Quem foi Anísio Teixeira? O educador da Democracia

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Quem foi Anísio Teixeira? Inspirado pelo pedagogo americano John Dewey, ele criou a Escola Parque (1950) em Salvador, um modelo revolucionário de educação integral e defendia que a escola pública era a base da democracia.

A escola criada por Anísio Teixeira possuía uma organização de escola integral, que combinava ensino formal com artes, ofícios e esportes. Além disso, também foi um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB) e diretor do INEP, onde impulsionou pesquisas educacionais.

O pensador estudou em colégios jesuítas, como o Colégio Antônio Vieira, em Salvador, onde teve acesso a uma educação rigorosa. Formou-se em Direito, mas sua verdadeira paixão sempre foi a educação.

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Quem foi Anísio Teixeira?

Anísio Teixeira nasceu em 1900, na pequena cidade de Caetité, no interior da Bahia. Assim, sua trajetória intelectual começou em colégios jesuítas, onde teve acesso a uma educação rigorosa e à cultura erudita. Formou-se em Direito, mas foi na educação que encontrou sua verdadeira vocação.

Inicialmente envolvido na política baiana, assumiu a Secretaria de Educação da Bahia em 1924, onde se deparou com a realidade precária das escolas públicas, isto é, um contraste gritante com a formação privilegiada que recebera.

Essa experiência marcou profundamente seu pensamento. Desse modo, para ampliar seus conhecimentos, viajou pela Europa e pelos Estados Unidos, onde entrou em contato com as ideias do pedagogo John Dewey.

Dewey defendia uma educação baseada na experiência e na democracia, conceitos que Anísio incorporaria à sua própria visão pedagógica.

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As ideias revolucionárias de Anísio Teixeira

Anísio acreditava que a educação era o alicerce indispensável para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática. Em suas palavras, “Sem educação pública de qualidade, não há democracia”.

Para ele, a escola não deveria se limitar a transmitir conhecimentos básicos, mas formar cidadãos críticos, capazes de refletir sobre sua realidade e participar ativamente da vida política.

Essa visão foi consolidada no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), documento que assinou ao lado de outros grandes educadores, como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.

Além disso, o manifesto defendia uma escola pública, gratuita, laica e aberta a todos, independentemente de origem social, raça ou gênero.

Anísio insistia que a educação integral, combinando ensino formal, artes, ofícios e esportes, era essencial para desenvolver indivíduos plenos e conscientes.

Realizações: da teoria à prática

Uma de suas contribuições mais emblemáticas foi a criação da Escola Parque, inaugurada em Salvador em 1950. Nela, os alunos não apenas aprendiam matemática e português, mas também participavam de oficinas de marcenaria, tecelagem, teatro e música.

Nesse sentido, o objetivo era claro: formar cidadãos que entendessem tanto os livros quanto o mundo ao seu redor.

Como diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos) entre 1952 e 1964, Anísio impulsionou a pesquisa educacional no Brasil, criando centros regionais de estudo e antecipando iniciativas como o ENEM.

Trecho de cinejornal produzido pela Agência Nacional mostrando a posse de Anísio Teixeira como diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. Fonte: Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.

Além disso, foi um dos idealizadores da Universidade de Brasília (UnB), onde atuou como reitor em 1963. Seu projeto para a UnB enfatizava a interdisciplinaridade e a pós-graduação, visando formar uma elite intelectual comprometida com o desenvolvimento nacional.

Perseguição e morte trágica:

Com o golpe militar de 1964, Anísio Teixeira, um dos maiores educadores brasileiros, defensor da escola pública e criador da Universidade de Brasília, foi perseguido pelo regime.

Cassado e aposentado compulsoriamente, exilou-se nos Estados Unidos, onde lecionou em universidades. Retornou ao Brasil em 1966, integrando a Fundação Getúlio Vargas (FGV) como consultor educacional.

No início dos anos 1970, Anísio candidatou-se à Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 11 de março de 1971, após ministrar uma palestra na FGV, dirigiu-se à casa do lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda, no Rio de Janeiro, para solicitar seu apoio à vaga. Porém, desapareceu no caminho.

A versão oficial e as contradições:

Seu corpo foi encontrado dois dias depois, no poço do elevador do edifício onde Aurélio morava. A ditadura afirmou tratar-se de um “acidente”, mas as evidências apontavam para algo mais sombrio:

  • O local do corpo (entre vigas estreitas) tornava inviável uma queda acidental.
  • Testemunhas relataram que Anísio teria sido sequestrado por agentes militares e levado para interrogatório na Aeronáutica.
  • A Comissão Nacional da Verdade (2012–2014) investigou o caso e concluiu que ele foi vítima do regime, ou seja, possivelmente torturado e executado, com seu corpo abandonado no elevador para simular um acidente.

Por que Anísio era um alvo?

  • Projeto Democrático: Defendia que a educação pública era a base para uma sociedade livre, ideia perigosa para a ditadura.
  • Universidade de Brasília (UnB): Criada como espaço de pensamento crítico, foi invadida por tropas em 1964, e Anísio, como reitor, foi destituído.
  • Persistência: Mesmo após o exílio, continuou a denunciar a opressão do regime.

Legado: uma educação para transformar

Sua morte nunca foi plenamente esclarecida, mas sua luta pela educação pública sobrevive. Hoje, escolas, institutos e políticas educacionais carregam sua influência.

Além disso, sua defesa incansável de uma escola pública de qualidade como instrumento de justiça social continua urgente em um país marcado por desigualdades.

Em suas próprias palavras: “A educação é a máquina que prepara as democracias.”

Por fim, sua vida foi dedicada a provar que uma sociedade só se liberta quando seu povo tem acesso ao conhecimento. E, nesse sentido, seu trabalho permanece mais vivo do que nunca.

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