Como é a redação do ENEM?

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A redação do ENEM é um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas, que exige a defesa de um ponto de vista sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. É avaliada por cinco competências, que incluem domínio da língua portuguesa e apresentação da proposta de intervenção.

Uma mulher jovem, vestindo uma camisa rosa, está sentada à mesa e escreve em um caderno com uma caneta. Há um notebook e uma xícara na mesa, e o fundo da imagem, que está desfocado, parece ser o interior de uma casa.

A Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é a etapa mais aguardada e temida do exame. Assim, com valor máximo de 1000 pontos, ela é decisiva para a sua nota final e pode ser a porta de entrada para a universidade dos seus sonhos. Mas afinal, como é a redação do ENEM? O que os avaliadores esperam de você?

Então, neste guia completo, vamos desmistificar o processo e te mostrar a estrutura, os critérios de correção e, o mais importante, como você pode se preparar para mandar bem.

A Estrutura da Redação do ENEM:

A redação do ENEM tem um formato único: o texto dissertativo-argumentativo. Nesse sentido, isso significa que você deve defender um ponto de vista sobre o tema proposto, usando argumentos e fatos para sustentar sua tese.

Então, confira a estrutura ideal da redação do ENEM:

  • Introdução: apresente o tema e sua tese (seu ponto de vista). O ideal é contextualizar o assunto e mostrar o que você irá defender nos parágrafos seguintes.
  • Desenvolvimento (2 a 3 parágrafos): desenvolva seus argumentos. Cada parágrafo deve explorar uma ideia ou um argumento diferente, com exemplos e informações que comprovem seu ponto de vista.
  • Conclusão: apresente uma proposta de intervenção social. A conclusão deve retomar a tese e propor uma solução viável e concreta para o problema discutido, além disso, respeitando os direitos humanos.

Os 5 Critérios de Avaliação:

A redação do ENEM não é corrigida de forma subjetiva. Assim, os avaliadores usam cinco competências, cada uma valendo até 200 pontos, para chegar à nota final.

Competência 1: Domínio da Escrita Formal

O que é avaliado? Sua capacidade de escrever de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. Erros de gramática, ortografia, pontuação e concordância podem reduzir sua nota aqui.

  • Dica: Revise seu texto com atenção. Então, fazer rascunhos é uma ótima forma de evitar erros.

Competência 2: Compreensão do Tema e Estrutura

O que é avaliado? Sua capacidade de entender o tema e de usar a estrutura dissertativo-argumentativa. Nesse sentido, é nesta competência que a fuga total ao tema ou a escrita de outro tipo de texto resulta em nota zero.

  • Dica: Leia o tema e os textos motivadores com calma. Destaque as palavras-chave e faça um rascunho do seu plano de texto.

Competência 3: Seleção e Organização de Ideias

O que é avaliado? Sua capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender seu ponto de vista. Desse modo, a coerência entre as ideias é fundamental.

  • Dica: Organize os argumentos antes de escrever. Crie um roteiro do que será abordado em cada parágrafo de desenvolvimento.

Competência 4: Uso de Recursos Coesivos

O que é avaliado? Sua capacidade de usar conectivos e outros recursos linguísticos para dar fluidez e coesão ao seu texto. Palavras como “portanto”, “além disso” e “contudo” são essenciais.

  • Dica: Varie os conectivos. Evite usar os mesmos termos no início de todos os parágrafos.

Competência 5: Elaboração da Proposta de Intervenção

O que é avaliado? Sua capacidade de propor uma solução para o problema abordado no tema. Assim, a proposta deve ser detalhada, com cinco elementos obrigatórios: o que fazer, quem faz, como faz, finalidade e detalhamento.

  • Dica: Seja prático e realista. A proposta precisa ser viável e estar de acordo com os direitos humanos.

Quais são os critérios de correção da redação ENEM?

Todo a prova do ENEM é pensada nas competências que os alunos precisam ter para alcançar uma boa nota. Então, confira as 5 competências que os candidatos precisam apresentar:

  1. Domínio da norma padrão da língua escrita;
  2. Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento do tema nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
  3. Capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação;
  5. Elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

Cada uma dessas competências podem variar de 0 a 200 pontos. Ou seja, apresentando todas elas, a nota 1000 é garantida. Além das competências, o candidato deve ficar atento para a cartilha de redação disponibilizada pelo INEP.

Exemplo de redação nota mil:

Em 2018, a redação do Enem teve como tema a “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Assim, confira a redação da aluna NATÁLIA CRISTINA PATRÍCIO DA SILVA, disponibilizada pelo Ministério da Educação (MEC).

Introdução:

A utilização dos meios de comunicação para manipular comportamentos não é recente no Brasil: ainda em 1937, Getúlio Vargas apropriou-se da divulgação de uma falsa ameaça comunista para legitimar a implantação de um governo ditatorial. Entretanto, os atuais mecanismos de controle de dados, proporcionados pela internet, revolucionaram de maneira negativa essa prática, uma vez que conferiram aos usuários uma sensação ilusória de acesso à informação, prejudicando a construção da autonomia intelectual e, por isso, demandam intervenções. Ademais, é imperioso ressaltar os principais impactos da manipulação, com destaque à influência nos hábitos de consumo e nas convicções pessoais dos usuários.

Desenvolvimento 1:

Nesse contexto, as plataformas digitais, associadas aos algoritmos de filtragem de dados, proporcionaram um terreno fértil para a evolução dos anúncios publicitários. Isso ocorre porque, ao selecionar os interesses de consumo do internauta, baseado em publicações feitas por este, o sistema reorganiza as informações que chegam até ele, de modo a priorizar os anúncios complacentes ao gosto do usuário. Nesse viés, há uma pretensa sensação de liberdade de escolha, teorizada pela Escola de Frankfurt, já que todos os dados adquiridos estão sujeitos à coerção econômica. Dessa forma, há um bombardeio de propagandas que influenciam os hábitos de consumo de quem é atingido, visto que, na maioria das vezes, resultam na aquisição do produto anunciado.

Desenvolvimento 2:

Somado a isso, tendo em vista a capacidade dos algoritmos de selecionar o que vai ou não ser lido, estes podem ser usados para moldar interesses pessoais dos leitores, a fim de alcançar objetivos políticos e/ou econômicos. Nesse cenário, a divulgação de notícias falsas é utilizada como artifício para dispersar ideologias, contaminando o espaço de autonomia previsto pelo sociólogo Manuel Castells, o qual caracteriza a internet como ambiente importante para a amplitude da democracia, devido ao seu caráter informativo e deliberativo. Desse modo, o controle de dados torna-se nocivo ao desenvolvimento da consciência crítica dos usuários, bem como à possibilidade de uso da internet como instrumento de politização.

Conclusão:

Evidencia-se, portanto, que a manipulação advinda do controle de dados na internet é um obstáculo para a consolidação de uma educação libertadora. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Educação investir em educação digital nas escolas, por meio da inclusão de disciplinas facultativas, as quais orientarão aos alunos sobre as informações pessoais publicadas na internet, a fim de mitigar a influência exercida pelos algoritmos e, consequentemente, fomentar o uso mais consciente das plataformas digitais. Além disso, é necessário que o Ministério da Justiça, em parceria com empresas de tecnologia, crie canais de denúncia de “fake news”, mediante a implementação de indicadores de confiabilidade nas noticias veiculadas – como o projeto “The Trust Project” nos Estados Unidos – com o intuito de minimizar o compartilhamento de informações falsas e o impacto destas na sociedade. Feito isso, a sociedade brasileira poderá se proteger contra a manipulação e a desinformação.

A redação do ENEM é prática e estratégia:

Entender como é a redação do ENEM é o primeiro passo para o sucesso. Ao conhecer a estrutura, os critérios de avaliação e as melhores práticas, você transforma o medo em confiança. Lembre-se que a redação é uma questão de prática e estratégia. Comece a se preparar hoje mesmo e garanta sua vaga na universidade.

Como se preparar para qualquer redação com o CRIA?

Agora que você já sabe mais sobre o como é a redação do ENEM, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?

O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Mas o que o CRIA faz por você?

  • Análise instantânea da redação;
  • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
  • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
  • Traz correções detalhadas por competência;
  • Histórico de progresso;
  • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
  • Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.

Vamos começar? Então acesse aqui.

Perguntas frequentes:

1. Quantas linhas tem a redação do ENEM?

A redação do ENEM deve ter no mínimo 8 e no máximo 30 linhas. Textos com menos de 8 linhas são anulados.

2. O uso de caneta de outra cor pode zerar minha redação?

Sim. A redação deve ser escrita obrigatoriamente com caneta esferográfica de tinta preta e corpo transparente.

3. O ENEM cobra um repertório cultural específico?

Não. O ENEM avalia sua capacidade de usar qualquer repertório sociocultural (livros, filmes, músicas, dados, etc.) para sustentar sua argumentação, desde que seja relevante para o tema.

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