Como é a redação do ENEM?

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A prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, é uma das maiores preocupações dos alunos do terceirão. Depois da tomada de decisão, vem a dúvida: “Como é a redação do ENEM?” Então, conhecer a estrutura e dominar as competências necessárias é essencial.

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma parte fundamental da prova, sendo avaliada em cinco competências. A proposta de redação é apresentada no Caderno de Questões e está relacionada a um tema de relevância social, cultural ou política.

Assim, exigindo dos candidatos habilidades específicas de argumentação, análise crítica e expressão escrita. Este componente avaliativo, compreendido como uma oportunidade para os participantes demonstrarem não apenas domínio da língua portuguesa.

Além disso, apresentar uma visão reflexiva sobre questões sociais relevantes, é estrategicamente elaborado para avaliar diversas competências, isto é, pelas cinco competências do ENEM.

Confira agora o artigo completo que o CRIA preparou para você sobre como é a redação do ENEM.

Como é a redação do ENEM?
Saiba tudo sobre como é a redação do ENEM. Fonte: Canva

O que é o ENEM?

Uma série de políticas públicas que vem implementando avaliações seletivas e diagnósticas de larga escala, como Provinha Brasil, Prova Brasil e ENEM, são responsáveis pela configuração atual da educação básica no Brasil.

Criado em 1998, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no Plano Nacional da Educação e nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Desse modo, seu objetivo principal, conforme determina a Portaria Ministerial n.º 438, de 28 de maio de 1998:

“avaliar as competências e as habilidades desenvolvidas pelos examinandos ao longo do ensino fundamental e médio, imprescindíveis à vida acadêmica, ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania, tendo como base a matriz de competências especialmente definida para o exame”

Além disso, passando por reformulações em 2009 (o Novo ENEM), atualmente o exame é polivalente, pois perdeu sua característica inicial de avaliação do ensino médio com vistas a subsidiar políticas públicas e funciona como:

1. Inscrição em universidades públicas com o SiSU

O Sistema de Seleção Unificada, também conhecido como SiSU, é um sistema informatizado administrado pelo governo federal do Brasil. Assim, ele facilita o ingresso em instituições de ensino superior públicas, como universidades e institutos federais.

2. Financiamento estudantil com o FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil, também conhecido como FIES, é um programa do governo federal do Brasil. Então, ele oferece financiamento para estudantes que desejam cursar o ensino superior em instituições de ensino privadas.

3. Bolsas de estudos em universidade privadas por meio do ProUni

O Programa Universidade para Todos, mais conhecido como ProUni, é um programa do governo federal do Brasil que visa facilitar o acesso de alunos de famílias de baixa renda a instituições de ensino superior privadas.

4. Estudar no exterior

Aqueles que desejam buscar uma educação superior em outro país podem estudar fora do Brasil com uma nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). No entanto, o processo requer pesquisa e planejamento cuidadosos.

Países como França, Irlanda, Estados Unidos e Reino Unido são alguns dos países que aceitam a nota do exame. Entretanto, existem alguns requisitos, como Ensino Médio, passaporte e teste de proficiência em inglês.

5. Estudar em Portugal

Cada vez mais estudantes brasileiros que buscam uma educação superior internacional estão interessados em estudar em Portugal com uma nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

Assim, a possibilidade de usar os resultados do ENEM como critério de admissão em universidades portuguesas facilitou o acesso a instituições educacionais de primeira linha em todo o continente europeu.

O ENEM Portugal é um acordo entre as universidades portuguesas e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Esse acordo prevê uma facilitação na entrada de brasileiros sem cidadania europeia a adentrar nas universidades do país.

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Como é a redação do ENEM?

Em primeiro lugar, é imperativo que o candidato apresente uma compreensão sólida da norma culta da língua portuguesa. Nesse sentido, a capacidade de expressar-se dentro dos limites da formalidade linguística, empregando corretamente gramática, ortografia e pontuação, é uma competência essencial avaliada pela banca examinadora.

Dessa forma, a redação do ENEM busca não apenas medir a habilidade do candidato em comunicar-se, mas também a sua destreza no uso apropriado dos recursos linguísticos.

Além disso, o participante é desafiado a analisar criticamente um tema de relevância social, cultural ou política, desenvolvendo uma tese consistente e apoiando-a com argumentos sólidos.

Aqui, entra em jogo a habilidade de selecionar, relacionar e organizar informações provenientes de diferentes fontes, construindo uma linha de raciocínio que seja lógica e coerente. O entendimento claro da proposta da redação e a capacidade de elaborar uma resposta que vá além da superficialidade são elementos essenciais nesse processo.

Então, a redação do ENEM também demanda do candidato a aptidão para apresentar propostas de intervenção, quando solicitado. Essas propostas devem respeitar os direitos humanos e oferecer soluções práticas e éticas para os problemas abordados no texto.

Assim, essa competência busca avaliar não apenas a crítica e a análise, mas também a habilidade do candidato em pensar em termos de ações concretas que possam contribuir para a melhoria da situação apresentada no tema.

Em síntese, a redação do ENEM não é apenas um teste de habilidades linguísticas; é um convite para que os candidatos demonstrem sua capacidade de reflexão crítica, sua consciência social e sua habilidade de articular ideias de maneira clara e persuasiva.

Textos motivadores e proposta de redação

Na hora da prova, analise os textos motivadores e a proposta de redação com muita atenção. Entender o tema nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais adicionando o fator ansiedade. É importante enfatizar que o ENEM é conhecido por trabalhar com temas relevantes e atuais.

Para compreender melhor, veja a proposta de redação do ENEM de 2022.

como é a redação do ENEM
Como é a redação do ENEM? Fonte: Reprodução INEP

De início, a primeira visão é das instruções para redação. Em suma, são orientações gerais para o candidato de primeira viagem não se perder com tantas informações. A seguir, existem as informações básicas sobre o que anulam a redação.

Importante ressaltar que o candidato precisa escrever pelo menos 7 linhas para não zerar na prova. Entretanto, o ideal é que escreva entre 25 a 30 linhas, sendo este o seu máximo.

Então, pensando que há pelo menos 4 parágrafos, é importante organizar, de maneira balanceada, a quantidade de linhas para cada um dos parágrafos.

Mais adiante, após as orientações, há os textos motivadores com informações sobre o tema. Após eles, encontra-se a proposta de redação em si. Nesse momento, há diversas informações essenciais que o ENEM solicita do candidato:

  1. Gênero textual: texto dissertativo-argumentativo.
  2. Modalidade de escrita: escrita formal da Língua Portuguesa.
  3. Tema: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
  4. Proposta de intervenção e respeito aos Direitos Humanos.
  5. Defesa do ponto de vista: com argumentos coerentes e com linguagem coesa.

Afinal, como é a estrutura da redação do ENEM?

A redação do ENEM possui um padrão de gênero textual. Por isso, não é necessário estudar outras estruturas além da Dissertação Argumentativa.

É importante que, ao iniciar a redação em si, o candidato faça um projeto de texto e se planeje. Desse modo, identificar quais pontos serão tocados durante o texto e qual a tese defendida é essencial. Nesse tipo de texto argumentativo, espera-se que haja uma defesa de opinião que fuja do senso comum.

Além de conhecer aspectos gramaticais como ortografia, o candidato deve mostrar conhecimento de mundo, pensamento crítico e fugir de achismos. Assim, sua opinião deve ser baseada em dados científicos, leis, pensadores da atualidade – ou seja, ter repertório sociocultural.

Introdução

Na introdução, é importante que tenha três períodos ou três frases que abordem: a contextualização, a defesa da tese e retomada de tema, nesta ordem. A contextualização pode ser feita por diversos mecanismos que você pode compreender melhor aqui: Como escrever a introdução do ENEM?

Vale ressaltar que a retomada do tema, nem que brevemente, garante que o corretor não zere a redação por fuga. Pode até parecer repetitivo, mas inferir que o leitor já tenha conhecimento prévio do assunto é um erro muito grave.

Desenvolvimento

Na fórmula mais tradicional da estrutura, os argumentos serão dispostos em dois parágrafos de desenvolvimento.

O primeiro período, ou melhor, o tópico frasal do primeiro parágrafo do desenvolvimento precisa ser uma afirmação acerca do tema. Em seguida, precisa ser explicada e, por fim, exemplificada.

Essa sequência deve ser repetida nos dois parágrafos de desenvolvimento. Isso garante que seu texto tenha uma base robusta de argumentação, explicação e exemplificação.

Conclusão

A conclusão é o fechamento de todas as ideias apresentadas ao longo da redação. O diferencial do ENEM é ter como ponto principal da conclusão a proposta de intervenção. Assim como dito anteriormente, a retomada do tema faz parte de todo o texto. Então, não seria diferente na conclusão.

Após identificar os desafios trazidos pela frase-tema e elencado nos desenvolvimentos a solução, agora arremate tudo. Como fazer isso? Propondo uma solução e quais agentes serão responsáveis por ela.

Quais são os critérios de correção da redação ENEM

Todo a prova do ENEM é pensada nas competências que os alunos precisam ter para alcançar uma boa nota. Confira as 5 competências que os candidatos precisam apresentar:

  1. Domínio da norma padrão da língua escrita;
  2. Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento do tema nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
  3. Capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação;
  5. Elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

Cada uma dessas competências podem variar de 0 a 200 pontos. Ou seja, apresentando todas elas, a nota 1000 é garantida. Além das competências, o candidato deve ficar atento para a cartilha de redação disponibilizada pelo INEP.

Exemplo de redação nota mil

Em 2018, a redação do Enem teve como tema a “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Assim, confira a redação da aluna NATÁLIA CRISTINA PATRÍCIO DA SILVA, disponbilizada pelo Ministério da Educação (MEC).

Introdução:

A utilização dos meios de comunicação para manipular comportamentos não é recente no Brasil: ainda em 1937, Getúlio Vargas apropriou-se da divulgação de uma falsa ameaça comunista para legitimar a implantação de um governo ditatorial. Entretanto, os atuais mecanismos de controle de dados, proporcionados pela internet, revolucionaram de maneira negativa essa prática, uma vez que conferiram aos usuários uma sensação ilusória de acesso à informação, prejudicando a construção da autonomia intelectual e, por isso, demandam intervenções. Ademais, é imperioso ressaltar os principais impactos da manipulação, com destaque à influência nos hábitos de consumo e nas convicções pessoais dos usuários.

Desenvolvimento 1:

Nesse contexto, as plataformas digitais, associadas aos algoritmos de filtragem de dados, proporcionaram um terreno fértil para a evolução dos anúncios publicitários. Isso ocorre porque, ao selecionar os interesses de consumo do internauta, baseado em publicações feitas por este, o sistema reorganiza as informações que chegam até ele, de modo a priorizar os anúncios complacentes ao gosto do usuário. Nesse viés, há uma pretensa sensação de liberdade de escolha, teorizada pela Escola de Frankfurt, já que todos os dados adquiridos estão sujeitos à coerção econômica. Dessa forma, há um bombardeio de propagandas que influenciam os hábitos de consumo de quem é atingido, visto que, na maioria das vezes, resultam na aquisição do produto anunciado.

Desenvolvimento 2:

Somado a isso, tendo em vista a capacidade dos algoritmos de selecionar o que vai ou não ser lido, estes podem ser usados para moldar interesses pessoais dos leitores, a fim de alcançar objetivos políticos e/ou econômicos. Nesse cenário, a divulgação de notícias falsas é utilizada como artifício para dispersar ideologias, contaminando o espaço de autonomia previsto pelo sociólogo Manuel Castells, o qual caracteriza a internet como ambiente importante para a amplitude da democracia, devido ao seu caráter informativo e deliberativo. Desse modo, o controle de dados torna-se nocivo ao desenvolvimento da consciência crítica dos usuários, bem como à possibilidade de uso da internet como instrumento de politização.

Conclusão:

Evidencia-se, portanto, que a manipulação advinda do controle de dados na internet é um obstáculo para a consolidação de uma educação libertadora. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Educação investir em educação digital nas escolas, por meio da inclusão de disciplinas facultativas, as quais orientarão aos alunos sobre as informações pessoais publicadas na internet, a fim de mitigar a influência exercida pelos algoritmos e, consequentemente, fomentar o uso mais consciente das plataformas digitais. Além disso, é necessário que o Ministério da Justiça, em parceria com empresas de tecnologia, crie canais de denúncia de “fake news”, mediante a implementação de indicadores de confiabilidade nas noticias veiculadas – como o projeto “The Trust Project” nos Estados Unidos – com o intuito de minimizar o compartilhamento de informações falsas e o impacto destas na sociedade. Feito isso, a sociedade brasileira poderá se proteger contra a manipulação e a desinformação.

O que zera a redação do ENEM?

A cartilha de redação do ENEM é um manual essencial para todos os candidatos. Nela, é possível ter acesso às 5 competências que se espera que o candidato apresente na redação. Além disso, apresenta as razões pela qual a redação pode ser zerada.

Conheça as razões elencadas pelo ENEM que podem zerar uma redação:

  • Fuga total ao tema;
  • Não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;
  • Extensão de até 7 (sete) linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão
    de até 10 (dez) linhas escritas no sistema Braille;
  • Cópia de texto(s) da Prova de Redação e/ou do Caderno de Questões sem que haja pelo
    menos 8 linhas de produção própria do participante;
  • Desenhos e outras formas propositais de anulação, em qualquer parte da folha de
    redação (incluindo os números das linhas na margem esquerda);
  • Números ou sinais gráficos sem função evidente em qualquer parte do texto ou da folha
    de redação (incluindo os números das linhas na margem esquerda);
  • Parte deliberadamente desconectada do tema proposto;
  • Impropérios e outros termos ofensivos, ainda que façam parte do projeto de texto;
  • Assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente
    designado para a assinatura do participante;
  • Texto predominante ou integralmente escrito em língua estrangeira;
  • Folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho;
  • Texto ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes.

Aprimore sua escrita com o CRIA

Projetado para ser um corretor de redações baseado em inteligência artificial e processamento de linguagem natural, o CRIA é uma ferramenta útil e simples de utilizar.

Assim, ele utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Através do modelo, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Quais são as funcionalidades do CRIA?

  • Análise instantânea da redação;
  • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
  • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
  • Traz correções detalhadas por competência;
  • Histórico de progresso;
  • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
  • Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
O CRIA, uma ferramenta de correção de redações com inteligência artificial, te ajuda a praticar para o ENEM — Vídeo: Reprodução.

Qual o passo a passo para utilizar o CRIA?

Após escolher o plano, seu acesso à plataforma será liberado. Então, você pode escolher um tema disponível no site ou enviar outro tema desejado.

Em seguida, escreva o texto na área indica e submeta para correção. Em até 2 minutos sua redação do ENEM estará corrigida conforme as 5 competências do ENEM.

Por fim, após realizar as correções indicadas, atualize a análise para obter um novo resultado.

inteligencia artificial para corrigir redacao
CRIA: corretor de redação por inteligência artificial — Foto: CRIA.

Acompanhe seu progresso

Após enviar as redações, é possível acessar outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA: o gráfico com histórico de pontuação.

Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira clara as competências que precisam de mais atenção.

grafico de correcao de redacao interativo
Gráfico de correção de redação interativo — Fonte: CRIA.

A quem o CRIA se destina?

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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