A sequência didática com fábulas para o 5º ano é uma estratégia para desenvolver a interpretação de texto, a reflexão crítica e a produção escrita. Segundo a BNCC, o trabalho com fábulas faz parte do Campo artístico-literário, que prevê a leitura e produção de textos literários e artístico.
No ensino de língua portuguesa, as fábulas são um dos gêneros mais ricos para trabalhar com os alunos. Elas não só desenvolvem habilidades de leitura, escrita e interpretação, mas também são ótimas para ensinar lições de vida importantes.
Se você é professor e está buscando uma maneira envolvente de ensinar fábulas para seus alunos do 5º ano, essa sequência didática elaborada pelo CRIA é o que você precisa.
O que é uma sequência didática?
A ideia central dessa sequência didática é proporcionar aos alunos uma experiência completa com as fábulas, indo além da simples leitura. A proposta envolve atividades de dramatização, reescrita, ilustração e até produção de novas fábulas.
Além disso, vamos descomplicar os conceitos, focando no desenvolvimento das habilidades dos alunos de maneira prática e criativa.
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Por que ensinar fábulas no 5º ano?
As fábulas são narrativas curtas, geralmente protagonizadas por animais com características humanas, como esperteza, preguiça e generosidade.
O principal objetivo das fábulas é transmitir uma lição ou moral ao final da história. Para os alunos do 5º ano, esse gênero literário é ideal porque combina elementos lúdicos com reflexões sobre o comportamento em sociedade — contribuindo para o desenvolvimento moral e cognitivo.
Características das fábulas:
Antes de iniciar a sequência didática, é importante apresentar aos alunos as principais características das fábulas:
- ✅ Uso de animais com características humanas (personificação).
- ✅ Narração simples e direta.
- ✅ Presença de um conflito e uma resolução clara.
- ✅ Final com um ensinamento ou moral.
- ✅ Possibilidade de diferentes versões da mesma história devido à tradição oral.
Sequência didática com fábulas para 5º ano
As fábulas são uma ferramenta poderosa para o ensino de valores, interpretação de texto e produção textual. Além de trabalharem habilidades de leitura e compreensão, elas permitem reflexões sobre comportamentos sociais e consequências das nossas ações.
1. Introdução ao gênero fábula:
Comece a sequência apresentando as características das fábulas. Explique que, geralmente, as fábulas envolvem animais que agem como seres humanos e transmitem uma moral no final.
Além disso, fale um pouco sobre Esopo, o famoso fabulista grego, e mencione que muitos autores, como Monteiro Lobato, adaptaram suas histórias para o público infantil brasileiro.
2. Conhecendo o autor: Monteiro Lobato
Ao longo da sequência, reserve um momento para apresentar aos alunos a biografia de Monteiro Lobato. Você pode usar vídeos, livros e outros materiais para abordar suas obras e seus personagens.
Pergunte aos alunos se eles conhecem personagens como o Sítio do Picapau Amarelo e explore a importância de Lobato na literatura infantil brasileira. Assim, essa parte pode ser bem interativa, com discussões e até desenhos dos personagens mais famosos.
3. Leitura e interpretação das fábulas:
Escolha algumas fábulas clássicas para ler em sala de aula, como “A Formiga e a Cigarra” e “O Leão e o Ratinho”. Então, realize uma leitura coletiva, discutindo o significado das palavras e destacando as lições que cada história transmite.
Em seguida, proponha atividades de interpretação, como perguntas sobre o comportamento dos personagens e a moral das fábulas. Além disso, não se esqueça de incentivar os alunos a expressarem suas opiniões e a desenharem as cenas que mais chamaram sua atenção.
4. Dramatização e reescrita:
Para tornar o aprendizado ainda mais dinâmico, organize dramatizações das fábulas. Os alunos poderão representar os personagens e recriar as cenas, permitindo a fixar o conteúdo de maneira divertida.
Além disso, proponha a reescrita das fábulas, incentivando os alunos a criarem suas próprias versões das histórias, seja mudando o final ou adicionando novos personagens.
5. Atividades de ortografia e gramática:
Durante a leitura das fábulas, aproveite para explorar aspectos da língua portuguesa, como a ortografia, divisão silábica e uso de letras maiúsculas e minúsculas.
A cada nova história, destaque palavras-chave que podem ser trabalhadas em atividades específicas de gramática e ortografia. Assim, a ideia é tornar a aprendizagem da língua algo mais lúdico e conectado ao conteúdo das fábulas.
6. Produção criativa: ilustrações e novas fábulas:
Após a leitura e dramatização, incentive os alunos a ilustrarem as fábulas ou até criarem suas próprias versões, com novos personagens e lições.
Esse exercício estimula a criatividade e a capacidade de escrita, além de ampliar o vocabulário. Se possível, organize uma exposição com as produções dos alunos, como o mural “Reescrevendo Fábulas”, para que eles possam compartilhar suas ideias com os colegas.
7. Finalizando a sequência:
Ao longo da semana, faça uma revisão das fábulas trabalhadas. Relembre as lições e destaque o quanto os alunos evoluíram em termos de leitura, escrita e interpretação. Por fim, se possível, organize uma “Hora do Conto”, onde cada aluno possa ler uma fábula que mais gostou para a turma.
Dicas extras para professores:
- Variedade de fábulas: escolha fábulas de diferentes autores para ampliar o repertório dos alunos. Além de Esopo e Monteiro Lobato, você pode explorar fábulas de La Fontaine e Millôr Fernandes.
- Tecnologia a seu favor: use vídeos e animações para tornar as fábulas mais atrativas e dinâmicas. Isso pode ser especialmente útil para alunos que têm mais afinidade com recursos audiovisuais.
- Atividades interativas: não se limite a atividades escritas. Inclua debates, encenações e ilustrações para tornar o aprendizado mais vivencial e colaborativo.
Fábulas e a BNCC: como trabalhar esse gênero no ensino fundamental
Para o 1º ao 5º ano do ensino fundamental, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca a importância de explorar o Campo artístico-literário. Esse campo envolve a participação dos alunos em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos que reflitam a diversidade cultural e linguística, proporcionando experiências estéticas enriquecedoras.
Além disso, a BNCC sugere o trabalho com diversos gêneros textuais dentro desse campo, como lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canções, poemas, cordéis, quadrinhos, tirinhas e charges.
As fábulas, em especial, são um excelente recurso para desenvolver a interpretação de texto, o senso crítico e a reflexão sobre valores e comportamentos sociais. Ao explorar esse gênero, os alunos não apenas compreendem a estrutura narrativa (começo, meio e fim), mas também assimilam ensinamentos morais que podem ser aplicados em situações do cotidiano.
Além disso, o trabalho com fábulas favorece o desenvolvimento da oralidade, da escrita e da criatividade, atendendo às diretrizes da BNCC para o ensino de língua portuguesa.
Como o CRIA pode ajudar no aprendizado?
A plataforma do CRIA é um recurso essencial para otimizar o tempo, melhorar o desempenho dos alunos e facilitar a rotina docente.
