Repertório sobre abandono afetivo: livros, filmes e mais

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Confira esse repertório sobre abandono afetivo para entender o conceito, seus impactos psicológicos e sociais, além de explorar referências jurídicas, filosóficas, literárias e cinematográficas que podem ser usadas como repertório sociocultural na sua argumentação.

Você já ouviu falar em abandono afetivo? Esse termo tem ganhado destaque em debates sobre a responsabilidade dos pais na formação emocional dos filhos e pode ser um grande diferencial na sua redação do ENEM e vestibulares.

Mais do que a ausência de cuidados materiais, o abandono afetivo envolve a falta de carinho, apoio e presença na vida de crianças, adolescentes e idosos, impactando diretamente o desenvolvimento emocional e social.

E aí, como trazer esse tema para sua argumentação? Preparamos este conteúdo para te ajudar a explorar referências de filmes, livros, dados que podem fortalecer sua tese e garantir aquele repertório nota 1000.

O que é abandono afetivo?

O abandono afetivo, embora não possua uma definição legal explícita no ordenamento jurídico brasileiro, pode ser compreendido como a omissão dos responsáveis em fornecer assistência afetiva, psicológica e material aos membros da família que dela necessitam.

Além disso, esse fenômeno ocorre principalmente nas relações entre pais e filhos, mas também pode se manifestar em outras configurações familiares, como no cuidado de idosos por parte de seus descendentes.

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Repertório sobre abandono afetivo

O abandono afetivo é um tema relevante para a redação do ENEM e de outros vestibulares, por envolver direitos fundamentais, impactos psicológicos e sociais, além de questões jurídicas e éticas.

Além disso, esse conceito refere-se à negligência emocional de pais ou responsáveis em relação aos filhos, podendo causar danos ao desenvolvimento e à saúde mental das crianças e adolescentes.

1. Abandono afetivo na infância:

No contexto da infância e adolescência, o abandono afetivo pode gerar consequências profundas no desenvolvimento emocional e psicológico da criança.

Além disso, a ausência de vínculos afetivos sólidos pode levar a dificuldades na construção da autoestima, insegurança, dificuldades de socialização e até transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os pais têm o dever não apenas de garantir a subsistência material de seus filhos, mas também de proporcionar-lhes condições adequadas para seu desenvolvimento emocional e social.

2. Abandono afetivo de idosos:

Já no âmbito da velhice, o abandono afetivo pode se manifestar quando filhos e familiares deixam de oferecer o suporte necessário para o bem-estar dos idosos, seja por negligência ou descaso.

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a dignidade e a qualidade de vida das pessoas idosas, incluindo a atenção afetiva e emocional.

Assim, a negligência nesse cuidado pode levar ao isolamento social, agravamento de doenças e impactos significativos na saúde mental dos idosos.

3. Legislação sobre abandono afetivo:

Embora o direito brasileiro não tenha uma tipificação específica para o abandono afetivo, há jurisprudência reconhecendo a possibilidade de indenização por danos morais em casos concretos.

Alguns tribunais entendem que a omissão injustificada do cuidado parental pode configurar uma violação dos deveres familiares previstos na Constituição Federal e no Código Civil.

Contudo, a judicialização do abandono afetivo ainda é um tema controverso por envolver a subjetividade das relações interpessoais e o difícil equilíbrio entre o dever jurídico e os sentimentos humanos.

4. Importância da conscientização:

Diante desse cenário, é fundamental promover a conscientização sobre a importância do afeto e do cuidado nas relações familiares, bem como incentivar políticas públicas que fortaleçam a proteção de crianças, adolescentes e idosos contra a negligência emocional.

Assim, a valorização dos laços afetivos e do suporte psicológico na família é essencial para a construção de uma sociedade mais acolhedora e empática.

5. Literatura

“O Filho Eterno” (Cristovão Tezza, 2007)

Romance autobiográfico que narra a dificuldade de um pai em aceitar e se conectar emocionalmente com seu filho portador de síndrome de Down.

“A Menina que Roubava Livros” (Markus Zusak, 2005)

A protagonista, Liesel, enfrenta o abandono afetivo dos pais biológicos durante a Segunda Guerra Mundial e precisa lidar com a solidão e o trauma emocional.

“Capitães da Areia” (Jorge Amado, 1937)

Clássico brasileiro que retrata um grupo de crianças abandonadas à própria sorte nas ruas de Salvador, assim, evidenciando os impactos da negligência familiar.

6. Cinema e séries

Filme: “Central do Brasil” (1998, Walter Salles)

Filme brasileiro que conta a história de um menino que perde a mãe e busca o pai ausente, ou seja, mostrando os desafios do abandono afetivo e da falta de vínculos familiares.

Série: “This Is Us” (2016–2022, NBC)

A série explora diversos temas familiares, incluindo abandono afetivo, adoção e as dificuldades emocionais que os personagens enfrentam ao longo da vida.

Quais são as possíveis motivações do abandono afetivo?

O abandono afetivo pode ser motivado por diversos fatores, variando de questões individuais a contextos sociais e culturais. Então, algumas das principais motivações incluem:

1. Fatores Individuais

  • Imaturidade emocional: algumas pessoas não estão preparadas para lidar com a responsabilidade afetiva e emocional que uma relação familiar exige.
  • Histórico de abandono ou trauma: indivíduos que sofreram abandono na infância podem ter dificuldades em estabelecer vínculos afetivos sólidos.
  • Problemas psicológicos: depressão, transtornos de personalidade e outras condições psicológicas podem afetar a capacidade de cuidar emocionalmente de outra pessoa.

2. Fatores Relacionais

  • Conflitos conjugais e separações traumáticas: divórcios conturbados podem levar um dos pais a se afastar dos filhos, seja por mágoa, ressentimento ou dificuldade em lidar com a ex-parceira(o).
  • Alienação parental: em alguns casos, um dos genitores pode dificultar o contato da criança com o outro, agravando o afastamento afetivo.
  • Falta de vínculo emocional: algumas pessoas não desenvolvem um apego profundo pelos filhos, o que pode resultar em um distanciamento afetivo ao longo do tempo.

3. Fatores Sociais e Culturais

  • Individualismo crescente: a valorização da independência e a priorização da realização pessoal podem levar ao descaso nas relações familiares.
  • Demandas profissionais e financeiras: o excesso de trabalho e preocupações financeiras podem fazer com que alguns pais negligenciem a atenção emocional aos filhos.
  • Mudanças nas estruturas familiares: novos modelos de família e dinâmicas sociais podem influenciar como o cuidado e o afeto são distribuídos.

4. Fatores Jurídicos e Institucionais

  • Falta de responsabilização legal: como o abandono afetivo ainda não é claramente tipificado como crime no Brasil, muitas pessoas não se sentem obrigadas a manter vínculos afetivos.
  • Falta de políticas públicas eficazes: a ausência de suporte psicológico e social para famílias em crise pode contribuir para o afastamento entre pais e filhos.

Dessa forma, diante dessas motivações, é essencial promover conscientização sobre a importância do afeto nas relações familiares e reforçar medidas que incentivem a manutenção dos vínculos emocionais, minimizando os impactos negativos do abandono afetivo.

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