O gênero textual editorial é um tipo de texto opinativo, comum em jornais, revistas e sites de notícias, que expressa a posição oficial de uma publicação sobre um determinado assunto. Seu objetivo é analisar, refletir e, muitas vezes, influenciar a opinião pública.
O texto jornalístico é uma das formas mais comuns de veiculação da informação na sociedade contemporânea. Ele tem a função de relatar fatos e opiniões de maneira clara, objetiva e acessível ao público.
Entre os diversos gêneros do discurso jornalístico, destaca-se o editorial, um texto opinativo publicado por veículos de comunicação, que reflete a posição da instituição sobre determinado tema.
Então, se você quer saber como escrever o gênero textual editorial, continue com o CRIA. Boa leitura.

O que é o gênero textual editorial?
O editorial é um gênero textual opinativo que tem como principal objetivo apresentar a posição oficial de um veículo de comunicação, como jornais ou revistas, sobre um tema relevante. Geralmente, o editorial reflete a perspectiva institucional do meio, sendo escrito por editores ou uma equipe editorial, sem assinatura individual.
Principais características do gênero editorial:
- Opinião coletiva: representa a visão do veículo de comunicação sobre um tema, abordando questões sociais, políticas, culturais ou econômicas.
- Linguagem formal e argumentativa: utiliza um tom objetivo e persuasivo, com argumentos bem estruturados para convencer ou orientar o leitor.
- Temas atuais e relevantes: foca em assuntos de interesse público que estão em evidência no momento.
- Imparcialidade aparente: embora expresse uma opinião, o editorial procura parecer equilibrado, baseando-se em fatos e análises.
- Estrutura clara:
- Introdução: apresenta o tema e sua relevância.
- Desenvolvimento: expõe os argumentos e análises sobre o tema.
- Conclusão: retoma o ponto de vista do veículo e, muitas vezes, sugere uma solução ou posicionamento.
Função comunicativa:
O editorial busca influenciar a opinião pública, orientar debates ou reforçar a credibilidade do veículo ao se posicionar diante de questões importantes. Nesse sentido, por ser escrito por profissionais da comunidade discursiva jornalística, insere-se no campo dos gêneros jornalísticos opinativos.
Você também pode se interessar por:
- Gênero textual conto: estrutura e dicas essenciais.
- Gênero textual bilhete: o que é e estrutura.
- Gênero textual resenha crítica: estrutura e exemplo.
Qual a diferença entre editoriais de jornais e revistas?
Enquanto os editoriais de jornais são geralmente mais frequentes e voltados para um público amplo e diverso, os de revistas podem adotar um tom mais específico, dependendo do público-alvo. Apesar das diferenças estruturais e estilísticas, ambos compartilham o propósito de apresentar um ponto de vista institucional.
Gêneros textuais x Tipos textuais
É importante diferenciar gêneros textuais de tipos textuais. Assim, o gênero editorial, por exemplo, combina diferentes sequências textuais, como:
- Narrativa – Apresentação de eventos organizados em uma estrutura temporal.
- Argumentativa – Construção de raciocínios para convencer o leitor.
- Descritiva – Caracterização de elementos do texto.
- Explicativa – Exposição de ideias e conhecimentos.
- Dialogal – Interação entre interlocutores.
Embora cada tipo textual tenha características próprias, eles coexistem no gênero, contribuindo para sua estrutura e função.
O gênero jornalístico: características e classificação
O gênero jornalístico abrange diversas formas de textos utilizados na comunicação midiática, desempenhando um papel fundamental na transmissão de informações e opiniões para o público.
A definição e classificação desses textos variam de acordo com diferentes estudiosos, mas todos reconhecem sua importância na comunidade discursiva jornalística.
Classificação dos gêneros jornalísticos
Estudiosos propõem uma classificação dos gêneros jornalísticos com base em dois critérios: a intencionalidade comunicativa e a estrutura do relato jornalístico. Então, ele divide os gêneros em duas categorias principais:
- Gêneros informativos: nota, notícia, reportagem e entrevista.
- Gêneros opinativos: editorial, comentário, artigo, resenha/crítica, crônica, coluna, caricatura e carta.
Os gêneros opinativos são caracterizados pela presença da opinião do jornalista, que busca convencer o leitor sobre determinada perspectiva. Além disso, esses textos combinam informação com a argumentação do autor, tornando-se uma ponte entre os fatos e a interpretação deles.
Gêneros jornalísticos em diferentes suportes
Silva (2007) amplia a discussão ao classificar os gêneros jornalísticos a partir da perspectiva do produtor do texto. Dessa forma, ela distingue os gêneros em:
- Jornalísticos: escritos por profissionais da área, como notícias, editoriais e entrevistas.
- Não jornalísticos: textos como horóscopo e receitas, que não seguem a estrutura e o propósito comunicativo do jornalismo tradicional.
A pesquisa de Silva (2007) também compara a presença de gêneros em jornais e revistas, apontando que, embora haja similaridades entre editoriais de ambos, alguns gêneros são mais comuns em um suporte do que no outro.
Por exemplo, revistas frequentemente incluem “dicas” culturais, resumos de livros e cartas ao leitor, enquanto jornais contêm obituários, boletins meteorológicos e classificações de empresas.
O gênero textual editorial no vestibular
Nos vestibulares, o gênero editorial pode aparecer de duas formas principais:
- Como um texto de apoio: o editorial pode ser utilizado nos enunciados das provas para contextualizar um tema e servir como base para questões interpretativas e argumentativas.
- Como uma proposta de produção textual: algumas provas podem solicitar que o candidato escreva um editorial sobre um tema atual, exigindo o uso de argumentação consistente, opinião bem fundamentada e linguagem formal.
Estrutura do Editorial
Caso o vestibular exija a produção de um editorial, o texto deve seguir a seguinte estrutura:
- Título – deve sintetizar o tema abordado.
- Introdução – apresenta o assunto de forma objetiva, situando o leitor sobre o tema e sua relevância.
- Desenvolvimento – expõe os argumentos que sustentam a posição defendida pelo jornal/revista. Pode incluir dados, exemplos e referências para embasar a análise.
- Conclusão – reafirma o ponto de vista apresentado e pode sugerir encaminhamentos ou reflexões sobre o tema.
Características do Editorial
- ✅ Linguagem formal e objetiva – sem uso de expressões pessoais como “eu acho” ou “na minha opinião”.
- ✅ Uso de argumentos sólidos – baseados em fatos, dados e análises críticas.
- ✅ Imparcialidade aparente – apesar de expressar opinião, o editorial tenta manter uma postura analítica e racional.
- ✅ Coesão e coerência – por fim, o texto deve apresentar uma progressão lógica das ideias.
Dicas para o Vestibular
- Leia editoriais de jornais renomados, como Folha de S. Paulo, O Globo e Estadão, para entender como esse gênero é estruturado.
- Pratique a escrita de editoriais sobre temas atuais, desenvolvendo argumentos claros e coesos.
- Evite expressões pessoais e subjetivas. O tom do editorial é institucional e analítico.
- Mantenha-se atualizado sobre questões políticas, sociais e econômicas, pois os vestibulares costumam abordar temas contemporâneos.
Exemplo do gênero textual editorial:
Meio Ambiente: um compromisso de todos
É garantido pela Constituição Federal, no artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Assim, a degradação ambiental promovida por desmatamentos ilegais, poluição desenfreada e omissão das autoridades configura uma afronta aos princípios constitucionais.
Nas últimas décadas, tem crescido o número de desastres ambientais no país. O avanço do desmatamento na Amazônia, o rompimento de barragens, a poluição de rios e o aumento de queimadas são apenas alguns dos problemas que evidenciam a falta de políticas eficazes para proteger o meio ambiente. Tais situações refletem não apenas a fragilidade das fiscalizações, mas também a pressão de setores que privilegiam o lucro imediato em detrimento da sustentabilidade.
Essa degradação não ocorre isoladamente, pois seus impactos afetam diretamente a população. A escassez de água, o agravamento das mudanças climáticas e a perda da biodiversidade comprometem a qualidade de vida e expõem a negligência governamental diante da necessidade urgente de preservação. Assim como em períodos passados, nos quais o crescimento econômico foi colocado acima da conservação ambiental, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade sem repetir os erros do passado.
Dessa forma, é imprescindível questionar as práticas adotadas por empresas e pelo próprio governo. Se a Constituição de 1988 estabelece o direito a um meio ambiente equilibrado, ele deve ser garantido na prática, e não apenas mencionado em discursos que ignoram a urgência da preservação ambiental. O compromisso com a sustentabilidade deve ser real, refletindo-se em políticas públicas eficazes, maior fiscalização e na conscientização de toda a sociedade.
Como o CRIA pode ajudar no aprendizado?
A plataforma do CRIA é um recurso essencial para otimizar o tempo, melhorar o desempenho dos alunos e facilitar a rotina docente.
Agora que você já sabe mais sobre gênero textual editorial, o CRIA pode ser a ferramenta ideal para esse processo. Mas o que é o CRIA?
O CRIA é um corretor de redação por inteligência artificial que utiliza modelos de aprendizado de máquina gerados por meio de redações escritas por alunos reais e corrigidas por professores.
Além disso, o CRIA realiza previsões de notas por competência, análise de contexto na introdução, previsão de defesa de tese, previsão de fuga ao tema, previsão de intervenção, uso de parônimas e homônimas, etc.
Mas o que o CRIA faz por você?
- Análise instantânea da redação;
- Simulação da sua nota do ENEM por competência;
- Identificação de desvios, todos marcados no seu texto;
- Traz correções detalhadas por competência;
- Histórico de progresso;
- Fornece dados para melhorias na escrita, em texto e/ou avatar explicativo;
- Plataforma gamificada, pode compartilhar com amigos e obter vantagens;
- Professor olha as correções do CRIA e pode alterar conforme achar necessário, assim o CRIA sempre aprende com eles.
Vamos começar? Então acesse aqui.
Esse artigo foi útil?
Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0
Lamentamos que este post não tenha sido útil pra você.
Vamos melhorar este post.
Como podemos melhorar esse post?