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Coloquialismo na redação do ENEM é um problema?

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Dominar a linguagem culta na redação do ENEM é essencial para uma boa nota. Então, se o seu objetivo é alcançar a nota mil, é preciso evitar ao máximo o coloquialismo na redação do ENEM.

O ENEM teve sua primeira edição em 1998, e desde então muita coisa mudou. Agora, além de ser um avaliador da qualidade do Ensino Médio, também serve como instrumento de ingresso em cursos de universidades públicas e privadas.

Então, a parte mais temida é a prova de redação. Por isso, evitar alguns erros garante uma boa performance. Um dos critérios necessários é apresentar domínio da norma culta.

Além disso, é preciso produzir um texto dissertativo-argumentativo, isto é, escrever de acordo com toda sua estrutura: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Para isso, é preciso deixar de lado o coloquialismo – escrever como se fala – para argumentar.

Mas afinal, o que é coloquialismo? A fim de compreender melhor o que é e como ele afeta a nota do candidato, o CRIA preparou esse artigo detalhando tudo que é necessário saber antes da prova. Confira e boa leitura.

coloquialismo na redacao do enem
Como evitar coloquialismo na redação do ENEM? Fonte: Pexels

Coloquialismo na redação do ENEM: o que é?

O coloquialismo, ou linguagem coloquial, é uma variação linguística, ou seja, a fala e a escrita do dia a dia. Em suma, são expressões informais e populares. É utilizada, usualmente, em conversas com amigos e familiares. Apesar de não ser considerada incorreta ou um erro, ela deve permanecer nos lugares adequados, ou seja, na informalidade.

Considerando que o ENEM é uma das provas mais importantes para muitos alunos, conhecer profundamente como é a redação do ENEM é crucial. Então, opte por uma linguagem clara, objetiva e adequada. Isso quer dizer que a linguagem coloquial deve ser evitada a todo custo na redação do ENEM.

Qual é a diferença entre linguagem coloquial e formal?

A diferença entre linguagem coloquial e formal está relacionada ao registro linguístico utilizado em diferentes contextos de comunicação. Assim, aqui estão as principais distinções entre esses dois tipos de linguagem:

Vocabulário e Expressões:

  • Linguagem Coloquial: Utiliza um vocabulário mais informal, com gírias, expressões populares e termos do dia a dia. Pode incluir abreviações e contrações, como “tô” em vez de “estou” ou “pra” em vez de “para”.
  • Linguagem Formal: Emprega um vocabulário mais sofisticado e preciso, evitando gírias e expressões informais. Prioriza palavras e expressões comuns na norma culta da língua.

Gramática e Sintaxe:

  • Linguagem Coloquial: Tende a ser mais flexível em relação às regras gramaticais, permitindo estruturas de frase mais simples e coloquiais.
  • Linguagem Formal: Respeita rigorosamente as regras gramaticais e sintáticas, usando estruturas de frase complexas e uma sintaxe mais elaborada.

Pronomes de Tratamento:

  • Linguagem Coloquial: Costuma usar pronomes de tratamento menos formais, como “você” em vez de “senhor” ou “senhora”.
  • Linguagem Formal: Usa pronomes de tratamento mais respeitosos, como “senhor” e “senhora”, especialmente em contextos profissionais e cerimoniais.

Finalidade e Contexto:

  • Linguagem Coloquial: É mais comumente usada em situações informais, como conversas entre amigos, mensagens de texto ou redes sociais.
  • Linguagem Formal: É apropriada em contextos profissionais, acadêmicos, oficiais e cerimoniais, como documentos legais, discursos, redações acadêmicas e comunicações empresariais.

Em resumo, a escolha entre linguagem coloquial e formal depende do contexto, da audiência e do propósito da comunicação. É importante ser capaz de alternar entre esses registros de acordo com a situação para garantir uma comunicação eficaz e apropriada.

Exemplos de coloquialismo na redação do ENEM:

Com o intuito de facilitar o entendimento, o CRIA preparou alguns exemplos de coloquialismo na redação do ENEM. Assim, ficará mais fácil de evitar:

Gerundismo:

Em suma, é uma prática linguística que usa excessivamente e de forma inadequada na comunicação oral ou escrita o verbo no modo gerúndio. Então, esse uso excessivo na comunicação pode a tornar confusa e prejudicar a clareza da mensagem.

Portanto, utilizar o gerúndio em si não é um erro, mas sim utilizar como se fosse um verbo principal, o que causa imprecisão e redundância.

Exemplo: “Devemos estar analisando os principais problemas do país.”

Pleonasmo:

O pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste na repetição desnecessária de palavras. Porém, não qualquer tipo de palavra, mas com o mesmo significado ou que reforçam uma ideia já expressa.

Sendo o ENEM uma prova que exige linguagem concisa, é essencial evitar figuras de linguagem assim como o pleonasmo. Pois, é provável prejudicar o desempenho do candidato.

Exemplo: Voltar atrás, subir para cima, exatamente iguais, há anos atrás.

Neologismo:

É um termo ou palavra advindo de uma língua estrangeira para resignar algo novo ou inédito. Na redação do ENEM, opte sempre por palavras em português, exceto se não exista outra versão.

Também para não criar palavras que não sejam compreensíveis. Ademais, ou escrever um vocabulário que não comprometa a clareza do texto.

Exemplo: “A virtualidade nos conecta em tempo real, mas também nos afasta do mundo real, criando uma sensação de irrealidade.” Substitua “virtualidade” por “mundo virtual”.

Ambiguidade:

É o uso de uma palavra ou expressão que pode ser interpretada de duas ou mais maneiras diferentes. De modo geral, utilize uma linguagem clara e objetiva para evitar esse tipo de situação.

Em síntese, garanta que sua mensagem seja clara para não haver nenhuma dúvida sobre o que foi escrito. Em geral, acontece quando há mais de um sujeito na sentença ou uso indevido de pronomes possessivos.

Exemplo: “O policial atirou no suspeito com o revólver que estava em seu no bolso”. A questão é: em qual bolso, do policial ou do suspeito?

Cacófato:

É uma figura de linguagem em que duas palavras juntas produz um som desagradável ou forma outra palavra. É aconselhável evitar, pois pode prejudicar a clareza e a harmonia do texto.

Exemplo: “Eu vi ela” ou “Viela”?
“Os alunos unidos conseguem superar todas as dificuldades.” A junção de “alunos” e “unidos” gera: “alun-osnidos”.

Qual linguagem devo utilizar na redação do ENEM?

A fim de atingir uma boa nota na redação do ENEM, é necessário entender vários conceitos, assim como comentado anteriormente. Pensando nisso, um dos pontos essências, é manter uma linguagem clara e objetiva, isto é, a Língua Culta.

Mas afinal, o que é norma culta? É o conjunto de padrões linguísticos utilizados por uma comunidade linguística mais escolarizada. Isso quer dizer, que seguir as normais gramaticais da Língua Portuguesa é necessário.

Todos os falantes de uma língua são dotados de uma capacidade de adequação linguística para cada ambiente. Isso quer dizer que cada momento, sendo ele formal como trabalho, escolha e informal, com a família, amigos precisa de uma adequação.

coloquialismo na redacao do enem
A prática de escrita é poderosa para desenvolver diversas habilidades como evitar o coloquialismo na redação do ENEM – Fonte: Pexels

Por que devo evitar o coloquialismo na redação do ENEM?

É imprescindível que os candidatos evitem a todo custo o coloquialismo na redação do ENEM. Motivos? Temos alguns. O primeiro deles é que a redação do ENEM é corrigida seguindo as cinco competências do ENEM disponibilizadas pela cartilha do participante do INEP.

A primeira competência avaliada é a “Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.”. Assim, isso quer dizer que nessa modalidade de escrita, não há espaço para informalidade. Então, se o seu desejo é obter nota máxima na redação, deixe de lado o coloquialismo, ou seja, marcas linguísticas que indiquem informalidade ou marcas da fala.

Desse modo, a redação do ENEM é uma prova acadêmica e requer uma abordagem formal. O coloquialismo, caracterizado por expressões informais, gírias, linguagem cotidiana, palavrões, não é apropriado para esse contexto. Usar uma linguagem formal demonstra maturidade e respeito pelo ambiente acadêmico.

Quais são as cinco competências do ENEM?

Uma das características distintivas do ENEM é a avaliação por meio de cinco competências, que desempenham um papel central na pontuação das redações e na avaliação da capacidade dos candidatos de se comunicarem eficazmente por escrito.

Assim, conheça as cinco competências do ENEM:

  • Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
  • Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
  • Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
  • Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
  • Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Como evitar o coloquialismo na redação do ENEM?

Depois de todas essas informações, você pode se perguntar: como evitar o coloquialismo na redação do ENEM? Bom, o ideal é se preparar muito bem para a redação. Leia muitos livros, notícias, artigos e opinião. Afinal, esse é um modo de conhecer a norma culta.

Outro ponto importante é treinar o máximo possível a redação. Assim, com treino ficará bem mais fácil de dominar a estrutura do texto e a linguagem utilizada.

Estudar de casa pode desafiador e, pensando nisso, o CRIA está preparado para te acompanhar nessa trajetória. Mas como utilizar essa ferramenta nos seus estudos?

Como utilizar o CRIA nos seus estudos?

Projetado para ser um corretor de redações baseado em inteligência artificial e processamento de linguagem natural, o CRIA é uma ferramenta útil e simples de utilizar.

Assim, ele utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.

Através do modelo, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.

Quais são as funcionalidades do CRIA?

  • Análise instantânea da redação;
  • Simulação da sua nota do ENEM por competência;
  • Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
  • Traz correções detalhadas por competência;
  • Histórico de progresso;
  • Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
  • Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
  • Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
O CRIA, uma ferramenta de correção de redações com inteligência artificial, te ajuda a praticar para o ENEM — Vídeo: Reprodução.

Qual o passo a passo para utilizar o CRIA?

Após escolher o plano, seu acesso à plataforma será liberado. Então, você pode escolher um tema disponível no site ou enviar outro tema desejado.

Em seguida, escreva o texto na área indica e submeta para correção. Em até 2 minutos sua redação do ENEM estará corrigida conforme as 5 competências do ENEM.

Por fim, após realizar as correções indicadas, atualize a análise para obter um novo resultado.

inteligencia artificial para corrigir redacao
CRIA: corretor de redação por inteligência artificial — Foto: CRIA.

Acompanhe seu progresso

Após enviar as redações, é possível acessar outra ferramenta disponível para os alunos do CRIA: o gráfico com histórico de pontuação.

Assim, por meio dele, é possível visualizar de maneira clara as competências que precisam de mais atenção.

grafico de correcao de redacao interativo
Gráfico de correção de redação interativo — Fonte: CRIA.

A quem o CRIA se destina?

  • Para os professores, visamos diminuir a sobrecarga e otimizar a gestão da turma;
  • Para os alunos, tornarmos o processo mais ágil, divertido, incentivando a prática constante.

Vamos começar? Então acesse aqui.

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