A maioria dos fabricantes de óleo combustível garante o mesmo prazo de validade para o produto acondicionado em ambas as embalagens, e muitos não utilizam conservantes.
Carlo Lovatelli
Agradecer:
Há cerca de três anos fui a uma dermatologista e, entre outras coisas, ela me disse que o sol só servia para dar câncer , que nem brancos nem negros deveriam se expor a ele, jamais! Que esse negócio de absorção de vitamina D é uma bobagem etc. Eu saí da sala dessa médica totalmente chocada e arrasada, principalmente porque sou apaixonada pelo sol. Portanto, foi com muita alegria que li a reportagem. Os estudos só vieram confirmar o que já sentia na própria pele: o sol me faz muito bem do que mal. Agora, sim, vou poder tomar o meu solzinho com 90% de proteção e 0% de paranóia. E viva o sol, viva o verão, viva o calor!
Adriana Domingues
Solicitar:
Roberto Civita se expressou com maestria sobre 2007. Cabe à classe dominante seguir ao menos 50% desse formidável escrito , e melhorará muito o nosso país. Que seja respeitada a opinião pública de forma contínua e que nossos políticos honrem seus cargos e assumam suas personalidades em prol da sociedade.
Diógenes Pereira da Silva
Exemplo do gênero textual carta do leitor
Esse tipo de texto no exame visa avaliar a capacidade dos candidatos de escrever um texto em uma situação específica com um interlocutor fixo.
Assim, os recursos linguísticos usados devem corresponder ao texto básico que serve para iniciar a conversa. Nesse sentido, de forma semelhante, a perspectiva pessoal do candidato sobre o assunto descrito no texto deve ser incluída.
Como a opinião pessoal do candidato deve estar presente, o uso da primeira pessoa é viável. Alguns vestibulares evitam as formalidades estéticas comuns às cartas, como local, data, invocação, despedida e assinatura, devido ao número limitado de linhas. Como resultado, fique atento ao comando do enunciado.
Assim, confira um exemplo abaixo de carta do leitor:
Exemplo de carta do leitor:
Rondonópolis, 30 de abril de 2007
Senhor diretor,
Todos sabemos da importância dos pais na formação dos filhos, mas o relato tecido pelo leitor Antônio Suarez Abreu (edição nº 1352) me fez questionar sobre o papel dos pais no momento da escolha da profissão: “até que ponto a influência dos pais pode ser benéfica?”
No caso do comentário, específico de professores, acredito que os pais estejam em seu direito de querer privar os filhos dos constrangimentos do ofício do ensino. Mas será que os pais sempre estão certos quando, tentando proteger o filho, interferem na sua escolha profissional?
Na minha opinião, os pais podem sugerir, mas não impor. Até porque a escolha da profissão tem relação direta com vocação, e vocação é um chamado que vem de dentro de cada um. Uma coisa é orientar os filhos, e outra, é desviar esta ou aquela profissão de sua trajetória na vida. Uma influência nesse sentido pode, mais tarde, gerar uma frustração para o resto da vida.
Atenciosamente,
Renan Burtet
Aprimore sua escrita com o CRIA
Aprender a como escrever uma redação do gênero carta do leitor é fundamental para qualquer vestibulando. Se você ainda estiver se sentindo perdido, o CRIA pode te ajudar. Mas o que é o CRIA?
Projetado para ser um corretor de redações baseado em inteligência artificial e processamento de linguagem natural, o CRIA é uma ferramenta útil e simples de utilizar.
Assim, ele utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Através do modelo, o CRIA realiza a correção das redações seguindo os parâmetros gerais cobrados por diversos vestibulares.
Quais são as funcionalidades do CRIA?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
Qual o passo a passo para utilizar o CRIA?
Após escolher o plano, seu acesso à plataforma será liberado. Então, você pode escolher um tema disponível no site ou enviar outro tema desejado.
Em seguida, escreva o texto na área indica e submeta para correção. Em até 2 minutos sua redação do ENEM estará corrigida conforme as 5 competências do ENEM.
Por fim, após realizar as correções indicadas, atualize a análise para obter um novo resultado.
Acompanhe seu progresso
Após enviar as redações, é possível acessar outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA: o gráfico com histórico de pontuação.
Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira clara as competências que precisam de mais atenção.
A quem o CRIA se destina?
- Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
- Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.
Vamos começar? Então acesse aqui.
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